17 de dezembro de 2019

Infinitos, 12 minutos!


Por: Luciano Bonfoco Patussi
17 de dezembro de 2019

Mire o retrovisor! Relembre onde você estava e na companhia de quem, naquele momento em que o Barcelona deu início ao jogo no círculo central do gramado. Na verdade, foi um reinício. Meio sem saber como agir. Atabalhoados, estavam! Segundos atrás, haviam sofrido um gol! E eles sabiam: estava difícil transpor aquela defesa adversária! Restavam apenas poucos minutos!

Vermelho na veia, fardados de branco! Eram 36 minutos do segundo tempo. Daquele instante, até o apito final, transcorreram infinitos 12 minutos. Tal feito foi ímpar e nos faz acreditar que aquele momento não acabou. Houve uma existência até a rede da equipe catalã ser estufada impiedosamente em Yokohama! Do reinício do jogo até o apito final, a história foi outra. E podem acreditar: ela ainda não acabou!

Aquele não foi um apito final! Foi um sopro ao infinito! Infinitos, 12 minutos. Eles perduram até hoje em nossa alma, abastecendo nosso coração!

15 de dezembro de 2019

Por qual motivo votei NÃO na alteração estatutária?


Por: Luciano Bonfoco Patussi
15 de dezembro de 2019

Através deste texto, registro a forma como o Internacional conduziu a proposta de alteração em determinados pontos do estatuto, neste final de 2019. Registro ainda o meu voto, nesse momento: NÃO, para a alteração estatutária! Descreverei a seguir o motivo do meu voto, dentro do contexto vigente!

Há meses, o Internacional divulgou uma nota oficial – estilo notinha de rodapé – em seu website, comunicando o leitor, sobre a possibilidade de apresentar propostas de alteração ao estatuto vigente. Isso teria um prazo determinado. Foi assim, o comunicado! Uma nota no website, e nada mais!

Obviamente, assim como milhares de associados, eu não vi esta nota oficial. Passou despercebida. Fiquei sabendo do assunto, após receber e-mail de um movimento político do Internacional, o qual disparou seu informativo via web, levando tais questões ao conhecimento do maior número possível de torcedores. O referido grupo fez o que o clube deveria ter feito, por carta ou preferencialmente via e-mail.

Com este informativo recebido, me inteirei sobre o assunto e, inclusive, apresentei uma proposta – o recebimento foi confirmado via e-mail pelo Conselho Deliberativo do clube.

Finalizado o prazo para o envio de propostas, uma comissão formada pelo Conselho analisou-as e formatou o texto final, enviando para a devida votação do órgão deliberativo do clube.

Tal votação, transmitida via Internet para os associados que tiveram interesse em acompanhar o processo, me levou a crer que as coisas não são conduzidas do modo que deveriam, dentro de um processo de transparência e registros necessários.

Tudo começou com a votação não sendo nominal. A maioria dos conselheiros presentes preferiu não registrar seu voto nominalmente. Sou um simples associado e totalmente contrário a este tipo de prática. Por isso, registro meu voto aqui, neste espaço. Uma votação que não possui contagem oficial, nem mesmo registro nominal dos votos, passa a imagem de uma baderna. Eis minha visão!

Dito isso, cabe destacar que, após a votação do Conselho Deliberativo, o sócio foi convocado para votar: SIM, pela aprovação daquilo que o Conselho pré aprovou, há semanas! Ou NÃO, para o associado reprovar a mudança proposta.

Cabe ressaltar que o sócio ficou embretado, devido ao fato de o voto ser único para todas as pautas propostas! E isso, na minha visão, foi proposital!

Se votar NÃO, o torcedor dará sua mensagem ao clube, mostrando que não concorda com a forma do processo conforme foi conduzido. Ao mesmo tempo, ele reprovará as alterações importantes que lhe foram propostas, e isso parece contraditório.

Se votar SIM, o associado aprovará algumas modificações importantes no texto do estatuto, isso é fato! Mas, ao mesmo tempo, confirmará o aumento do mandato dos diretores e dos próprios conselheiros, corroborando com o continuísmo de práticas de gestão e de futebol que temos visto ao longo dos últimos anos. Votar SIM também parece contraditório, visto que o Internacional precisa mudar, e não aumentar o prazo de mandato de diretores e (menos ainda) de conselheiros.

Ou seja, da forma como a votação foi conduzida, eu diria que tal procedimento foi orquestrado para confundir o torcedor, fazendo o mesmo votar SIM, de acordo com o que a diretoria espera – isso na minha visão! Aliás, não apenas a diretoria deseja o voto pelo SIM. O segundo maior movimento político presente no Conselho Deliberativo, atualmente, também espera o SIM. Por quê? A resposta ocorrerá ao final de 2020, durante a eleição para o Conselho de Gestão! Terá sido este um voto antecipado em causa própria? O futuro dirá!

Devido a isso, votar NÃO, significa não apenas negar as boas alterações propostas neste momento. Votar NÃO, não é uma negativa as propostas, em si. É algo muito maior do que isso. O Estatuto poderá ser modificado novamente, no futuro próximo, de modo mais responsável, com o Conselho Deliberativo renovado e com a participação do maior número possível de associados!

Em resumo, votar NÃO significa mostrar o poder da torcida ao Conselho e à Direção! Mesmo que determinados diretores, e alguns atletas com vínculo contratual, queiram calar o sentimento do torcedor, isso não ocorrerá novamente! O torcedor está acordando de um sono profundo! Votar NÃO, recolocará o torcedor no seu devido lugar: acima de tudo, pois o clube só é GIGANTE devido ao seu torcedor! Votar NÃO, mostrará ao Conselho Deliberativo que o associado discorda da forma como as pautas foram conduzidas. Colocará as coisas no seu devido lugar.

Com o voto NÃO, os conselheiros competentes, que trabalham de fato em favor do clube, terão que revisar todas as questões e procedimentos do órgão, almejando a próxima oportunidade de alterar o estatuto corretamente, com a devida comunicação antecipada e direta ao associado.

Tal fato não será problema, será uma oportunidade! Neste momento, começaremos a ver quem são os conselheiros úteis ao clube, pois eles seguirão o trabalho normalmente, buscando evolução dos processos internos; e veremos também quem está apenas fazendo figuração, em troca do status social que estar conselheiro do Sport Club Internacional lhes proporciona!

Se o SIM vencer, a massa torcedora terá apenas convalidado a forma como os conselheiros votaram as pautas propostas. Agirá da forma como o Conselho Deliberativo fez, dias atrás, quando aprovou o pedido de suplementação orçamentária feito pela diretoria, mesmo após ter gasto mais do que deveria, sem qualquer autorização prévia!

Se votar NÃO, o associado dará sua mensagem ao clube, mostrando que quer mudanças, mas que discorda veementemente da forma como o processo foi conduzido.

Votei NÃO!

Caso o NÃO vença, isso poderá parecer um retrocesso, na visão de alguns torcedores. Penso o contrário! A vitória do NÃO será a colocação das coisas no seu devido lugar! Será um pequeno passo atrás, visando um passo gigante em favor do futuro do nosso clube! Fato que será comprovado, mas não agora! Tal comprovação ocorrerá dentro de um ano, durante a eleição para renovar o conselho deliberativo, e também na próxima votação para alterar o estatuto da forma como ele de fato deveria ser modificado!