15 de julho de 2015

Noites de 2006

Por Luciano Bonfoco Patussi
15 de julho de 2015

O torcedor apaixonado por futebol, invariavelmente, tem o costume de comparar situações e momentos vividos, em busca da reaproximação com alguma grande emoção ocorrida há meses, anos ou décadas!

Tenho criticado, enquanto torcedor, alguns fatores que envolvem o planejamento de longo prazo feito pelo Internacional, o que não é foco nesse momento importante na história do clube, dentro de campo! Nesse instante, quaisquer outros sentimentos são jogados para escanteio, como se neles fosse dado um carrinho do Guiñazú, ou uma trombada do Índio! Noventa minutos de bola rolando tem esse poder e essa magia!

Noites de 2006! Olhos abertos, horas em claro! Debates, discussões, troca de informação, textos e vídeos emotivos! O torcedor colorado passou uma Copa do Mundo inteira na espera de uma quarta de final decisiva, que colocaria a instituição novamente em uma semifinal de Libertadores, após quase duas décadas!

Ah, as noites de 2006! Embora hoje seja tudo diferente, não há como esquecer! Também não há como comparar. O ano de 2006 é emblemático na história recente do Internacional. Foi algo único para torcedores apaixonados e que passaram anos na espera e na fila, aguardando um grandioso título para comemorar e exaltar, às plagas mais distantes, os feitos relevantes de seu apaixonante clube do coração!

Nada será igual a Libertadores de 2006! Comparável ao sentimento e a emoção que ela proporcionou aos torcedores do Internacional, talvez apenas a conquista do campeonato brasileiro de 1975, em uma outra época! Outra geração! Outra história. Mas, essas são histórias que se confundem, em mais de 100 anos de tradição, futebol e emoção dentro de campo!

Se 2006 é incomparável, ao menos gera um turbilhão de lembranças e emoções – as mais rubras possíveis! Se é impossível comparar, também é bom relembrar. Ah, as noites de 2006... velhas madrugadas!

Internacional e Tigres do México se enfrentarão, em algumas horas, dentro do remodelado e tradicional Gigante da Beira Rio. Em pé na arquibancada, com o radinho ao pé do ouvido, na mesa do bar, ou em casa ao lado da família, milhões de seguidores estarão juntos, unidos em uma só emoção. Tal qual em vários outros momentos. Assim como, em especial, naquelas noites, em 2006!

O resultado final disso, ninguém sabe! É um jogo! Mas, para quem ergueu um gigante sobre as águas, talvez a taça, ou a falta dela, seja o menos importante! O maior legado é vestir a camisa vermelha e mostrar para toda a América a força e o orgulho de ser Internacional, mais uma vez!