23 de dezembro de 2010

Debate: avaliação do elenco e de possíveis reforços para o Inter em 2011

Por Luciano Bonfoco Patussi
23 de dezembro de 2010

TREINADOR: o Internacional fechou acordo com o técnico Celso Roth, mantido no clube com contrato assinado até o final do ano de 2011. Particularmente, eu defendia uma mudança no comando, desde que esta alteração significasse a contratação de Dorival Júnior, Carpeggiani ou Falcão – este último em nível de aposta com identificação, grife e capacidade. Fora estes nomes, não haviam opções viáveis dentro do futebol brasileiro, com reais possibilidades de contratação. Basta analisar e conhecer este mercado para se chegar a esta conclusão. Entretanto, agora é chegado o momento derradeiro para a direção colorada encaminhar 2011: é hora de negociar e anunciar reforços e dispensas para o time.

RENOVAÇÃO FRIA E CALCULADA: particularmente, sou contra a realização de uma verdadeira revolução no elenco do Inter. Não é o momento para realizar uma política de "terra arrasada". Entretanto, defendo a contratação de, pelo menos, cinco atletas em nível de trabalhar pela titularidade – com qualificação comprovada. Estes atletas deverão preencher carências que a equipe possui e que não podem ser escondidas, sob pena de comprometer toda a nova temporada. Esta renovação deverá ocorrer, mas de forma cautelosa, até para que não se repitam os erros cometidos em 2007. Logicamente, é preciso saber que não basta haver o interesse em um jogador para que este venha para Porto Alegre. É preciso criatividade nas negociações, “bala na agulha” e, mais do que isso, arrojo.

JOVENS NO ELENCO: além destes reforços, o Inter precisaria dispensar aproximadamente sete atletas – ou até mais, para liberar espaço para os jovens das categorias de base poderem aparecer como opção válida no elenco. Para isso, ação e criatividade serão necessárias, buscando recolocar em outros times atletas que serão afastados do grupo principal. Abaixo, seguem minhas convicções – sempre lembrando que esta é uma avaliação de quem está fora do ambiente do vestiário do Inter. Além disso, nada como o tempo: no futebol, o tempo prova quando estamos corretos ou equivocados, além de criar surpresas, fazendo-nos mudar até mesmo conceitos firmados anteriormente.

GOLEIROS: defendo a contratação de um goleiro diferenciado, nem que este reforço chegue ao Internacional na metade do ano. O Inter deveria negociar Lauro com outro clube e não renovar o empréstimo de Renan, que termina na metade de 2011. Assim, Agenor e Muriel ganhariam espaço para, finalmente, poderem ter participação real no elenco convocado para os jogos. Gomes, goleiro do Tottenham, completará 30 anos, tem 1,90m de altura, uma qualificação que o levou à seleção brasileira e, além disso, já manifestou o desejo de voltar a jogar no Brasil.

Fábio, arqueiro do Cruzeiro, possui qualidade reconhecida, 30 anos, 1,90m, tem seu contrato terminando e, talvez, uma boa proposta consiga lhe seduzir, fazendo com que o melhor goleiro do campeonato nacional de 2010 troque de casa, jogando em Porto Alegre a partir da metade de 2011. Reconheço a dificuldade nestas negociações, mas precisamos pensar e, mais do que isso, planejar grande.

ZAGUEIROS: a renovação contratual de Índio foi um equívoco da direção, em minha avaliação. O correto seria encerrar o seu contrato ao final de 2010, homenageando o jogador de todas as formas possíveis, liberando o mesmo para negociar com outros clubes. Agora, Índio tem contrato até 2012 e o Inter deveria, em minha ótica, buscar algum clube interessado, para poder liberar o atleta. Sorondo, pelo que se tem notícia, foi liberado para procurar outro clube para jogar. Sempre admirei o futebol do uruguaio, mas a decisão diretiva, neste caso, foi acertada. É necessária uma renovação e uma qualificação do sistema defensivo colorado, com novos nomes que cheguem ao Inter almejando a glória.

Com espaço para mais um estrangeiro no elenco, vejo que esta vaga poderia ser preenchida por um reforço de exceção para o sistema defensivo. Ganharia força, em minha opinião, o nome de Mauricio Victorino, uruguaio de 1,80m, 28 anos e com muita qualidade para comandar o setor defensivo de qualquer equipe brasileira. Atualmente, é zagueiro do Universidad de Chile e da seleção uruguaia, tendo tido presença destacada na Copa do Mundo da África do Sul em 2010. Além deste nome, Rafael Tolói do Goiás poderia ser envolvido em alguma negociação, visto que o jovem zagueiro de 1,85m e 20 anos de idade é muito bom jogador e tem muito a crescer no futebol.

LATERAIS: jogadores como Nei e Kleber devem ser mantidos no elenco. Kleber é diferenciado. Nei é voluntarioso. Uma negociação ocasional poderia ocorrer, visando uma nova contratação, desde que ela seja em nível de titularidade e melhor do que ambos citados acima. Caso contrário, o banco de reservas deverá ser preenchido por Daniel, Lima, Massari, entre outros. Bruno Silva não deve ter empréstimo renovado e deve voltar para seu clube, pois no Inter ele não apresentou os resultados esperados.

MEIO CAMPISTAS: o time colorado apresenta alguma carência no miolo de defesa. Ou seja, além de um novo goleiro e de pelo menos mais um zagueiro, o Inter sente falta de um volante defensivo. O time colorado carece de um atleta com vigor físico, especialista em desarmes, que atue de forma defensiva e que tenha como principal característica a função de defender sua área. O Inter precisa de um volante que tenha qualidades de proteção à defesa.

Wilson Mathias não possui características de primeiro volante. Basta ver os “DVD’s” de suas atuações no futebol mexicano, alheio a suas atuações no Inter, para se concluir isso. Mathias é um volante defensivo, mas não tem a característica de ser o “cão de guarda” da defesa. Para dar maior liberdade de criação a jogadores como Guiñazu, Tinga, Giuliano e D’Alessandro, o Inter precisa de um volante defensivo. Glaydson, que eu vejo como jogador importante no grupo, talvez possa ser envolvido em alguma negociação, tanto para facilitar a vinda de um reforço para as posições carentes do grupo, como para dar espaço no elenco para jovens, tais como Elton, Juliano, entre outros.

Atualmente, em minha ótica, diria que o jovem Derley é o único jogador do elenco com as características de ser um "protetor" da defesa. É jovem, possui envergadura e tem capacidade de desenvolver-se mais como profissional. Tem potencial até para, quem sabe, chegar à titularidade. Mas o Inter não pode contar apenas com Derley nesta função. Neste caso, destacaria o nome de Pierre, do Palmeiras. Com quase 29 anos de idade, o atleta é um símbolo de força no time paulista. Porém, o tempo passou, o jogador está no Palmeiras desde 2007 e, talvez, uma proposta para jogar a Libertadores em 2011 o fizesse mudar de ares.

Sua estatura mediana, porém, poderia causar um certo ar de dúvida na contratação para fazer a primeira função do meio de campo. O mesmo valeria para Willians, do Flamengo, que tem 24 anos e muita força na marcação. É de pelo menos um jogador assim que o Inter precisa: alguém com uma forte característica de marcação, para poder fazer a função de proteger a defesa. Edinho seria outra possibilidade de contratação para esta função, embora reconheça que isso renderia muitas críticas. Mas o fato é que, para a função que Edinho exerce, o elenco colorado só tem Derley.

O setor de criação de jogadas do Inter, acredito, não necessitaria reforço neste momento. A não ser que surja alguma contratação ocasionada por oportunidade única que o mercado possa oferecer. Ou então no caso de negociação de algum importante jogador colorado, como D’Alessandro ou Guiñazu. Guiñazu se enquadra mais como volante, mas a movimentação que ele proporciona a equipe é diferenciada. Sua saída provocaria tristeza na maior parte da torcida e uma desqualificação do elenco.

Nesta hipótese, seria necessário pensar em uma nova alternativa, que poderia ser: Dudu Cearense, que tem 27 anos, 1,87m e joga no Olympiakos, da Grécia; ou então Rafael Carioca, jovem e bom jogador, que tem apenas 21 anos, aproximadamente 1,80m e pertence ao Spartak Moscou.

Já em uma hipótese de saída de D’Alessandro – o que hoje é improvável, mas pode acontecer – o Inter estaria em uma situação complicada. Qual jogador poderia vir neste momento para compensar a perda técnica ocasionada por uma saída de D'Alessandro, caso isso ocorra? Este questionamento eu deixo em aberto, pois um jogador tecnicamente diferenciado seria de contratação muito difícil neste momento. D’Alessandro é um dos principais “camisas 10” em atividade no futebol brasileiro. O Inter precisa mantê-lo no elenco.

ATACANTES: eu utilizaria o atleta Alecsandro, que possui valor no mercado externo do futebol e não tem mais clima junto à maior parte da torcida, como forma de arrecadar recursos, visando a contratação de um novo e diferenciado atacante. Vejam bem, eu não venderia o Alecsandro apenas por ele não ter mais clima dentro do Beira-Rio. Eu acho Alecsandro um atacante bastante razoável e longe de ser completamente sofrível. Mas não é mais do que um atacante razoável. E o Inter está em um patamar onde necessita não apenas de um razoável marcador de gols. O Inter precisa e clama por um centroavante diferenciado.

Neste caso, nem cogitarei o nome de Luis Fabiano para debate. Este seria um atacante de exceção, que chegaria, vestiria a “camisa 9”, sairia jogando e colocaria ponto final a qualquer debate. Das possibilidades nacionais de reforços, admiro o futebol de jogadores como Diego Tardelli, do Atlético Mineiro. Além de reconhecido goleador, Tardelli tem velocidade e não fica facilmente preso na marcação. Isso o torna diferente e qualificado. Kleber do Palmeiras é outro grande atacante que atua no futebol brasileiro, apesar de polêmico. Rafael Moura, pela sequência que teve em 2010, seria um nome agradável para reforçar a equipe. Estas são apenas algumas opções de reforços que eu, na minha humilde opinião, aprovaria.

A direção acertou, ainda, em não renovar contrato com Ilan e em liberar Edu para negociar. Edu talvez sirva como moeda de troca em uma negociação por algum novo reforço para o plantel colorado. No futebol se acerta e se equivoca. Porém, se deve buscar, sempre, errar o menor número de vezes possível. Como fazer isso? Estabelecendo critérios para realizar as contratações. Trabalhar com contratação de atletas sem jamais errar é impossível. Mas minimizar erros é importante dentro do planejamento e do orçamento.

Com base nisso, espero ter contribuído para que se inicie um belo debate, discutindo em torno de possíveis novos reforços que o Internacional deverá buscar, visando iniciar o ano de 2011 tendo em mente a mesma ideia e filosofia que o Inter tem desde 2002: a busca pela excelência contribuindo para a competitividade que possibilitou a conquista de títulos anuais em sequência. Os equívocos cometidos, mais precisamente em 2007 e alguns que possam ter acontecido em 2010, devem ser avaliados e servir como aprendizado.

Críticas, sugestões e opiniões contrárias as minhas sempre serão muito bem recebidas e avaliadas. Um bom debate à todos. Saudações esportivas e coloradas!

20 de dezembro de 2010

Debate: técnico do Inter em 2011

Por Luciano Bonfoco Patussi
20 de dezembro de 2010

A temporada 2011 já começou, pelo menos nos bastidores. No ano que se inicia, o Internacional terá pela frente a disputa do campeonato gaúcho, da Taça Libertadores da América, da Recopa Sul-Americana e do campeonato brasileiro. No caso de o time conquistar o título da Taça Libertadores novamente, o Colorado terá ainda o Mundial de Clubes pela frente. O momento de planejar a temporada que se inicia é fundamental. Elaborado de forma correta, o planejamento tende a facilitar as tomadas de decisão que deverão ocorrer nos momentos de turbulência do restante da temporada.

Será o início da gestão do presidente Giovanni Luigi e o Inter necessita manter o nível técnico dos últimos anos, sempre disputando os campeonatos com reais chances de vitória. Todo o planejamento deve levar em conta equívocos que, por ventura, tenham sido cometidos em outras oportunidades – os quais não vou descrever aqui, pois esse não é o intuito do presente tema exposto. Além disso, o time em campo precisa ter comando, padrão tático e alternativas diferenciadas, tanto no quesito das jogadas quanto da parte tática. É hora de decidir quem será o treinador do Internacional para o ano de 2011.

Celso Roth tem contrato com o Internacional até o final de dezembro de 2010. De fato, o treinador que venceu a Taça Libertadores deste ano tem um histórico de bons trabalhos por onde atuou profissionalmente, apesar de poucos títulos conquistados. A Taça Libertadores de 2010 foi o grande feito da carreira do treinador Celso Roth, o qual considero um bom profissional do futebol brasileiro.

Agora, deixarei minhas opiniões pessoais: é lógico que sou um torcedor e, independentemente de quem estiver na casamata comandando o time, vou torcer junto. Mas considerando a visão que tenho de fora do vestiário, levando em conta todos os momentos de Roth no Inter, desde o título continental, passando pela arrancada forte e posterior desleixo no campeonato brasileiro, e finalizando com a atuação do time no Mundial de Clubes, eu considero o início de uma nova temporada ser o momento ideal para uma mudança no comando da equipe. Posso estar equivocado, mas é nisso que creio.

Entretanto, a saída de Roth do comando técnico só deverá ocorrer no caso de o Inter conseguir qualificar mais o seu comando. Não é momento para apostas no comando técnico do time, visto que o momento é de concentração total, pois a Taça Libertadores 2011 será dificílima e terá grandes rivais na disputa. Voltando um pouco no tempo, vale lembrar que os anos da década de 1990 tiveram em Telê Santana, Luis Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo os maiores ícones do comando técnico de clubes brasileiros.

Já os anos da década de 2000 iniciaram com Luxemburgo e Felipão sendo os treinadores de primeira linha do nosso futebol. Era chegado o momento de uma grande renovação nos nomes dos comandantes das equipes brasileiras. Naturalmente, surgiram novos treinadores que passaram a fazer grandes trabalhos em solo nacional, aliando continuidade com resultados expressivos e sequenciais. Eis que surgiram:

Muricy Ramalho, que não sairá em 2011 do Fluminense, onde tem um grande contrato, um elenco forte e que pretende disputar para vencer todos os títulos de 2011; Mano Menezes, que devido aos bons trabalhos realizados, chegou à seleção brasileira, de onde não deverá sair tão cedo; Dorival Júnior, que é um técnico de futebol estudioso, inteligente e que cresce ano após ano, sempre conquistando títulos por onde trabalha, deixando sua marca positiva nos clubes por onde passou.

Dos três nomes acima citados, Dorival Júnior é o treinador com quem existiria reais possibilidades de negociação, embora o mesmo tenha contrato em vigor com o Atlético Mineiro, onde chegou em uma situação difícil e, com competência, auxiliou o time mineiro na fuga do rebaixamento, mostrando por qual motivo é admirado por boa parcela dos torcedores dos times brasileiros. Particularmente, em minhas análises realizadas um ou dois anos atrás, é possível notar que admiro o trabalho de Dorival Júnior antes mesmo de 2008, quando o profissional ainda não havia conquistado títulos de âmbito nacional. Mas, já naqueles tempos, seus trabalhos eram de reconhecida qualificação.

Este seria o nome do momento para comandar o Internacional: Dorival Júnior. Conversar com o profissional, mostrar um planejamento coeso e apresentar uma proposta de trabalho não é pecado, não é feio, tampouco antiético. Isso demonstraria que o Internacional está pensando muito grande, em se falando de títulos na temporada de 2011. Ter Dorival Júnior na casamata é garantia de títulos? Lógico que não. Essa analogia não deveria existir no futebol. Não é apenas um fator que define os resultados no futebol. É um conjunto. Mas, com Dorival Júnior no Inter, pelo menos haveria a garantia de ter no time um comandante que cresce, como profissional, ano após ano, buscando maior reconhecimento e títulos em sequência e em grande quantidade.

Além de Dorival Júnior, seria aceitável no comando do Inter o nome de Paulo César Carpeggiani, que atualmente está no São Paulo. Mas, com contrato em vigor com o Tricolor Paulista, dificilmente Carpeggiani sairia do time. Paulo Roberto Falcão, pelo que vejo em boatos lançados por parte da imprensa, deseja voltar com força para a casamata, investindo forte na carreira de treinador. Este seria outro nome extremamente válido, embora suas breves passagens anteriores, no lado de fora das quatro linhas, ainda não tenham resultado em títulos. Falcão entende de futebol, sabe como funciona o vestiário e é um nome de respeito. Diria que é um dos maiores nomes – isso se não for o maior – da história do Internacional. Em um elenco como o do Inter, com quatro ou cinco pontuais reforços dentro de campo, Falcão teria todas as ferramentas para a realização de um trabalho competente.

Esta é minha opinião, exposta para debate. Posso estar equivocado? Posso, afinal de contas, minha opinião é de fora do ambiente interno do clube. Críticas fundamentadas e opiniões serão muito bem recebidas. Sobre jogadores, reforços e dispensas do elenco, em breve farei uma análise e trarei para o conhecimento dos torcedores. Uma grande saudação para todos os leitores!

15 de dezembro de 2010

Amores de verdade

Por Luciano Bonfoco Patussi
15 de dezembro de 2010

Não arriscarei uma tentativa de explicar o inexplicável, medir o imensurável e, tampouco, tocar o intangível. O Inter perdeu. Estou zonzo. A ficha ainda não caiu, pois acostumamo-nos a ganhar demais. E dizer isso não é arrogância. A seguir vocês entenderão. Já disse certa vez o jovem e talentoso escritor colorado Pitta, mais ou menos assim: “não torço pelo Inter devido as suas vitórias, nem mesmo por seus títulos. Um colorado opta pelo vermelho pela essência da camisa e pela história que representa o time da beira do rio”. É isso que me fez ser colorado. Não só eu. Todos nós!

Ser colorado é a maior dádiva que poderia ser proporcionada a qualquer torcedor, de qualquer continente, nos últimos tempos. O Inter decide títulos. Não ganha todos. Mas decide. Quem decide, tem chances reais de título. Qual torcedor não gostaria de fazer parte desta história? Pois bem, em determinadas vezes, é preciso algum tombo nos mostrar que somos mortais. E como é bom ser mortal! Todos já devem ter ouvido a célebre frase que diz: “quanto maior o coqueiro, maior é o tombo”. Pois é. Hoje, após derrota colorada para o congolês Mazembe, rivais se contorceram na tumba, fogos explodiram nos céus e cornetas foram ouvidas em todo o canto do mundo. É, povo colorado, o Inter é gigante! Seu escorregão causa orgias liberadas pelo mundo afora.

Entretanto, precisamos reconhecer: torcemos por um clube de raízes populares e humildes. Realmente, pelo que se viu dentro do gramado, o Inter não mereceu vencer. O time colorado foi ao mundial, carregado nos ombros de milhões de almas vermelhas, mas deixou a desejar. Preparação insuficiente? Planejamento equivocado? Tensão eleitoral? Insuficiência técnica? Isso não importa. Não mais interessa!

O que importa é que em 2010 o Internacional foi eliminado pelo Mazembe, da República Democrática do Congo, na fase semifinal do Mundial de Clubes. Isso será lembrado para sempre, tal qual aquela rasteira que o colorado levou do Juventude, em 1999. Parecida com aquela tragédia ocorrida contra o Olímpia, em 1989. Você foi “menos colorado” por tudo aquilo que aconteceu em determinado momento da história? Eu não fui. Você, tenho certeza, também não foi. Seu coloradismo foi reabastecido naqueles momentos!

Torcedor colorado, raciocine comigo: qual o clube que cresceu apenas com vitórias? Não foi o Inter. O Inter, que nasceu popular e humilde, tem de reaprender a lidar com a derrota. Não que ela deva ser costumeira, muito pelo contrário. Mas uma eventual derrocada servirá para que o Inter alcance novos horizontes, sem jamais esquecer sua história, sem sequer ousar apagar determinada decepção coletiva que possa ter ocorrido em determinado momento da nossa existência. Isso se justifica, até porque amores de verdade, vez ou outra, decepcionam. Mas se fortalecem. Já a palavra fiasco, esta tem outras cores, outra filosofia e outra história.

11 de dezembro de 2010

TP Mazembe: perfil histórico do adversário do Inter


Por Luciano Bonfoco Patussi
11 de dezembro de 2010

O município de Lubumbashi possui aproximadamente 1,2 milhão de habitantes. Localizada bem ao sudeste da República Democrática do Congo (ex-Zaire), Lubumbashi fica próxima a fronteira com Zâmbia, sendo a segunda cidade mais habitada da nação. A população total do país gira em torno de mais de 60 milhões de habitantes, sendo que estes dados são relativamente antigos e já devem ter sofrido alterações. A República Democrática do Congo tem aproximadamente 2.300.000 km² de extensão territorial. Sua capital, Kinshasa, possui cerca de 6,2 milhões de habitantes.

Lubumbashi, no cenário esportivo local, é conhecida por possuir dois grandes clubes de futebol da República Democrática do Congo: um deles é o TP Mazembe, campeão do campeonato congolês em dez oportunidades e campeão da Copa do Congo por cinco vezes. O outro grande clube da cidade é o FC Saint Eloi Lupopo, grande rival do TP Mazembe, campeão congolês seis vezes e campeão da Copa do Congo em uma oportunidade.

Ambos fazem parte do seleto grupo dos quatro maiores campeões de futebol do país. Os outros dois grandes clubes da República Democrática do Congo são o DC Motema Pembe e o AS Vita Club, ambos da capital Kinshasa. O primeiro, foi campeão congolês doze vezes. O segundo, venceu o campeonato nacional em onze oportunidades.

Em se falando de títulos no cenário continental, o confronto dos clubes da capital Kinshasa contra a tradicional cidade de Lubumbashi apresenta ampla vantagem para a segunda. Para Kinshasa, o AS Vita Club obteve a conquista da Liga dos Campeões da África em 1973. Para Lubumbashi, os títulos continentais são todos do TP Mazembe: 1967, 1968, 2009 e 2010.

Sediado em uma cidade com número de habitantes equivalente a 80% dos moradores da capital gaúcha e situado no 12º maior país do mundo em área territorial - equivalente a pouco mais de oito vezes o tamanho do território do Rio Grande do Sul - o TP Mazembe eliminou o Pachuca do México do Mundial de Clubes da FIFA de 2010. Seu próximo adversário é o Internacional, que está em busca do bicampeonato mundial.

Pelo que se viu do confronto contra o Pachuca, o Todo Poderoso Mazembe, como o alvinegro de Lubumbashi é conhecido em sua terra, tem uma equipe que busca o ataque com jogadas aprofundadas e que não perdoa espaços para o chute a gol: seus jogadores arriscam a conclusão da jogada de qualquer parte do campo, sem medo de ser feliz.

Nesta análise de apenas uma partida, é possível perceber ainda que, eliminando espaços e exercendo pressão na saída de bola, o Inter terá grandes chances de roubar a bola perto da zona de conclusão, confundindo a defesa adversária, que não possui jogadores de maior qualidade técnica. Entretanto, no campo de defesa e sem a posse da bola, o TP Mazembe procura voltar todos os seus jogadores, a fim de encurtar espaços, dificultando o toque de bola.

Entretanto, uma partida é pouco para se ter uma análise mais próxima da realidade, em relação a uma equipe desconhecida dos brasileiros. Conhecida e multicampeã no Congo, o TP Mazembe se diz azarão no mundial. Mas merece respeito e é dessa forma que será tratado pelo Inter: com respeito. É assim o Inter irá agir. É assim que o Clube do Povo, anseiam seus milhões de apaixonados torcedores, obterá a classificação para a decisão do Mundial de Clubes de 2010.

Prepare-se, torcedor colorado! Acabaram-se as noites. Todos em claro. Cada segundo passará a ser minutos, cada minuto se tornará horas! Em pouco tempo, ao som da maravilhosa canção que representa o Hino da FIFA, o Internacional e seu bravo adversário estarão perfilados, entrando no gramado, em busca da realização de mais um sonho! Haja coração!

Terça-feira, 14 de dezembro de 2010, 14 horas (Horário de Brasília-DF), SEMIFINAL DO MUNDIAL DE CLUBES 2010: Sport Club Internacional x TP Mazembe

O INTER É O BRASIL NO MUNDIAL DE CLUBES!

6 de dezembro de 2010

Sucesso no pleito eleitoral colorado

Por Luciano Bonfoco Patussi
6 de dezembro de 2010

No dia da votação para eleger o presidente e para renovar parte do conselho deliberativo do Internacional, houve um comportamento pacífico, tranquilo e cordial de todas as partes envolvidas. Assim transcorreu a maior eleição de clubes de futebol do Brasil. Sempre inovando, o Internacional mais uma vez foi exemplo a ser seguido. Além disso, podemos destacar que é muito bom para o torcedor colorado ter, como opções de candidatos à presidência, pessoas qualificadas, tais como Giovanni Luigi, Sandro Farias e Pedro Affatato.

O resultado das urnas, mais uma vez, mostrou a vontade da maioria da torcida e dos associados do clube. Agora, o pensamento de todos os colorados deve ser transferido para Abu Dhabi, onde dentro de alguns dias o Internacional lutará pelo bicampeonato mundial de futebol. Abaixo, os números oficiais da maior eleição de clubes de futebol do Brasil:

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL (BIÊNIO 2011-2012)

Giovanni Luigi (Chapa 3) = 13.000 votos (77,6 %)
Eleito presidente do Sport Club Internacional

Pedro Affatato (Chapa 1) = 3.756 votos (22,4 %)

RENOVAÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO

Chapa 3 = 9.745 votos (57,9 %)
Elegeu 87 conselheiros

Chapa 2 = 4.407 votos (26,2 %)
Elegeu 39 conselheiros

Chapa 1 = 2.669 votos (15,9 %)
Elegeu 24 conselheiros

1 de dezembro de 2010

Opinião: o futuro nas mãos do associado colorado


Por Luciano Bonfoco Patussi
01º de dezembro de 2010

O espaço www.inter-clubedopovo.blogspot.com se destina a publicação de textos que elaboro, com o intuito de divulgar e engrandecer a entidade Sport Club Internacional, procurando também ler opiniões e críticas tecidas ao trabalho exposto. Dito isso, é importante ressaltar que o clube vive um momento ímpar em sua história. Mais do que estarmos às vésperas da disputa do título do Mundial de Clubes da FIFA de 2010, o Internacional terá o pleito decisivo que elegerá o presidente do clube para o biênio 2011 e 2012 e, mais ainda, renovará parte do conselho deliberativo da entidade. A votação promete ser a maior já realizada por um clube de futebol no Brasil.

Com isso, o Internacional inova mais uma vez. Além disso, o pioneirismo colorado permitirá, ao sócio colorado das plagas mais distantes do planeta, votar por correspondência sem ter quaisquer custos financeiros, aumentando assim a democracia que envolve a história e a existência do Clube do Povo. Aliás, todos os torcedores que votam de fora do Rio Grande do Sul e de fora do Brasil, já devem ter preenchido sua carta-resposta, com o seu voto, e dirigido o mesmo a uma agência dos Correios.

Em caráter de opinião pessoal, e posso ser questionado sem quaisquer problemas sobre isso, vejo muitas diferenças do atual estágio do Internacional em relação a ele mesmo, no que tange os envolvidos na disputa presidencial do clube. Tanto Giovanni Luigi quanto Pedro Affatato são, acima de tudo, colorados, que em determinado momento lutaram juntos no dia a dia do clube, buscando lado a lado o crescimento e o reconhecimento da entidade, algo que era inimaginável com a incompetência administrativa e o caos político que reinavam no Internacional cerca de vinte e poucos anos atrás.

Pois bem, ambos os candidatos citados, mais o jovem e promissor Sandro Farias, derrotado no primeiro turno da eleição presidencial, me parecem ser, além de colorados, pessoas muito competentes. Tenho uma boa imagem formada em relação aos três colorados citados. Isso engrandece o clube. Aliás, quem sou eu para insinuar ou imaginar que alguém, que trabalhou em conjunto pelo crescimento do Inter, é incompetente? Todos sabem que a teoria é diferente da prática. Na prática, as coisas são muito mais difíceis do que parecem ser.

Após avaliar este ponto, decidi meu voto, nas eleições do Inter, em favor de Giovanni Luigi e da Chapa 3 para o conselho deliberativo. Por qual motivo? Sinceramente, enquanto torcedor e sócio colorado, tenho receio de que um novo atrito político possa imperar no clube, fazendo o Internacional cair de produção em todos os aspectos, da mesma forma que ocorreu no início da década de 1980. A campanha eleitoral do grupo liderado por Pedro Affatato passou, boa parte do tempo, fazendo comparativos, colocando Giovanni Luigi como sendo um candidato de menor competência para gerir o Internacional. Isso não é bom para o clube.

Ao invés de priorizar a apresentação de propostas coerentes e de acordo com a realidade, a Chapa 1 preferiu, em determinado momento, diminuir a imagem em relação a competência de pessoas que, até pouco tempo atrás, faziam parte da mesma corrente política. Os antigos “parceiros” passaram a ser avaliados e a ter “menos competência”, segundo o ponto de vista do grupo político liderado por Affatato. O clima ficou tenso no clube e, ainda bem, isso não influenciou dentro de campo, onde foi possível conquistar a Libertadores da América.

Entretanto, e é importante o sócio saber disso, já naqueles tempos de luta pela conquista da América, havia uma certa tensão política no ambiente interno do clube, pois alguns poucos dos que ainda fazem parte da atual gestão, já buscavam um posicionamento político contrário ao grupo presidido por Vitório Píffero. Já se previa um racha no grupo da situação. Por qual motivo isso aconteceu?

Até alguns anos atrás, eu cogitava votar em Pedro Affatato para presidente, caso um dia ele viesse a concorrer ao maior cargo eletivo do Inter. Mas da forma como os fatos se desdobraram e do modo como a campanha dele foi baseada, confesso que fiquei decepcionado. Espero apenas que a tensão causada dentro do clube, por esse racha político, não influencie o time colorado dentro de campo, na disputa do Mundial de Clubes, na metade deste mês.

Pedro Affatato poderia, com tranquilidade e com competência, ser candidato à presidência do Internacional em um momento próximo, talvez no biênio 2013 e 2014, e assim todos os grupos políticos que hoje ainda compõem a direção do Internacional poderiam seguir trabalhando juntos pelo clube, o que aumentaria a força e a competência do conjunto. Por todos esses motivos, meu voto será na Chapa 3, a chapa que tem o apoio de Fernando Carvalho e que conta com Giovanni Luigi como candidato a liderar a instituição rumo aos próximos desafios.

É sempre importante lembrar: é muito difícil se chegar ao topo. Mais difícil ainda é se manter lá. O Inter, sob esta liderança e com muitos colaboradores, chegou ao topo e pretende se manter competitivo. Infelizmente, o grupo comandado por Pedro Affatato optou por se separar da situação em um momento importante da história do clube, às vésperas da disputa do Mundial de Clubes da FIFA de 2010.

ALGUNS LEMBRETES IMPORTANTES

Diretrizes elaboradas para 2009 e 2010, defendidas pela chapa encabeçada por Vitório Píffero, que concorreu e venceu o pleito presidencial ao final de 2008:

• Continuar lutando para tentar ganhar pelo menos um título por temporada.

• Executar a cobertura e modernização do estádio e iniciar o Projeto Gigante para Sempre.

• Realizar o Centenário de Todo Mundo.

• Atingir os 100.000 sócios e “pintar” o Rio Grande de vermelho.

• Continuar a profissionalização do clube.

• Continuar elevando as receitas do clube.

• Continuar nossa Política de Comunicação, cada vez mais forte junto ao sócio e ao torcedor.

• Continuar sendo referência como Responsabilidade Social.

Vemos que, fora a questão da execução das obras do estádio e do projeto Gigante para Sempre, que estão em visível andamento, o restante das diretrizes foram cumpridas, ou pelo menos houve sequência no trabalho de forma aceitável e satisfatória.

Principais propostas de atuação da Chapa 3, encabeçada por Giovanni Luigi, para o biênio 2011 e 2012:

• Futebol como prioridade: o Inter sempre decidindo os grandes títulos.

• Fábrica de craques: novo centro de treinamento para fortalecer a base.

• Integração de profissionais e base: proximidade e troca de informações.

• Contratações com critério: investimento em atletas de futuro promissor.

• Planejamento acima de tudo: decisões com estratégia técnica e política.

• Finanças e administração: qualificação e avaliação constante da gestão.

• A marca Inter: fortalecimento do marketing e das relações internacionais.

• Relação com sócios: aproximação e novas vantagens aos associados.

• Patrimônio: transparência e eficiência nas obras para a Copa do Mundo de 2014.

• FECI e Interagir: união dos projetos sociais para maiores resultados.

• Inclusão política: um clube vencedor se faz com todos seus conselheiros, sócios e torcedores.

Meu desejo é que ocorra a realização de um grande e memorável pleito eleitoral, que será o símbolo da democracia colorada. Finalizando, conclamo a todos os leitores e os sócios colorados para o debate de ideias e, mais do que isso, convido à todos para votar na chapa apoiada por Fernando Carvalho, a Chapa 3, encabeçada por Giovanni Luigi. Luigi promete lutar, caso seja eleito, pela pacificação política do clube, bem como trabalhar para possibilitar a realização das propostas acima expostas, de forma real e competente, sem pirotecnia.

Se você ainda não votou por correspondência, compareça ao ginásio Gigantinho, munido da carteira de sócio e de documento de identidade com foto, no dia 4 de dezembro, das 9 às 17 horas, e deposite seu voto nas urnas. Confira se você está habilitado a votar através das informações do website: www.internacional.com.br

25 de novembro de 2010

Libertadores 2011: grupos sorteados


Por Luciano Bonfoco Patussi
25 de novembro de 2010

Em grande evento realizado na tarde de 25 de novembro, em Luque, no Paraguai, a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) sorteou os grupos da Copa Libertadores da América da próxima temporada. O Internacional, atual vencedor da competição e que lutará pelo tricampeonato em 2011, jogará contra os seguintes adversários na primeira fase, posicionado no grupo 6 da competição:

Jorge Wilstermann: o clube tricolor fardado de vermelho, azul e branco, e sediado em Cochabamba na Bolívia, foi fundado em 1949. O time manda seus jogos em um estádio com capacidade para receber público acima de 50.000 pessoas. Jogadores brasileiros como Túlio, o Maravilha, e Jairzinho, o Furacão da Copa do Mundo de 1970, já jogaram no clube. Em sua galeria de títulos, vale destacar que o clube venceu 11 vezes os campeonatos nacionais, sendo o Torneio Apertura de 2010 o último caneco erguido, fato que o qualificou para disputar a Libertadores de 2011.

“Equador 2”: este adversário, definido no sorteio como “Equador 2”, será conhecido através da disputa do campeonato equatoriano de 2010, que se encerrará em breve. Os times que disputam o título nacional e, ao mesmo tempo, buscam “fugir” do confronto contra o Inter, são velhos adversários do Clube do Povo: LDU de Quito ou Emelec de Guayaquil. A princípio, a informação é de que o vice-campeão equatoriano entrará no grupo do Inter. O Emelec venceu o campeonato equatoriano 10 vezes, sendo seu último título obtido em 2002. Já a LDU, que venceu o certame nacional 9 vezes na sua história, tem sido uma grata surpresa do cenário continental. Desde 2006, quando formava a base da seleção equatoriana, o time passou a ganhar destaque. Já venceu duas taças da Recopa Sul-Americana, uma Copa Sul-Americana, e ainda tem destaque o seu maior título: a Copa Libertadores da América de 2008.

Vencedor da chave 2 da Pré-Libertadores: nesta disputa, antes da fase de grupos da Libertadores, se enfrentarão os seguintes times: Jaguares de Chiapas (México) x “Peru 3”. O Jaguares é uma equipe nova. Fundada em 2002, tem apenas oito anos de existência. Entre seus principais ídolos, estão: Salvador Cabañas, que jogou no clube antes de se transferir para o América. Cabañas é o famoso jogador paraguaio que está temporariamente fora do futebol, devido a uma tragédia ocorrida no México, quando foi baleado na cabeça, em uma boate; o outro ídolo do clube é Danilinho, que já foi meia do Atlético Mineiro e da seleção brasileira sub-20. O “Peru 3” será o time, do campeonato peruano, com a maior pontuação acumulada na temporada 2010, além do campeão e do vice. Atualmente, as informações dos jornais peruanos dão conta de que o adversário do Jaguares, do México, por uma vaga no grupo do Internacional, será um dos rivais: Alianza Lima ou Universitário, também da capital peruana. Ambos, mais o Sporting Cristal, formam o trio dos grandes clubes do Peru. O Alianza Lima, com 109 anos de existência, faturou o campeonato peruano 22 vezes, contra 25 títulos do Universitário. O Universitário foi também vice-campeão da Libertadores em 1972, sendo derrotado pelo Independiente de Avellaneda na grande decisão.

É o Sport Club Internacional, junto com sua numerosa e apaixonada torcida, já de olho nos adversários da próxima Copa Libertadores da América!

17 de novembro de 2010

Rolo Compressor: homenagem aos 65 anos do hexa

Imagem do website oficial do Sport Club Internacional

Por Luciano Bonfoco Patussi
17 de novembro de 2010

Há décadas, tudo era diferente. Para o futebol, essa afirmação também é válida. Viajamos 70 anos na história e chegamos à década de 1940. Naqueles tempos, o futebol tinha táticas, atletas, preparação e plasticidade totalmente diferenciada. O jogo em si era mais lento, entretanto, mais ofensivo, pelo menos no que diz respeito às formações táticas, que priorizavam a quantidade e a qualidade de jogadores ofensivos. A plasticidade do jogo, assim, também poderia ser considerada mais bela e empolgante. Até hoje, o futebol jogado naqueles tempos arranca suspiros de apaixonados pelo esporte mais popular do mundo.

No Rio Grande do Sul e no Brasil como um todo, era comum ver atletas jogarem mais de uma década por um único clube. Em solo gaúcho, havia também pitadas na rivalidade, como as origens diferenciadas e a cultura de cada um dos principais clubes, os títulos conquistados por cada agremiação, entre outros pontos. No Rio Grande do Sul, o campeonato gaúcho, jogado desde 1919, era decidido em um torneio entre os campeões de cada região do estado. Uma das curiosidades da época era que nenhuma equipe havia conquistado, até 1939, mais de duas vezes consecutivas o título regional. Isso até o Inter entrar em campo e encantar os gaúchos durante toda a década de 1940!

Para os gaúchos, vencer o campeonato estadual era como ser campeão mundial. Derrotar o maior adversário era a glória máxima imaginável e rendia boas risadas e deboches entre os rivais, pelo menos até o próximo clássico ser disputado. A rivalidade Gre-Nal apimenta até hoje o crescimento do Internacional e do seu maior rival, o Grêmio. Pois de 1940 até 1945, a região metropolitana de Porto Alegre teve como representante, no campeonato gaúcho, o Internacional. De forma ininterrupta. Em nível estadual, o Rolo Compressor, apelido dado ao Inter devido às vitórias avassaladoras que a equipe colorada impunha contra os seus adversários na época, chegou ao hexacampeonato gaúcho em 1945.

Era um time praticamente imbatível. Na final de 1945, o Internacional conquistou o hexacampeonato estadual, após vencer o Pelotas por 3 a 1, no estádio da Timbaúva, em Porto Alegre, com público aproximado de 8.500 pessoas. O jogo decisivo do memorável hexacampeonato ocorreu no dia 18 de novembro de 1945. Ou seja, o dia 18 de novembro de 2010 marca o aniversário de 65 anos do maior título da época, tempos em que o memorável esquadrão colorado começou a mudar a história do futebol gaúcho. Após estes títulos, o Rolo Compressor venceu ainda os campeonatos estaduais de 1947 e 1948, fechando oito títulos estaduais durante toda a década de 1940.

A escalação clássica do Rolo Compressor era formada por: Ivo Wink; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos. O Rolo Compressor colorado foi, para muitos cronistas esportivos e torcedores, o melhor time já formado na história do futebol gaúcho. Era um time que aliava, como poucos, força, disciplina e técnica apuradíssima.

Dos atletas acima citados, Nena era o último remanescente da formação colorada dos anos 40, mas faleceu aos 87 anos de idade. Sua morte, ocorrida na madrugada de 17 de novembro de 2010, aconteceu exatamente um dia antes do aniversário de 65 anos da conquista do hexacampeonato de 1945. Nena foi um dos jogadores mais importantes da época e foi o primeiro jogador do Inter convocado para uma Copa do Mundo pela seleção brasileira. Nena foi reserva no mundial e acabou sendo vicecampeão da Copa do Mundo de 1950.

Assim, fica exposta esta singela homenagem ao eterno zagueiro Nena, grande jogador da história colorada, bem como para todos os atletas, dirigentes e torcedores que fizeram parte dessa bela página da história do Internacional e do futebol gaúcho.

18 de novembro de 2010: aniversário de 65 anos do hexacampeonato gaúcho obtido pelo Internacional. Um time memorável. Um time que fez história!

13 de outubro de 2010

Tinga: o retorno do fio da esperança colorada

Por Luciano Bonfoco Patussi
13 de outubro de 2010

Um torcedor apaixonado tem memória fotográfica. Vislumbra na atualidade momentos passados como se estivessem acontecendo, ao vivo. Passo a passo. Movimentos são precisos. Cores são idênticas. Recordo perfeitamente o instante da contratação, por parte do Internacional, de Paulo César Tinga. Isso lá em 2005. O Internacional passava por grande reestruturação. Ano após ano, era visível o aumento da qualificação do clube como um todo e do time em campo. Porém, tudo ainda era modesto para a pretensão máxima do torcedor colorado. O grande salto da equipe colorada, em termos de qualificação técnica, ocorreu em dois momentos distintos e próximos: na chegada de Fernandão e, posteriormente, na contratação de Paulo César Tinga. Eu tinha um fio de esperança em dias melhores para o nosso colorado. E naquele momento a minha esperança era calibrada com fervor.

Eis que Tinga participou de grandes momentos com o maior rival colorado. Eu não esqueço. Tinga, humilde, tinha minha admiração. Invejava, também. Indagava: como poderia o tricolor de Porto Alegre ter, no elenco, Ronaldinho, aliado a Tinga? Era demais para o adolescente colorado que viveu o final dos anos de 1990 e o início dos novos tempos. Mas resisti. Aliás, milhões resistiram. Pois valeu a pena cada segundo! Como futebolista, Tinga foi magistral vestido de três cores e, anos mais tarde, foi monstruoso e inigualável vestido de vermelho. Parecia uma grande ironia do destino, que tripudiava sem dó de meu sentimento de apaixonado torcedor.

Tinga se confunde, assim como outros ídolos, com a história recente colorada. Foi protagonista e herói. Fez passe para gol de título gaúcho. Jogou muito no campeonato brasileiro de 2005. Pois sua expulsão injusta, contra o Corinthians, aliada a conseqüente perda do título nacional daquele ano, puseram pela primeira vez minha paixão pelo futebol em provação. Eu queria largar o esporte pelo qual fui apaixonado desde a infância. Ria de nervosismo com a taça sendo erguida pelo capitão corintiano. A decepção e o sentimento de angústia eram enormes. A impotência era generalizada. A raiva, contida em lágrimas. O dolorido não era a derrota em campo. Nisso, eu já era pós-graduado àquela altura da minha vida. O grande problema era o time colorado ser campeão, pelo regulamento, e eu ver o título – o primeiro grande campeonato de minha vida – escapar entre os dedos, pateticamente, devido a uma polêmica ação federativa e judicial extracampo, isso para não citar outras palavras e expressões.

Pois erguemos a cabeça, todos nós, torcedores! Tinga seguiu jogando muito futebol. Fez o gol do título da Copa Libertadores da América, em 2006. Um marco na história colorada. Foi expulso. Deu dramaticidade àquela final. Foi negociado com o Borússia Dortmund. Virou ídolo do tradicional e popular clube alemão. Encerrado seu contrato e mesmo tendo outras propostas – talvez até financeiramente melhores – voltou para o Internacional em 2010. Chegou da mesma forma como saiu: campeão! Tinga venceu a Copa Libertadores novamente. Tinga dá qualidade à equipe do Inter. Ajusta o toque de bola. Qualifica a marcação e o passe. Tinga, junto a Guiñazú e D’Alessandro, forma o pilar do mais qualificado meio de campo de clubes de futebol da América. Tinga é o fio da esperança colorada, aquele mesmo que chegou ao Beira-Rio em 2005 e que retorna ao Internacional em 2010, cheio de gás e disposição, em um importante momento da história: estamos às vésperas da disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA de 2010. O Inter estará lá. Novamente. Tinga estará junto. Do Oriente Médio, Tinga sairá campeão mundial! E o Inter será bi!

Finalizo por aqui esta singela e justa homenagem e um ídolo do passado e do presente do Sport Club Internacional. Do Bairro Restinga para o mundo da bola!

15 de setembro de 2010

Parabéns, caro e estimado rival!

Por Luciano Bonfoco Patussi
15 de setembro de 2010

Quando escrevemos, precisamos ter ideias variadas, pensamentos diferentes que se interliguem em determinado momento, além de gostar da escrita. De fato, o que você, caro leitor, lê neste momento, jamais seria criado não fosse a grandeza que a data de hoje representa, aliado a fatos ocorridos nesta noite de meio de semana.

Na verdade, sabemos que colorados querem ver "azuis" longe das manchetes gloriosas, e com os gremistas ocorre o mesmo, em se falando da rivalidade que os mesmos possuem com os "vermelhos".

Com o passar das décadas, dois sonhos distintos e antagônicos, nascidos em 1903 e 1909, se realizaram. Realizaram façanhas nas plagas mais distantes do planeta. Por este motivo, acredito ser plenamente justo e merecido, colorados, felicitarmos aquele nosso grande pai, irmão, amigo, que é muito importante na nossa existência, apesar de ter escolhido o azul para torcer, seja onde estiver!

Parabéns tricolor, pelo seu aniversário de 107 anos! Aquele apaixonado que sempre acompanha o time de coração, seja nas quartas, aos domingos ou na segunda, merece esta felicitação, por mais simplória que possa parecer.

Marcos Assunção e Ewerthon mandam à todos os aniversariantes, com procuração registrada em nome da nação colorada, um fraternal abraço!

Parabéns à você...

1 de setembro de 2010

Inter campeão da Libertadores, de novo!


Veja o vídeo produzido e divulgado pelo Internacional em homenagem ao torcedor colorado. Inter, após quatro anos, campeão da Libertadores! De novo!

Clique no link abaixo, assista o vídeo e divirta-se:

http://www.internacional.com.br/precapa_filme.php

19 de agosto de 2010

Vento, gelo e imensidão



Por Luciano Bonfoco Patussi
19 de agosto de 2010

Esta noite tive um sonho. Estava em pé na beira do rio. Ao meu lado, milhares de irmãos trajados de vermelho faziam companhia. Estávamos ali por devoção. Por amor. Era o momento de unir forças. Breve susto. Sentiu-se um leve tremor. A terra, literalmente, tremeu. Isso foi causado pela perfeita sinergia entre camisas rubras, concreto e paixão. Ondas gigantes tomaram forma no rio. A emoção tomava conta e lembranças vinham à mente. Anos difíceis, trabalho e crescimento. Torcida, vitórias e reconhecimento. Enfim, os títulos vieram. Mas tudo parecia tão perfeito. Foi então que acordei de um profundo sono.

Despertei, ainda um tanto assustado. Estava em um local diferente. Tinha a sensação de já ter passado por ali em algum momento de minha vida. Levantei da cama onde dormi e fui procurar a saída da cabana. As janelas estavam cobertas de gelo. Muita neve. No horizonte, o sol já havia cedido seu espaço para as estrelas e para o luar. Saí pela porta da frente da moradia, que mais parecia um abrigo para visitantes que estivessem ali ao acaso, ou melhor, pelo destino. Quase congelei. Porta afora, caminhando intensamente, comecei a ouvir cânticos vindos de algum lugar distante. "Nada vai nos separar". "O teu presente diz tudo". Eram sons tão distantes, porém, familiares. Cheguei em um precipício. Era um grande desfiladeiro. Vento, gelo e imensidão. Eu não tinha escolha.

Neste momento, virei-me para a direita. Foi possível vislumbrar o Atlântico, um oceano de esperança. O luar resplandecia de forma mágica. Era claro e promissor como um belo amanhecer. Para não cair no abismo, recuei dois passos e olhei para a esquerda. O Pacífico era convidativo. Via nele um infinito mar a ser desbravado. Foi então que dei-me conta: eu já havia estado ali. Nesta noite, eu estava, de fato, no topo da América. Ela estava aos meus pés, mais uma vez!

Internacional, bicampeão da Copa Libertadores da América!

16 de agosto de 2010

Sejam eternos


Por Luciano Bonfoco Patussi
16 de agosto de 2010

Não podemos esquecer do gol marcado pelo Tinga. Jamais! Foi uma noite de muita alegria, inesquecível 16 de agosto. Você, colorado, que em determinado dia de sua vida imaginou estar vivendo um sonho, e digo mais, cogitou jamais viver algo parecido novamente, só lhe digo uma coisa: tu torces pelo Internacional! Branco e vermelho, juntos, em um só coração! Isso, por si só, já é a melhor coisa que existe! É tudo realidade! Tu não estás sonhando, colorado! Vivas isso com a maior intensidade possível!

16 de agosto de 2006: data histórica! Há quatro anos, o Internacional coloria, tal qual uma criança tomada inteiramente pela fantasia, a América de vermelho pela primeira vez na história!

18 de agosto de 2010: Passaram-se quatro anos. Colorado, tenho certeza absoluta que tu estarás, novamente, nas arquibancadas, no pátio do Beira-Rio, nos bares, na televisão ou com o radinho junto ao ouvido. Estarás no céu ou na terra! Saibas que estarás pronto para derramar litros de tinta vermelha sobre a América. Tu vais pintar o continente! Tudo em forma de rubras lágrimas! E o melhor de tudo, colorado: isso não ocorrerá pela primeira vez na tua vida! Neste instante, surgirá na tua mente uma sensação de “já vivenciei isso em um passado recente!”.

Não será uma fantasia! É a mais pura realidade!

Torças como nunca, colorado! Vibres! Sofras, se for preciso! Terás muita emoção! Em campo, o Internacional terá suas dificuldades! Em uma decisão, isto ocorrerá, é inegável! Em uma final, nada é fácil, muito pelo contrário! Neste instante, grites mais! Mais ainda! Respeite o adversário, sempre! Mas nunca, jamais, deixe de acreditar no teu Inter! Nosso novo, velho e sempre Colorado! Apoio incondicional, neste momento!

Internacional x Chivas Guadalajara! Neste dia, colorado, tu tens um compromisso com a tua e com a nossa história! Este momento é inadiável! Assim como o Colorado sempre trás à torcida alegres emoções, tu, colorado, tens que ser, de corpo e alma, o suporte para as dificuldades que poderão ocorrer para o time, em campo, no decorrer da luta derradeira! Desta forma, o Inter seguirá a senda de vitórias que faz, dele, o colorado das glórias, o orgulho do Brasil! E de toda a América! Estamos prontos para mais uma grande jornada na nossa história!

16 de agosto de 2010: aniversário de quatro anos da conquista da América! Um sonho realizado!

18 de agosto de 2010: o Inter estará em campo, novamente, buscando o bicampeonato da Copa Libertadores da América! Colorado, vivas isso! Repito, tu não estás sonhando!

Inter, saibas que uma nação inteira de apaixonados torcedores te ama! Sempre te amou! Com ou sem conquistas! Vestir essa tua camisa vermelha, pura e simplesmente vibrante, é a melhor coisa que pode acontecer na vida de qualquer pessoa!

E se tu perderes, Colorado? Simplesmente, seguirás sendo Inter! A derrota faz parte do jogo! Tu sabes perder mas, acima de tudo, sabes ser sempre Inter!

Entretanto, colorado, se tu venceres, eu simplesmente não sei o que vai acontecer! Não faço a mínima ideia! Mas posso dizer que, simplesmente, tu jamais vais esquecer este dia! Em seu leito de morte, lembrarás do dia 18 de agosto de 2010!

Atuais atletas que representam, no gramado, o Inter: vivam isso tudo em campo! Escrevam sua história no Inter! Sejam eternos! Para sempre! Vocês não irão se arrepender!

9 de agosto de 2010

Concurso: "Meu Papai é o Maior"


Quem jamais ouviu "Papai é o Maior"? Tradicional canção que emocionava a torcida do Internacional, principalmente nos anos da década de 1940, "Papai é o Maior" representa até hoje a supremacia colorada obtida nas plagas mais distantes do planeta. Agora, o "Papai" do futebol gaúcho apresenta ao seu torcedor uma grande iniciativa. Uma oportunidade ímpar para aproximar você, e seu pai, ainda mais do Clube do Povo.

O concurso cultural "Meu papai é o maior", promovido pelo Internacional, vai premiar 10 torcedores com a oportunidade de assistir a um jogo do colorado nas novas suítes do Beira-Rio. Para participar, basta se tornar fã da página do Sport Club Internacional no "Facebook" e postar uma foto sua com o seu pai. Deve ser uma imagem que comprove toda a paixão que a dupla tem pelo Clube do Povo.

Os torcedores podem postar quantas fotos quiserem, aumentando suas chances de vencer o concurso. As fotos podem ser postadas até o dia 18 de agosto. O resultado será divulgado a partir do dia 21 do mesmo mês.

O link para o regulamento do concurso é este:

http://www.facebook.com/home.php?#!/notes/sport-club-internacional/regulamento-concurso-cultural-meu-pai-e-o-maior/137783986257249

As suítes são o mais novo espaço nobre para os torcedores no Beira-Rio, oferecendo o máximo de conforto. Cada suíte contém:

- 60m²
- Poltronas confortáveis
- Acomodações para 20 pessoas
- Serviço de bar com garçom
- Sala de estar com sofá de alto padrão de acabamento
- Segurança
- Televisores LCD
- Pontos de telefone e internet wireless
- Banheiros especiais
- Ar condicionado
- Decoração temática com possibilidade de personalização
- Visão privilegiada do campo

Toda a inigualável e maravilhosa torcida colorada está convidada a participar!

Maiores informações: www.internacional.com.br

4 de agosto de 2010

Os zumbis desistirão

Por Luciano Bonfoco Patussi
04 de agosto de 2010

Sem conseguir pregar os olhos durante semanas, acordamos. Sem sono, sem fome e sem sede, apenas desejamos mais uma taça. No ar, paira a expectativa de mais uma glória que se avizinha. Quem viveu anos de devoção junto ao Clube do Povo só tem a agradecer. Erguer os braços ao céu. O Internacional, se eliminar o São Paulo, estará na final da Copa Libertadores da América mais uma vez. Além disso, carimbará no coração de cada um dos seus milhões de torcedores o passaporte para jogar o Mundial Interclubes da FIFA ao final da temporada.

Entretanto, não ousemos pensar que será fácil. Jamais. Será muito difícil, assim como sempre foi em grandes decisões. Há um ditado popular que diz, mais ou menos, “de onde menos se espera, daí mesmo é que não sai nada”. Este ditado não vale, em hipótese alguma, para o São Paulo Futebol Clube, nosso tradicional adversário. O Tricolor do Morumbi tem um elenco calejado neste tipo de disputa que o mundo inteiro gosta de assistir. Jogadores de qualidade estarão mais motivados do que nunca para, vestidos de branco, dar a volta por cima e enterrar o mau momento da equipe. Justamente contra o Inter.

Em contrapartida, do outro lado da disputa, estarão onze camisas rubras. Não será possível distinguir fisionomias em campo. Veremos onze homens vestidos de vermelho. Apenas isso. Mas como nem tudo são flores, urros fantasmagóricos serão ouvidos das trevas e com uma intensidade mais forte do que nunca. Estes zumbis tentarão nos puxar em direção ao inferno, "rebaixando" nosso sentimento de confiança. Acredite, estes seres estarão, na hora derradeira, por todos os lados. Travestidos de azul!

Porém, quem crê na força dessas onze camisas vermelhas pode se considerar o mais feliz, orgulhoso e poderoso torcedor do mundo. Só isso basta. O resultado, em campo, será fruto do esforço de nossos jogadores e de nossa crença. A vitória será mero detalhe. O esforço, a paixão e a tradição é o que mais nos orgulha. Sempre foi assim. Pela paz, o branco! Pelo amor, o vermelho! A mistura de raças e crenças é que torna o Inter popular. Essa receita é que faz, o Inter, ser querido pelo povo.

Independentemente de vitórias, o que mais importa é vestirmos a camisa vermelha e mostrarmos para o mundo inteiro o que é ser Internacional. Independentemente de resultados obtidos, isso é o Inter! Contra isso, não há zumbi capaz de lutar! Cantemos com toda força e com todo amor a nossa oração, o Celeiro de Ases. Eles desistirão!

2 de agosto de 2010

Empate Clube

Por Luciano Bonfoco Patussi
02 de agosto de 2010

O dia 01º de agosto ficará marcado para sempre na memória de todo torcedor gaúcho. A “flauta” bem humorada e sem ofensas é algo natural no futebol e, com todo o respeito à nação tricolor, na qual se incluem muitos amigos meus, hoje é um importante dia.

O empate é “copeiro” demais. Caso fosse representado por uma tradicional camisa, o empate teria, hoje, sentido o gostinho de chegar, pela primeira vez em muitos anos, pertinho de igualar a marca de vitórias tricolores no clássico. A torcida “empatina” estaria eufórica, e não seria para menos. Seria um momento glorioso na história do “Empate Clube”, o maior rival do estimado Tricolor da Azenha.

É importante sabermos que o Grêmio até teve poucas chances de gol a mais do que o time misto do Internacional, no clássico Gre-Nal 382, que terminou 0x0. Além disso, é válido lembrar que a partida foi um verdadeiro “jogo de xadrez”, com muita tática e pouca técnica. O Internacional, no campeonato brasileiro, segue na zona de classificação para a próxima Copa Libertadores da América. O Grêmio, por sua vez, segue na zona da degola e do rebaixamento, com seu rival, o “Empate”, cada vez mais buscando igualar a histórica estatística. E está bem próximo disso, para a alegria de seus imortais torcedores!

Em 382 confrontos, o Grêmio venceu 120. O “Empate Clube” prevaleceu 118 vezes, cada vez mais se aproximando de seu maior rival, o Tricolor. O Internacional, por sua vez, vê ambos pelo retrovisor, longe, imagem completamente distorcida. São 144 vitórias coloradas na história do Gre-Nal.

21 de julho de 2010

Inter na Libertadores 2010: histórico dos adversários semifinalistas


Antecipação da famosa “janela” de transferência de atletas, reclamações de um lado, festejos de outro, possibilidades de carimbar o passaporte para o campeonato mundial interclubes. Tudo isso apimenta a disputa pela conquista da Copa Libertadores em 2010. Quatro times seguem jogando com o objetivo principal de alcançar o topo do Aconcágua. O blog “Inter – Clube do Povo” elabora um resumo com informações sobre a história e a atualidade dos adversários do Inter na fase semifinal do maior torneio da América. É o Inter em campo contra todos, em busca da realização de mais um sonho!

Por Luciano Bonfoco Patussi
21 de julho de 2010

A maior competição do continente americano reúne, em uma semifinal, o Internacional contra o poderoso São Paulo. Na outra semifinal, se enfrentarão Universidad de Chile e Chivas Guadalajara, do México.

Quem, na realidade, o Internacional vai enfrentar?

SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE: o time do Morumbi, que ostenta em seu pavilhão as cores vermelha, preta e branca, luta por sua quarta conquista na história da Copa Libertadores. Para isso, conta com um elenco de jogadores de muito bom nível técnico, tais como Miranda, Hernanes, Jorge Wagner, Dagoberto, Fernandão e tantos outros atletas importantíssimos para o grupo, como Rogério Ceni, uma nata liderança, Marlos, Cleber Santana, Richarlyson, Washington e muitos mais.

O São Paulo é treinado por Ricardo Gomes, atualmente contestado por parte da torcida tricolor, devido aos seus últimos resultados no campeonato brasileiro.

Historicamente, o São Paulo é o maior campeão do campeonato brasileiro, tendo seis conquistas em seu currículo: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008.

Além disso, o “Tricolor do Morumbi” ostenta três Copas Libertadores da América, vencidas em 1992, 1993 e 2005, anos em que conquistou, também, a Taça Mundial Interclubes (Copa Intercontinental em 1992 e 1993 e Copa do Mundo FIFA em 2005).

Entre tantos outros importantes títulos, o São Paulo também é um clube recheado de ídolos históricos, tais como: Poy, De Sordi, Cafu, Bellini, Darío Pereyra, Leonardo, Bauer, Falcão, Toninho Cerezo, Gérson, Raí, Müller, Canhoteiro, Leônidas, Careca e muitos mais.

CLUB DE FÚTBOL PROFESIONAL DE LA UNIVERSIDAD DE CHILE: “La U”, como é conhecido, é um dos três maiores clubes do futebol chileno. O popular clube dos Andes chega pela terceira vez entre os quatro melhores times da América: na Libertadores de 1970 e na de 1996, foi até a fase semifinal (em 1970 foi eliminado pelo Peñarol/URU; em 1996, pelo River Plate/ARG).

Treze vezes campeão chileno (segundo maior campeão do país), sendo a última vez no Torneio Apertura de 2009, “La U” ainda venceu três Copas Chile, sendo a última conquista obtida no ano 2000. O time tem suas cores oficiais sendo o azul, o vermelho e o branco.

Treinado pelo uruguaio Gerardo Pelusso, o time conta com muita organização tática. É um time focado no título continental, que faz falta em sua galeria. Pelusso é o mesmo comandante que dirigiu o Nacional de Montevidéu, na volta dos “Tricolores” do Uruguai a uma semifinal de Libertadores, fato ocorrido em 2009, quando o Nacional foi eliminado pelo Estudiantes.

Entre ídolos da história do clube, destacam-se principalmente dois jogadores:

Leonel Sánchez, meio-campista, atuou dezesseis temporadas em “La U”, conquistando seis títulos chilenos, comandando a meia-cancha da equipe que ficou conhecida historicamente como “Ballet Azul”. “Los Azules”, como também são conhecidos, tiveram mais da metade de seus jogadores integrando a seleção chilena na Copa do Mundo de 1962. Entre eles, Sánchez. A década de 1960 foi a mais gloriosa da história do clube.

Marcelo Salas, centroavante estilo goleador. Salas é um dos ídolos recentes da história do clube. É o maior goleador da história da seleção chilena. Estreou no clube em 1993 e em 1996 foi negociado com o River Plate, onde decolou sua carreira internacional. Na Europa, foi campeão por Lazio e Juventus, ambos da Itália. Retornou a “La U” em 2005, onde jogou até 2008.

Entre os principais jogadores do atual elenco, candidatando-se a ídolos da história do clube, pode-se citar Miguel Pinto, goleiro que tem sido capitão do time; Mauricio Victorino, o zagueiro uruguaio que defendeu brilhantemente sua seleção na Copa do Mundo da África do Sul; o meia-cancha Iturra; Álvaro Fernández, também uruguaio, jogador que integrou o plantel de sua seleção no último mundial; Olivera, atacante.

Mas o principal nome do time é Montillo, o centro técnico da equipe. O argentino foi anunciado há poucos dias pelo Cruzeiro/BRA e deve ser apresentado na “Toca da Raposa” após a participação de “La U” na Libertadores. Quer sair da Universidad de Chile com a faixa de campeão da Copa Libertadores. Este é o desejo de Montillo e de toda a imensa torcida de “La U”, sedenta por este título, que seria o segundo de um clube chileno na história da competição: o Colo-Colo, rival de “La U”, conquistou a América em 1991.

CLUB DEPORTIVO GUADALAJARA: o “Chivas”, como é conhecido, é o clube mais popular do México, uma espécie de Flamengo ou Boca Juniors da terra do “Chapolin Colorado”. Vestido com as cores vermelha, azul e branca, o “Chivas” chega pela terceira vez até a fase semifinal da Copa Libertadores. Em 2005 foi eliminado pelo Atlético Paranaense/BRA, ano em que o São Paulo foi campeão. No ano seguinte, foi eliminado pelo São Paulo, ano em que o Internacional foi campeão.

Mais tarde, enfrentou o Internacional, na semifinal da Copa Sul-Americana de 2008. Internacional e São Paulo tem cruzado o caminho do Chivas nos últimos anos. Pode parecer ironia do destino, mas será contra um destes times que o clube mexicano (ou então o chileno “La U”) vai lutar para vencer a Copa Libertadores pela primeira vez na sua história.

Campeão mexicano por onze vezes desde a era profissional, sendo a última conquista no Torneio Apertura de 2006, o Chivas é o maior campeão nacional desde a implantação do profissionalismo. Além disso, o clube tem na sua história o fato de ter sido o primeiro campeão da Liga dos Campeões da CONCACAF, torneio que atualmente dá ao seu campeão uma vaga para o Mundial Interclubes da FIFA. Este título aconteceu em 1962. Foi o primeiro e, até o presente momento, único título do Chivas nesta competição.

O atual elenco conta com jogadores importantes como Galindo, Medina, Javier Hernández e Omar Bravo, entre outros. Comandados por José Luis Real, os mexicanos vão lutar com muita força. Contarão com uma torcida fanática e barulhenta a seu favor para eliminar seus adversários.

Em caráter de curiosidade, há boatos que Roberto Gómez Bolaños, o popular Chaves, jogou profissionalmente pelo Chivas no campeonato mexicano. Entretanto, acabou utilizando o bom senso e logo trocou os gramados por algo que sabia fazer com maestria: atuar na televisão.

Estes são os adversários do Internacional na corrida em busca da Copa Libertadores da América de 2010. Respeito com a história de todos os times é importante. Todos os adversários são clubes grandes. Mas o Internacional, tricampeão brasileiro e último clube brasileiro campeão continental, tem a sua própria tradição. Com a sua camisa vermelha e branca e mais milhões de torcedores, o Inter partirá para cima de quem vier. Tudo em busca da realização de mais um sonho.

REFERÊNCIAS PESQUISADAS:

www.campeoesdofutebol.com.br
www.bolanaarea.com
www.saopaulofc.net
www.udechile.cl
www.chivascampeon.com
www.pt.wikipedia.org

13 de julho de 2010

Para o mundo inteiro ver


Por Luciano Bonfoco Patussi
13 de julho de 2010

Os grandiosos espetáculos musicais proporcionados por Black Eyed Peas, Shakira e tantos outros artistas ficarão para sempre na memória. Assim como grandes jogos. Confraternização entre diferentes povos. Belos gols. Emoção. Uma Copa do Mundo é um momento ímpar do esporte mundial. Nela, consagram-se ídolos nacionais. Destacam-se também figuras pitorescas que, junto a adereços como vuvuzelas e outros mais, irritam e ao mesmo tempo encantam os telespectadores. Além disso, é possível, mesmo com tantos problemas sociais que possam existir, um povo inteiro tocar o céu. É um sonho. Aliás, é uma realização! Nada é como uma Copa do Mundo!

Agora, voltamos para a nossa velha rotina. Doce rotina. A Copa do Mundo nos encanta. Nos dá esperança. É como se o tempo parasse e apenas contássemos as horas para, novamente, ver nosso time nos orgulhar em gramados pelo Brasil e pela América afora, fardado de vermelho tal qual uma forte seleção que teve a honra de praticar uma volta olímpica mundial pela primeira vez. Assim como, de branco, fizemos em 2006. Nada, nada mesmo, é como o Inter! Pelo menos para nós colorados. Somos uma nação. Onze camisas rubras, perfiladas, entrando em campo. Na arquibancada, mais milhares. Névoa. Fumaça. Barulho ensurdecedor provocado pela paixão. Pelo Brasil e pelo mundo, mais milhões. Seja na televisão, na Internet, no velho rádio de pilhas! O Inter estará em campo novamente. O Beira-Rio vai ferver! Para o mundo inteiro ver!

Esqueçamos qualquer eventual tropeço neste início de campeonato nacional. Dentro de algumas semanas, todos os colorados irão encarar, novamente, um gigante do futebol mundial. O São Paulo desfilará sua gloriosa tricolor em Porto Alegre. Se o colorado vencer por 1x0, será muito bom resultado. Placar de 2x0 favorável ao Inter e o jogo do Morumbi será uma batalha onde ninguém ousará ultrapassar nossa barreira. Uma fortaleza movida a sofrimento, luta e paixão! Do jeito que for, sairemos do notável Morumbi, tomara, com a glória da classificação. Vai ser difícil. Mas nada é impossível! Se tudo der certo, colorados e coloradas do Brasil e de todo o planeta, faltarão apenas mais duas batalhas para libertarmos a América mais uma vez! Façamos a nossa parte, torcedor! Teremos mais uma inesquecível jornada pela frente!

1 de julho de 2010

Reforço: atacante Rafael Sobis está de volta ao Inter

Por Luciano Bonfoco Patussi
01º de julho de 2010

Estava evidente a luta que o Internacional travava, contra todas as difíceis negociações, para agregar ao grupo de jogadores mais um qualificado atacante. Dias antes de enfrentar o São Paulo, em partidas que serão válidas pelas semifinais da Copa Libertadores de 2010, o Colorado finalmente anunciou algo que parecia concreto: Rafael Sobis é o novo reforço!

Segundo alguns veículos da imprensa, o atacante era cobiçado por Palmeiras e Flamengo, entre outras equipes. Prevaleceu, entretanto, a vivência que o atleta tem no Beira-Rio. Prevaleceu, também, a força de sua maior paixão esportiva: o Internacional!

Em uma difícil negociação, não foi possível contratar o atacante de forma definitiva. Assim sendo, o Inter estendeu as negociações e garantiu, pelo menos, o empréstimo do jogador, que seguirá no colorado pelo menos até a metade da temporada 2011.

Da lembrança do torcedor colorado, jamais se apagará um jovem, em lágrimas, dando a volta olímpica após a conquista da Libertadores em 2006. Aquele jogador apaixonado pelo Inter, bandeira em punho, representava milhões de colorados dentro de campo. O sonho estava realizado. Em 2006 o Internacional vencia, de forma emocionante, a Copa Libertadores da América. Rafael Sobis foi um dos protagonistas do título.

Sobis se despediu do seu time logo após a grande conquista continental. Não foi campeão mundial dentro do campo. Mas acompanhou, de longe, cada momento do Internacional na disputa do mundial interclubes da FIFA. Sobis queria mais. Assim sendo, volta ao Inter em 2010 para dar sequência a este sonho. Um título mundial é o sonho de Sobis! Agora, quem sonha, é o torcedor colorado!

17 de junho de 2010

Reforços: Inter anuncia goleiro Renan e meio-campista Oscar

Por Luciano Bonfoco Patussi
17 de junho de 2010

O Internacional anunciou dois reforços para a sequência da temporada. Um deles é um velho conhecido do torcedor rubro: trata-se de Renan, a jovem promessa do gol colorado, que foi reserva de Clemer nas maiores conquistas do clube em 2006 – Libertadores da América e Mundial de Clubes da FIFA. Renan tem altura de 1,86m e 25 anos de idade. O goleiro vem para o Internacional por empréstimo do Valência da Espanha, clube que o contratou há duas temporadas.

O outro reforço é Oscar. O meio-campista de apenas 18 anos era uma das promessas do São Paulo. Tratado no Morumbi como “o novo Kaká”, o jogador teve problemas com o clube da capital paulista. Na justiça, obteve liberação para seguir trabalhando em outro clube. Atento, o Internacional aguardou a finalização dos trâmites judiciais e negociou a contratação do atleta. Oscar, que conta com participações nas seleções brasileiras de base, assinou contrato com o Internacional até junho de 2015.

O Inter busca pelo menos mais um atacante para reforçar o time, principalmente, na próxima fase da Copa Libertadores da América. Especula-se, através da imprensa, que Rafael Sóbis deve ser anunciado em breve, embora esteja muito complicada a negociação com os árabes do Al-Jazira, clube que detém os direitos econômicos do jogador.

13 de junho de 2010

Opinião: Celso Roth busca alavancada na carreira

Por Luciano Bonfoco Patussi
14 de junho de 2010

Após alguns dias de mistério, Celso Roth foi anunciado como novo treinador do Internacional. Neste momento, antes de qualquer análise, é importante ressaltar que o Internacional pensou grande. É impossível afirmar o contrário. A diretoria colorada cogitou e tentou a contratação - nada mais, nada menos - de Luiz Felipe Scolari. Pelo menos, essa é a informação divulgada pela imprensa. Inclusive a proposta financeira que o Internacional apresentou para contar com Felipão foi excelente, capaz de "balançar" qualquer profissional. Em resumo, o Internacional fez o possível. Não podendo forçar um profissional a trabalhar em determinado local contra a sua própria vontade, o clube da Padre Cacique passou a avaliar nomes possíveis no mercado.

Independentemente de admirar, ou não, o trabalho de Roth, é necessário reconhecer que o treinador é, atualmente, um dos profissionais mais requisitados do futebol brasileiro. Faltam títulos de maior expressão em seu currículo? Isso é inegável. Para muitos profissionais falta esse "detalhe" fundamental. Entretanto, quem trabalha com futebol sabe muito bem: se você faz um bom trabalho, quase sempre chega próximo das maiores conquistas, através da realização de boas campanhas. Um tropeço aqui, outro lá, serve para evoluir. Algumas vezes, o reconhecimento demora até ser alcançado.

Todos os profissionais, de quaisquer áreas, sabem muito bem disso. Avaliando por este lado, sabendo que o Internacional buscou e lutou para ter na casamata um do melhores treinadores do mundo, já é possível dar um respaldo à diretoria na sua escolha. A diretoria está no clube, justamente, para decidir. Buscou Felipão. Não foi possível. Dentro das possibilidades, em forma de especulação via imprensa, sabe-se que o Internacional tentou contratar, na negativa de Felipão, Adilson Batista.

Adilson tem grande rejeição do torcedor colorado, embora seja um profissional que busca conhecimento desde a época que trabalhava com Felipão no Grêmio. Não vou nem entrar no mérito se o torcedor está correto, ou não, em rejeitar determinados nomes. Até porque cabe aos profissionais abrir suas portas nos clubes - e também fechar, através de certas declarações como, por exemplo, as que Adilson Batista fez em 2006, segundo a imprensa, ao afirmar que "secaria" o Inter contra o Barcelona na final do campeonato mundial de clubes.

Em resumo, minha opinião é de que o Internacional buscou o melhor possível. Não conseguindo contratar Felipão, foi buscada uma alternativa dentro das possibilidades da entidade, sendo contratado um profissional que conhece o Inter e que é um trabalhador exemplar. Celso Roth será campeão brasileiro ou da Libertadores da América, comandando o Inter, em 2010? Não sei. Ninguém sabe. Mas a direção trabalhou e tomou sua decisão. Decisão esta que, cedo ou tarde, alguém deveria tomar.

Diante de nomes que poderiam trabalhar no Beira-Rio neste ano, tais como Nelsinho Baptista e o próprio Adilson Batista, acho que a escolha de Celso Roth foi bastante interessante. Poderia ter sido contratado Abel Braga? Mário Sérgio? Falcão? Logicamente. Mas a direção do clube está no cargo para decidir, e entre todas estas possibilidades, acredito que a escolha foi bastante razoável. Talvez tenha chegado o momento certo para Celso Roth concluir o trabalho que, com cores opostas, foi impedido de terminar em 2009. Ou talvez não. Só o futuro responderá essa indagação.

1 de junho de 2010

Opinião: análise para contratação do novo treinador colorado

Por Luciano Bonfoco Patussi
01º de junho de 2010

O Internacional demitiu o treinador uruguaio Jorge Fossati há alguns dias. A partir deste momento, o clube analisa o mercado, visando à contratação de um novo profissional para comandar a comissão técnica colorada. Com base nisso, em caráter de opinião pessoal, formatei uma análise de profissionais que podem ser avaliados pelo Inter.

É importante ressaltar que, neste momento, qualquer profissional gabaritado gostaria de receber proposta do Internacional. Isso porque o clube inicia a disputa nacional com chances de fazer uma boa campanha. Mais ainda, o Inter está na fase semifinal da Copa Libertadores da América. Isso poderá ajudar um bom profissional a optar pelo projeto de trabalho do Inter – caso seja convidado para o cargo. Vamos aos nomes:

Luiz Felipe Scolari: o currículo de Felipão lhe credencia para assumir qualquer equipe de ponta do futebol mundial. Felipão comentará a Copa do Mundo da África do Sul por uma televisão local. Após isso, estará livre para negociar seu futuro como técnico. O que poderia dificultar sua vinda para o Internacional, neste momento, seria o gabarito das equipes que desejarão contar com o treinador na casamata. Soam como principais concorrentes, neste momento, Porto e Internazionale. Entretanto, tudo é especulação. Portanto, caso Felipão não seja contratado, o torcedor colorado deverá ter consciência que não terá perdido o treinador para qualquer equipe. Muito pelo contrário. Sua contratação é difícil. Mas deve ser tentada.

Mano Menezes: o atual treinador do Corinthians é um profissional que tem, ano após ano, demonstrado competência e crescimento na carreira. O fato da queda corintiana da Copa Libertadores da América poderia auxiliar em sua contratação – no caso, pelo Inter. Entretanto, o time do Parque São Jorge atualmente lidera o campeonato brasileiro, isso tornaria mais difícil uma negociação neste momento. Mas não seria impossível.

Estes nomes são os dois que eu indicaria para o Internacional tentar a contratação. Como se diz popularmente, a tentativa é livre. O projeto colorado, de voltar a conquistar a América – estando a quatro jogos de conseguir realizar este sonho – poderia ser o melhor trunfo para seduzir um dos dois profissionais acima descritos. Além deles, sou profundo admirador do trabalho de Dorival Júnior. Particularmente, há cerca de dois anos já considerava Dorival um promissor treinador do futebol brasileiro. Entretanto, tirar Dorival do time do Santos, que decidirá a Copa do Brasil, seria bastante complicado atualmente.

Além destes nomes, cogita-se, via imprensa, a recontratação de Abel Braga. Eu considero que contratar Abelão seria uma solução nada inovadora. Abel já foi campeão do mundo com o Internacional. Porém, particularmente, o considero mais motivador do que tático. Entretanto, diante dos nomes disponíveis e cogitados para negociação, Abelão é, de fato, um dos treinadores aceitáveis para a presente situação colorada.

Além destes, há um profissional com o qual o Internacional já trabalhou recentemente e que ainda possui admiração de pessoas do departamento de futebol colorado. Particularmente, também o admiro. O problema é que sua saída do Inter ocorreu há pouco tempo, devido a brusca queda nos resultados em campo no campeonato brasileiro. Seu nome é Adenor Bacchi, ou simplesmente Tite. Entretanto, devido a sua recente demissão e seu desgaste natural no clube, seu retorno seria praticamente inviável neste momento. Avalio que sua contratação teria grande rejeição por parte do torcedor colorado. Daqui há alguns anos, talvez ele retorne ao Internacional. Mas não agora.

Muricy Ramalho seria inviável, visto que acabou de acertar com o time do Fluminense. Geninho seria um nome mediano para o momento. É um treinador que tem um bom histórico e que está, atualmente, em um clube de menor expressão – caso do Atlético Goianiense. O momento também não é ideal para Celso Roth, mas neste momento sua contratação seria inviável, na medida que há poucos dias o treinador acertou contrato para treinar o Vasco da Gama.

Acredito que o momento não é propício para a vinda de Adílson Batista, nome cogitado pela imprensa, nem mesmo Cuca, Leão e Nelsinho Batista. Todos esses nomes seriam uma cartada contra o torcedor em um momento decisivo para o Inter, tanto futebolisticamente quanto politicamente, lembrando que ao final de 2010 haverá eleição presidencial no Beira-Rio. Destes quatro nomes, qualificaria: Adílson Batista como treinador mediano, que cresce a cada temporada; Cuca é abaixo da média no quesito resultados, mas tem possibilidade de crescimento; Leão perde mercado gradativamente, ano após ano; Nelsinho Batista deve passar longe do Beira-Rio.

Fica exposta a opinião pessoal do colunista que vos escreve, para análise e debate. Críticas, opiniões e sugestões, desde que moderadas, educadas e com fundamento, são sempre desejadas. Saudações esportivas e coloradas à todos os leitores.

29 de maio de 2010

Novos ares no Beira-Rio

Por Luciano Bonfoco Patussi
29 de maio de 2010

A demissão de Jorge Fossati é um marco para a temporada do Internacional. Ou a equipe colorada não será campeã da Libertadores e confirmará a regra de que na grande maioria das vezes não adianta mudar o treinador, ainda mais em meio a uma disputa importante; ou, por outro lado, a alteração na comissão técnica, neste momento, se mostrará eficaz e importante para o time colorado, dando ao time da Padre Cacique a possibilidade de conquistar a Libertadores da América. Mais do que isso, agora o Internacional deverá trabalhar, visando alcançar um padrão tático para a equipe, melhorando suas atuações e sua posição na tabela de classificação do campeonato brasileiro. Essa pelo menos é a ideia.

Sou um dos maiores defensores da manutenção de trabalhos à longo prazo, sem que hajam alterações nas comissões técnicas em curto prazo. Qualquer profissão precisa de sequência para obter resultados. Afinal de contas, uma comissão técnica, para ser escolhida, com certeza teve diversos critérios e histórico de trabalho avaliados. Ou seja, um treinador, quando escolhido, tem aval da sua direção. Por outro lado, sei reconhecer que, às vezes, é importante que haja reavaliação no trabalho que vem sendo feito, visando a correção de possíveis desvios e equívocos ocorridos no planejamento. É aquela velha história: se há a convicção de que os resultados esperados não serão alcançados no médio e nem no longo prazo, então é preciso tomar alguma atitude, visando uma mudança imediata nos planos.

Com base nisso, a direção do Internacional demitiu Jorge Fossati. Caso a vitória fosse mantida no Rio de Janeiro, contra o Vasco, tudo estaria como antes: time classificado na Libertadores e em recuperação no campeonato brasileiro. Entretanto, a derrota por 3x2, após o Inter estar vencendo por 2x0, foi extremamente irritante aos olhos da maioria do torcedor colorado. Pelo jeito, foi também indigesta para a diretoria do clube. Devido ao último jogo e considerando que o time colorado já não vinha apresentando um padrão tático aceitável nas últimas partidas, Jorge Fossati não é mais treinador do Inter.

Não é admissível perder do Vasco da Gama da forma como o Inter perdeu: após vitória parcial por dois gols, o time perdeu Fabiano Eller - expulso de forma inaceitável para um jogador com sua experiência - recuou demasiadamente, cedeu espaços, tomou gols em sequência, perdeu o jogo e deixou três pontos em São Januário. Esta atuação foi o estopim para uma reavaliação e a convicção da mudança.

Concluindo, repito que não gosto de mudanças no planejamento. Isso porque um planejamento realizado é feito - ou pelo menos deve ser - da forma mais minuciosa e detalhada possível. Mas reconheço quando alguma atitude emergencial é tomada, visando corrigir algum equívoco no planejamento. A direção colorada definirá, em breve, o novo comandante do time colorado. Nas próximas rodadas, Enderson Moreira, treinador do time B do Inter, comandará interinamente a tentativa de reação colorada no brasileirão.

27 de maio de 2010

Opinião: sequência de trabalho para Jorge Fossati

Por Luciano Bonfoco Patussi
27 de maio de 2010

Nesta noite, o Internacional enfrentará o Vasco da Gama no estádio São Januário, no Rio de Janeiro. Este confronto, independentemente do momento que as equipes atravessam, é um dos maiores clássicos interestaduais da história do futebol brasileiro. Atualmente, o Vasco da Gama, que volta a jogar na primeira divisão nacional, enfrenta momentos de avaliações internas, na busca por uma campanha de afirmação. Isso quer dizer que, aos poucos, o clube busca o resgate da confiança que transformou a entidade em uma das maiores agremiações esportivas do mundo. Sob o comando de Celso Roth, os vascaínos lutarão pela vitória, o que representaria seu primeiro triunfo no campeonato brasileiro de 2010.

Pelos lados do Beira-Rio, o momento é de buscar afirmação em um trabalho que é contestado por parte da imprensa gaúcha e por uma parcela do torcedor colorado. Particularmente, vejo que o momento não é de mudanças no comando técnico do Inter, mas respeito às opiniões contrárias. O atual momento é de buscar afirmação. É lógico que é preciso, dia após dia, haver avaliação do trabalho realizado, tais como verificar o desempenho do time, os objetivos alcançados, as carências no elenco, as possibilidades de reforços, entre outros aspectos diversos. No início da temporada 2010 foi definido pelos responsáveis do futebol do Internacional que a comissão técnica seria uruguaia, comandada por Jorge Fossati. Mais do que isso, todos os dirigentes destacaram que o projeto para 2010 era vencer a Copa Libertadores da América, ou pelo menos entrar forte nesta competição, alcançando os resultados e buscando chegar ao topo. Para isso Jorge Fossati foi contratado. Entretanto, embora muitos torcedores, inclusive eu, às vezes possamos ficar insatisfeitos com uma ou outra má jornada do time, ou ainda com alguma escalação que não é de nosso agrado, é preciso refletir.

No ano de 2009 temos um exemplo dado pelo nosso vizinho, sobre com não proceder. É bem verdade que o Grêmio jogou aquela Libertadores, até às quartas-de-final, contra adversários sem grande tradição no cenário esportivo sul-americano. Mas quem joga Libertadores sabe das dificuldades que podem ser impostas por qualquer adversário. Após três derrotas no gauchão, em clássicos contra o Inter, a diretoria tricolor, que fazia discurso de que tinha foco na Libertadores, demitiu Celso Roth, que o destino colocou como adversário colorado hoje à noite. O tricolor iniciou o ano com um foco, perdeu clássicos regionais em sequência, mas alcançava seus resultados na Copa Libertadores. Não falo em desempenho, mas em resultados. Celso Roth foi demitido. Adiantou? Na grande maioria dos casos, mudar treinador em meio a alguma competição não leva à título. Pode até levar a uma mudança repentina no comportamento tático do time e no aproveitamento de alguns jogadores. Às vezes, a mudança até é necessária. Mas só em último caso. Títulos e boas campanhas, de fato, são conquistados com sequência de trabalho. Essa é a regra, logicamente há exceções.

Embora seja torcedor, tenho minhas convicções sobre futebol. Procuro sempre avaliar e crescer também, não só como torcedor, mas também como analista de fatos. Sei que futebol é dinâmico e que amanhã posso ter outra opinião, caso uma sequência de resultados negativos possa se colocar diante do Internacional, fazendo com que o principal objetivo do ano não seja alcançado. Mas se há convicção, que se siga o trabalho. Também é necessário termos opinião própria. Exemplificando, particularmente não gosto de esquema com três zagueiros e apenas um atacante. Em determinadas ocasiões, o Internacional tem utilizado apenas um jogador como atacante de ofício. Ainda assim, precisamos analisar os fatos:

Neste ano, o gauchão não era prioridade do clube, embora seja lógico que o Inter e sua torcida queriam vencê-lo mais uma vez. Dizer o contrário seria muita hipocrisia. Alguns torcedores de outras equipes adotam essa prática. Eu, não. Independentemente disso, em três clássicos, o time colorado venceu dois. Perdeu um. Foi derrotado no derradeiro, é verdade. Foi vice-campeão. Temos que saber que futebol nada mais é do que um esporte e nem sempre se vence. Bola para frente. Na Copa Libertadores, o Inter seguiu adiante, eliminando nas oitavas e nas quartas-de-final, respectivamente, o Banfield – um clube não mais do que médio na Argentina, que tem obtido destaque nacional apenas nos últimos anos, quando foi campeão do seu país – e o Estudiantes – que dispensa comentários, pois é simplesmente o atual campeão da América, sendo também um dos clubes mais tradicionais do continente.

Resumidamente, respeito à todas as opiniões que são emitidas favoráveis a demissão de Jorge Fossati neste momento. Respeito é fundamental. Mas discordo totalmente. O momento não é de mudanças e sim de afirmação no Inter. Gerenciar futebol não é fácil e é por isso que o Internacional tem profissionais competentes para avaliar o time, tanto tecnicamente quanto fisicamente e clinicamente. Detectar problemas, de forma leviana, geralmente é fácil. Difícil é apontar soluções viáveis e acompanhar o trabalho realizado diariamente pelos profissionais. Muitos críticos baixaram o nível nas análises direcionadas ao Internacional nos últimos dias. As críticas davam conta de que o Internacional colocou time misto contra o Cruzeiro pelo brasileirão e que tanto o time mineiro quanto o Estudiantes jogaram com todos os seus titulares em seus campeonatos nacionais. Esse era o exemplo utilizado pelos críticos. Ninguém, entretanto, fez questão de ressaltar que o semestre do Estudiantes acabou sem título porque faltou preparo para a sequência de jogos e que o Cruzeiro perdeu a Libertadores. Não estou dizendo que as decisões colocadas pelo Internacional são verdades incontestáveis, nem que o time segue adiante na Libertadores por ter poupado titulares no campeonato nacional. Enquanto torcedor, também contesto algumas situações do Inter, que agora não vem ao caso. Mas algum respeito à diretoria e a comissão técnica merecem, devido a esses fatos. O objetivo principal, até o momento, foi alcançado. Parcialmente, é verdade. Mas foi alcançado.

Concordo também que, às vezes, a melhor saída é demitir o treinador e dar um novo ânimo ao clube. Assim como no ano passado. Em 2009, chegou um momento que foi impossível manter Tite no comando do time. Acho Tite um bom profissional, mas chegou um momento em que o time colorado degringolou e não havia mais resultados nem motivação do grupo. Era preciso mudança. Entretanto, demitir treinador a cada crise ou a cada revés do time não dá resultado. Isso só gera transtorno, falta de confiança nos atletas e na torcida, dívidas estratosféricas acumuladas. Isso tudo leva uma equipe a perder sem parar e, sem confiança, sem torcedor participativo e sem títulos, forma-se uma fila de anos de espera por um título de grandeza expressiva. O próprio Internacional já viveu essa realidade. É de se pensar.

Jorge Fossati é um bom treinador. Tem decisões que, às vezes, não agradam à todos. Mas vem alcançando seus resultados na competição objetivo do clube. Como vem alcançando? Independentemente de qualquer observação, treinador e time estão trabalhando. E os resultados estão sendo satisfatórios na Copa Libertadores. Não estou falando de atuação, e sim de resultados. Mas, agora, Libertadores é só depois da Copa do Mundo. Haverão algumas madrugadas de espera, de dúvida, de crença e de angústia. Mas o momento, agora, é de afirmação.

Quinta-feira, 27 de maio de 2010. Campeonato brasileiro. Estádio São Januário. Vasco da Gama e Internacional se enfrentarão, pela afirmação de ambos no campeonato nacional. O momento é de seqüência de trabalho. Grande jogo à vista! Força, Inter!