16 de dezembro de 2007

Assim como foi em 2006

São exatamente 7 horas da manhã de 16 de Dezembro de 2007. Em pouco mais de três horas conheceremos o novo campeão mundial de clubes. Este ano, infelizmente, o glorioso Internacional, atual campeão, passou longe da disputa. Mas a madrugada de 15 para 16 de Dezembro de 2007, para mim, pessoalmente, foi parecida àquelas madrugadas de Agosto a Dezembro de 2006. É estranha essa sensação, parece que o Inter é que vai estar em campo. Não sei se esse sentimento é meu ou se outros apaixonados colorados também sentem algo parecido nesse momento. Em resumo, nessa noite não consegui pregar os olhos. Foi difícil. Lembranças e mais lembranças. Nas noites de 2006, uma vida inteira da história do Clube do Povo passava como um filme na mente de cada torcedor, nos deixando sem sono e somente pensando na próxima batalha. Nessa madrugada, comigo, não foi diferente. Por qual motivo isso aconteceu?

Daqui a pouco, Boca Juniors e Milan decidem a Copa do Mundo de Clubes de 2007. Vai ser um grande jogo, daqueles que marcarão época e serão lembrados para sempre. Confesso que, como apaixonado pelo futebol, essa é uma daquelas partidas que não quero perder. Quero acompanhar cada minuto. Quero ver os representantes de Buenos Aires e Milão entrando em campo, perfilados, ouvindo ao fundo a bela canção do Hino da Fifa, mesma melodia que em 2006 me fez derramar lágrimas de emoção ao ver um exército trajado de branco entrando no gramado contra o campeão africano e contra o campeão europeu. Desejo ver o troféu de campeão mundial ao lado do gramado sendo objeto de consumo de todos. Cobiçado não só por Milan e Boca. Mas também por River. Internazionale. Internacional. Grêmio. Todos querem. Todos cobiçam. Mas hoje, é o dia do Milan ou do Boca. Esse momento mágico do futebol, 16 de Dezembro de 2007, pertence a eles. Ao final, só um levará a taça. O mais guerreiro e lutador. O mais esperto, o mais matreiro. O melhor. Isso mesmo. O melhor levará a taça para casa. Assim como foi em 2006.

Acho que por isso não consegui dormir esta noite. Em um momento deste, a emoção vêm a tona. Há quase um ano, eu realizava um sonho de criança, assim como milhares de apaixonados que compartilham do mesmo rubro amor. Eu era o campeão. Resta-nos torcer por um grande espetáculo hoje e recordar cada momento mágico vivido um ano atrás. E quem sabe, em breve, derramar novamente lágrimas vendo o colorado entrar em campo, perfilado ao lado de um gigante do futebol europeu, ao som do Hino da Fifa, sofrendo a cada minuto e lutando por mais um título mundial. Assim como fizemos em 2006.

30 de agosto de 2007

AGRADECIMENTO - Ceará Grande do Sul

Ele é conhecido pelo nome da sua terra natal. De origem humilde, era um dos milhares de futebolistas brasileiros em busca de realização profissional. Com passagens por Portuguesa Santista, Santa Cruz-PE e Botafogo-SP, chegou ao Coritiba em 2003, onde brilhou sua estrela. Foi campeão paranaense. O primeiro título como profissional. Já no São Caetano, em 2004, conquistou o título paulista.

Então, com 25 anos de idade, surgiu a oportunidade de atuar em um grande clube brasileiro. O Internacional o contratou. Com dificuldades, ele trabalhou. Havia chegado em um clube que tinha muita qualidade para a posição. Élder Granja era o titular. Mas ele lutou. Exemplo profissional. Chegou em 2005 como uma aposta para a posição. Com seu futebol eficaz, conquistou a confiança dos companheiros, da diretoria e da torcida. Aos poucos, passou de um simples reserva mediano para uma das boas opções do treinador.

Já em 2006, na lesão de Élder, ele assumiu a camisa número 2. Muitos achavam que a substituição seria temporária. Foi uma substituição para a eternidade. A camisa 2 não será mais a mesma. Jamais. Na estréia do Inter na Libertadores 2006, um empate. Gol dele. Durante toda a competição, ajudou a fechar o lado direito da defesa. Era um monstro na defesa, junto com Índio, Eller e Edinho. Destruidor. Na decisão do título, mais uma vez ele apareceu. Ou melhor, quem apareceu foi o grupo. Mas o grupo vencedor é feito por individualidades. Cada um com sua característica. No plantel, ele era o amigo para o qual todos olhavam, quando estavam em uma situação difícil, e se animavam. Sabiam que aquele cara era um vitorioso e que deviam nele se espelhar para superar dificuldades.

No final do ano, marcou o melhor jogador do planeta na decisão da Copa do Mundo. Marcou como ninguém. Lealmente. Com eficácia. Seria como alguém entrar para a história por anular Pelé. Ou Maradona. Em menos de dois anos, deixou a camisa 13 vice-campeã brasileira para assumir a camisa 2 campeã mundial. Ele é um vencedor. Seu nome: Marcos Venâncio de Albuquerque. Ou simplesmente, Ceará.

Ceará Grande do Sul. Agradecimento eterno da torcida colorada. Sucesso em sua profissão e em sua vida. Muita saúde. E lembre-se: As portas do Beira-Rio estarão sempre abertas a profissionais gabaritados e vencedores. Isto é, a camisa 2 vermelha está esperando seu retorno em 2010, talvez, como campeão mundial de futebol com a seleção brasileira.

Força Ceará. Muita saúde, sucesso, títulos e felicidade em sua nova casa.

16 de agosto de 2007

16 de Agosto – Angústia, alívio e emoção

Hoje é 16 de Agosto de 2007. Duas horas da manhã. Há exato um ano, eu estava acordado. O time do meu coração tinha uma decisão de Libertadores e eu, como colorado, não poderia dormir. Não conseguiria, por mais sono que estivesse sentindo. Era necessário compartilhar meu sentimento com outros apaixonados torcedores, em debates na Internet. Precisava ler notícias, pois talvez encontrasse no website do São Paulo Futebol Clube ou da Conmebol alguma informação importante pré-decisão. É, nós torcedores viramos detetives, olheiros. Era como uma vigília em busca do troféu. Toda informação era importante. O sentimento era de que se eu descobrisse naquela noite qual seria a escalação do São Paulo, estaria ajudando o Inter. Até parece. Mas enfim, assim é o torcedor.

Após outra noite em claro, como vinha ocorrendo antes de cada jogo do Inter na Libertadores 2006, chegava o grande momento. Nada poderia dar errado. Beira-Rio, cinqüenta e tantos mil colorados. Inter e São Paulo. Decisão. Bastava o empate. Era só não perder. Passavam-se vinte e poucos minutos do segundo tempo e o gol de Tinga expressou os sentimentos de emoção, alívio e angústia. Revolta. Tudo isso em questão de dez ou quinze segundos. A expulsão do meio-campista colorado, após marcar o segundo gol colorado, contra um apenas do São Paulo, deu início aos vinte e tantos minutos mais longos da história do Inter. O que parecia tão simples, passou a ter contornos de um pesadelo que poderia se tornar realidade.

Tensão. Medo. Ataque do São Paulo. Chute errado. A zaga afasta. Novo ataque. São Paulo vem com força. Clemer orienta a defesa. Sai Sóbis. Entra Ediglê. Abel Braga aos gritos. Ataca o São Paulo. Clemer faz milagre. O Inter não consegue prender a bola no ataque. Manda-se o São Paulo. Só faltam seis minutos. Gol do São Paulo. Silêncio. A tensão vira pânico. Desespero. Vem à memória o Nacional de 1980. O Olímpia de 1989. Ataca o São Paulo. De novo o São Paulo. O tricolor do Morumbi comanda as ações. A zaga afasta. Volta o São Paulo. Só faltam dois minutos. Clemer de novo. Milagre.

Em uma bola dividida, é dado um balão pela defesa do Inter. A bola sobe e antes mesmo de cruzar a linha de fundo, em escanteio ou tiro de meta – nem lembro, o árbitro apita o final do jogo. As lágrimas, tantas outras vezes de tristeza, agora eram de alegria. Em 16 de Agosto de 2006, eu fui campeão da América. Há exato um ano, a emoção tomava conta da torcida. Enquanto isso, o vermelho tomava conta da América. Parabéns a todos nós, apaixonados torcedores. Parabéns Inter, há um ano, campeão da Libertadores.

Luciano Bonfoco Patussi – 16 de Agosto de 2007
www.inter-clubedopovo.blogspot.com

20 de julho de 2007

HOMENAGEM: Paulo Rogério Amoretty


Foi difícil. Mas finalmente, neste 20 de julho de 2007, após alguns dias do trágico acidente aéreo que chocou o Brasil e em especial o Rio Grande do Sul, sinto-me à vontade para, através de um breve texto, prestar uma homenagem a uma das vítimas do acidente. Entre as centenas de pessoas que perderam sua vida de forma triste e trágica, estava um gaúcho de Porto Alegre, que por seu trabalho e competência, conseguiu, durante dois anos, ocupar um cargo restrito a poucos e felizes colorados: Presidente do Sport Club Internacional.


Advogado, casado, pai de dois filhos, Paulo Rogério Amoretty teve sua vida ligada ao Internacional. Durante o início dos anos da década de 90, Amoretty começou a ganhar maior notoriedade e grande destaque no departamento jurídico do clube. A seguir, passou ao futebol, sendo, mais tarde, eleito presidente do Sport Club Internacional no biênio 1998/1999. Todos podem lembrar que o time de futebol do Inter, em se falando de resultados, não foi tão bem em 1998 e 1999. Porém, prefiro lembrar das boas passagens deste dirigente que sempre se esforçou ao máximo para ajudar o Internacional.

Quem não lembra da Copa do Brasil de 1996? Inter e São Paulo haviam empatado no Beira-Rio em 1 a 1, gol de Leandro Machado para o colorado. Seria dificílimo jogar e obter a classificação no Morumbi. Porém, o tricolor paulista havia escalado um atleta irregularmente. O jurídico do Inter preparou sua defesa. O resultado do julgamento: 10 votos a zero a favor do Inter. Inter classificado, São Paulo eliminado. Competência, acima de tudo, dos advogados colorados, entre eles, nosso eteno presidente Amoretty.

Mais adiante, quem não lembra do goleador dos pampas tendo sido destaque nacional em 1997? Veículos de imprensa passaram todo ano de 1998 anunciando a venda de Christian. Na onda de vendas de jogadores ao exterior, nosso presidente, Amoretty, dizia veementemente que não venderia o ídolo antes do final do ano. Seria difícil segurar. As propostas eram excelentes. Todos duvidavam. O presidente não só cumpriu sua promessa como também vendeu o craque somente após metade do ano seguinte, por uma boa quantia financeira. Pura competência.

Poucos lembram ainda que durante o jantar de aniversário de 90 anos do clube, a gestão Amoretty conseguiu um minuto em rede de televisão nacional. Naquela data, o Brasil inteiro assistiu, no intervalo da “novela das oito”, o brinde de aniversário de 90 anos do clube. Era o Inter, fora do eixo Rio-São Paulo, conseguindo, de certa forma, aparecer em rede nacional e homenagear seus torcedores.

Além disso, há o episódio em que máquinas da prefeitura iriam invadir parte da sede social do clube, derrubando as cercas, pois segundo a administração municipal, as áreas eram irregulares. Amoretty parou a frente dos tratores, impedindo a passagem dos mesmos. O fato teve grande repercussão. A partir deste incidente, iniciou o processo de regularização burocrática das áreas onde nosso querido Internacional está sediado até os dias atuais.


Amoretty foi o presidente que deu a torcida colorada a esperança de conquistar um título nacional após tantos anos. Foi com sua gestão que começou o projeto sócio-colorado. A partir dali, bons jogadores foram contratados, além de um renomado trreinador. O time chegou as semifinais da Copa do Brasil, onde desde 1992 sequer chegava perto. Por incompetência do time, acabou sendo eliminado pelo Juventude. O projeto de reestruturação do clube, que era promissor, passou a ser alvo de dúvidas de todos. Problemas ocorreram e o time se salvou do rebaixamento na última rodada do campeonato brasileiro, em um jogo histórico contra o Palmeiras. Amoretty chorou de alívio, agradecendo a Deus pelo não-rebaixamento e pedindo desculpas pelos péssimos resultados de campo, dizendo que a torcida colorada merecia muito mais. Nem sempre as coisas ocorrem da forma como são planejadas.

Neste momento em que governo, aeronáutica, companhias de transporte aéreo e outros departamentos brigam para descobrir de quem foi a culpa do acidente, sabemos que, após apontarem um culpado, infelizmente, quase nenhum esforço será feito para tentar melhorias. Somente querem culpados. Não melhorias.

Não tendo mais nada a fazer, nem a quem recorrer, fica esta homenagem ao querido eterno presidente do Sport Club Internacional, Paulo Rogério Amoretty, bem como o pesar a todos os parentes e amigos das vítimas do vôo 3054.

Meus mais sinceros sentimentos de tristeza a todos e um eterno muito obrigado ao presidente Paulo Rogério Amoretty, pelo seu empenho e dedicação ao Sport Club Internacional.


Luciano Bonfoco Patussi - 20 de julho de 2007

21 de maio de 2007

Texto - A taça que Maradona perdeu

Após cada time cumprir a sua obrigação na fase semifinal, podemos afirmar, finalmente, que a final da Copa do Mundo Interclubes 2006, será decidida no tão esperado confronto dos europeus contra os sul-americanos. FC Barcelona e SC Internacional decidirão a Copa no domingo, 17 de dezembro de 2006.

Toda torcida colorada está sendo alvo de brincadeiras, sadias, logicamente, de torcedores rivais, que dizem que Ronaldinho Gaúcho, o melhor jogador do mundo, vai fazer três, quatro ou cinco gols na defesa colorada. Como brincadeira, é valido, faz parte do futebol, e não poderia ser diferente. Ao mesmo tempo que brincadeiras sadias são válidas, dados históricos também são, e servem como motivação para o Internacional e para os seus torcedores, em busca de mais um importante título em sua história.

Entre os anos de 1980 e 1989 o time colorado não era mais o mesmo que na década anterior encantara o mundo com um futebol de técnica apuradíssima, aliada à garra gaúcha. Apesar de não conquistar títulos do campeonato nacional nesta época, o Internacional colheu, durante esta década, os frutos da imagem que o clube adquiriu nos anos anteriores. O resultado disso foi o convite recebido pelo Inter para a realização de vários torneios, principalmente na Ásia e na Europa. Vários títulos foram conquistados.

Breve introdução: O clube mais rico do mundo, o FC Barcelona, foi fundado por Joan Gamper, em 1899. Joan Gamper, desde 1966, é homenageado pelo clube, com a realização de um torneio anual que leva seu nome. O torneio tem uma tradição de 40 anos. É disputado, portanto, há mais tempo que o campeonato brasileiro. Em 41 edições da competição, o Barcelona, anfitrião, ganhou 31 troféus. Dos 10 torneios que o Barcelona não venceu, 9 foram conquistados por outros clubes europeus.

De fora do continente europeu, o torneio teve somente um campeão até hoje. O ano era 1982. O Internacional, por tudo que representou para o futebol brasileiro e mundial anos antes, foi um dos convidados de honra do Barcelona para a disputa em solo espanhol. Convidado de honra porque, para os espanhóis, nada melhor do que, em uma verdadeira festa, promover a estréia de Diego Armando Maradona, ídolo do futebol mundial, justamente contra um dos clubes mais populares do futebol brasileiro, que até então, era o detentor do maior número de conquistas nacionais, com três títulos.

Em agosto de 1982, o Internacional entrou em campo no estádio do Barcelona, com mais de 100.000 espectadores, para enfrentar o time da casa, na estréia de Maradona. O time catalão estava certo que venceria o Inter, e disputaria a final do torneio. Após muita luta, um empate em 0 a 0 no tempo normal. Na decisão por penalidades máximas, vitória colorada por 4 a 1. O time foi aplaudido, em pé, por mais de 100.000 espanhóis que, por instantes, esqueceram da estréia de Maradona, o melhor do mundo após a era Pelé. Na decisão, o Inter venceu o Manchester City por 3 a 1, sendo, assim, o único clube, até hoje, de fora da Europa, a sagrar-se campeão da disputa. A Taça Joan Gamper pode servir de inspiração ao time do Internacional, que chega humilde, em relação ao Barcelona, para a decisão do campeonato mundial 2006.

O Inter pode derrubar o Barcelona novamente. A tradição colorada permite imaginar isso. A Taça de Ouro Joan Gamper 1982 não foi de Maradona. A Taça Mundial FIFA 2006 não será de Ronaldinho. É esperar para ver. O Inter não vai deixar. Novamente.

Texto de Luciano Bonfoco Patussi, escrito em 14 dezembro de 2006.

Texto - Adepto do coloradismo, sempre fui, sempre serei

Sou adepto do coloradismo, sempre fui, sempre serei. Comecei a acompanhar o futebol na década de 90. Me apaixonei por futebol. Me apaixonei pelo Inter. Época de puro sofrimento com os times fracos formados pelas direções do colorado. Times abaixo da tradição vencedora rubra.
A cada derrota, a cada eliminação, meu sentimento de amor aumentava. Nunca me afastei dessa paixão.

"É teu passado alvi-rubro, motivo de festas em nossos corações". Sempre cantei o "Celeiro de Ases", nosso hino, com o maior orgulho. Sempre ouvi essa canção, em casa, no volume máximo, os vizinhos coitados que o digam, pobres ouvidos, nunca tinham sossego. Na verdade, felizes ouvidos. Uma canção como esta faz florescer o amor nos corações. Alguns vizinhos nunca entenderam. Azar deles. Eram tardes, as vezes noites, ouvindo o belo hino colorado, para comemorar uma vitória qualquer, ou para simplesmente afogar a mágoa de uma eliminação, de uma derrota, de uma humilhação, de um sofrimento.

Aliás, nosso hino foi composto em uma mesa de bar, em um momento de tristeza, após uma derrota do time, o que mostra a paixão do povo por este clube, a qualquer momento. A existência de times como o Inter é rara. No Inter, independentemente de resultados, o passar dos anos só tende a aumentar o amor ao time do coração.

"Correm os anos surge o amanhã, radioso de luz, varonil". Essa parte do hino diz tudo. "O teu presente diz tudo". O "amanhã", cantado no hino, é hoje. O "amanhã" está acontecendo, sempre sonhei com o Inter em um momento como o atual. O Inter nunca deveria ter deixado de disputar títulos. Hoje, o clube é exemplo.

Sempre soube que nunca me arrependeria dessa paixão. Sempre tive essa convicção. Sempre fui apoiado por alguns apaixonados colorados, fui ignorado por outros. Por minha paixão sempre fui tripudiado, zombado, debochado por adeptos de um amor diferente, vestido de três cores. Nunca me importei com isso. Diziam eles que tais cores opostas representavam amor e paixão. Cada um, cada um.

Daqui um dia, teremos uma partida semi-final de Libertadores. Poderemos ser campeões da América. Poderemos ganhar o brasileiro e o mundial. Poderemos perder todos esses títulos, e mais alguns. Porém nada, absolutamente nada, tornará este clube maior ou menor. Nada fará com que percamos o amor por esse manto sagrado, o manto encarnado. O Inter é simplesmente gigante. Ele é do tamanho da paixão do torcedor.

Por mais gigante que seja, cabe sempre, o Inter, em nossos corações. Inter, continue sempre "trazendo à torcida alegres emoções". Inter, siga sempre "tua senda de vitórias, colorado das glórias, orgulho do Brasil". Meu orgulho, nosso orgulho.

Texto de Luciano Bonfoco Patussi, escrito em 02 de agosto de 2006.