Por Luciano Bonfoco Patussi
29 de maio de 2010
A demissão de Jorge Fossati é um marco para a temporada do Internacional. Ou a equipe colorada não será campeã da Libertadores e confirmará a regra de que na grande maioria das vezes não adianta mudar o treinador, ainda mais em meio a uma disputa importante; ou, por outro lado, a alteração na comissão técnica, neste momento, se mostrará eficaz e importante para o time colorado, dando ao time da Padre Cacique a possibilidade de conquistar a Libertadores da América. Mais do que isso, agora o Internacional deverá trabalhar, visando alcançar um padrão tático para a equipe, melhorando suas atuações e sua posição na tabela de classificação do campeonato brasileiro. Essa pelo menos é a ideia.
Sou um dos maiores defensores da manutenção de trabalhos à longo prazo, sem que hajam alterações nas comissões técnicas em curto prazo. Qualquer profissão precisa de sequência para obter resultados. Afinal de contas, uma comissão técnica, para ser escolhida, com certeza teve diversos critérios e histórico de trabalho avaliados. Ou seja, um treinador, quando escolhido, tem aval da sua direção. Por outro lado, sei reconhecer que, às vezes, é importante que haja reavaliação no trabalho que vem sendo feito, visando a correção de possíveis desvios e equívocos ocorridos no planejamento. É aquela velha história: se há a convicção de que os resultados esperados não serão alcançados no médio e nem no longo prazo, então é preciso tomar alguma atitude, visando uma mudança imediata nos planos.
Com base nisso, a direção do Internacional demitiu Jorge Fossati. Caso a vitória fosse mantida no Rio de Janeiro, contra o Vasco, tudo estaria como antes: time classificado na Libertadores e em recuperação no campeonato brasileiro. Entretanto, a derrota por 3x2, após o Inter estar vencendo por 2x0, foi extremamente irritante aos olhos da maioria do torcedor colorado. Pelo jeito, foi também indigesta para a diretoria do clube. Devido ao último jogo e considerando que o time colorado já não vinha apresentando um padrão tático aceitável nas últimas partidas, Jorge Fossati não é mais treinador do Inter.
Não é admissível perder do Vasco da Gama da forma como o Inter perdeu: após vitória parcial por dois gols, o time perdeu Fabiano Eller - expulso de forma inaceitável para um jogador com sua experiência - recuou demasiadamente, cedeu espaços, tomou gols em sequência, perdeu o jogo e deixou três pontos em São Januário. Esta atuação foi o estopim para uma reavaliação e a convicção da mudança.
Concluindo, repito que não gosto de mudanças no planejamento. Isso porque um planejamento realizado é feito - ou pelo menos deve ser - da forma mais minuciosa e detalhada possível. Mas reconheço quando alguma atitude emergencial é tomada, visando corrigir algum equívoco no planejamento. A direção colorada definirá, em breve, o novo comandante do time colorado. Nas próximas rodadas, Enderson Moreira, treinador do time B do Inter, comandará interinamente a tentativa de reação colorada no brasileirão.
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