Por Luciano Bonfoco Patussi
01º de junho de 2010
O Internacional demitiu o treinador uruguaio Jorge Fossati há alguns dias. A partir deste momento, o clube analisa o mercado, visando à contratação de um novo profissional para comandar a comissão técnica colorada. Com base nisso, em caráter de opinião pessoal, formatei uma análise de profissionais que podem ser avaliados pelo Inter.
É importante ressaltar que, neste momento, qualquer profissional gabaritado gostaria de receber proposta do Internacional. Isso porque o clube inicia a disputa nacional com chances de fazer uma boa campanha. Mais ainda, o Inter está na fase semifinal da Copa Libertadores da América. Isso poderá ajudar um bom profissional a optar pelo projeto de trabalho do Inter – caso seja convidado para o cargo. Vamos aos nomes:
Luiz Felipe Scolari: o currículo de Felipão lhe credencia para assumir qualquer equipe de ponta do futebol mundial. Felipão comentará a Copa do Mundo da África do Sul por uma televisão local. Após isso, estará livre para negociar seu futuro como técnico. O que poderia dificultar sua vinda para o Internacional, neste momento, seria o gabarito das equipes que desejarão contar com o treinador na casamata. Soam como principais concorrentes, neste momento, Porto e Internazionale. Entretanto, tudo é especulação. Portanto, caso Felipão não seja contratado, o torcedor colorado deverá ter consciência que não terá perdido o treinador para qualquer equipe. Muito pelo contrário. Sua contratação é difícil. Mas deve ser tentada.
Mano Menezes: o atual treinador do Corinthians é um profissional que tem, ano após ano, demonstrado competência e crescimento na carreira. O fato da queda corintiana da Copa Libertadores da América poderia auxiliar em sua contratação – no caso, pelo Inter. Entretanto, o time do Parque São Jorge atualmente lidera o campeonato brasileiro, isso tornaria mais difícil uma negociação neste momento. Mas não seria impossível.
Estes nomes são os dois que eu indicaria para o Internacional tentar a contratação. Como se diz popularmente, a tentativa é livre. O projeto colorado, de voltar a conquistar a América – estando a quatro jogos de conseguir realizar este sonho – poderia ser o melhor trunfo para seduzir um dos dois profissionais acima descritos. Além deles, sou profundo admirador do trabalho de Dorival Júnior. Particularmente, há cerca de dois anos já considerava Dorival um promissor treinador do futebol brasileiro. Entretanto, tirar Dorival do time do Santos, que decidirá a Copa do Brasil, seria bastante complicado atualmente.
Além destes nomes, cogita-se, via imprensa, a recontratação de Abel Braga. Eu considero que contratar Abelão seria uma solução nada inovadora. Abel já foi campeão do mundo com o Internacional. Porém, particularmente, o considero mais motivador do que tático. Entretanto, diante dos nomes disponíveis e cogitados para negociação, Abelão é, de fato, um dos treinadores aceitáveis para a presente situação colorada.
Além destes, há um profissional com o qual o Internacional já trabalhou recentemente e que ainda possui admiração de pessoas do departamento de futebol colorado. Particularmente, também o admiro. O problema é que sua saída do Inter ocorreu há pouco tempo, devido a brusca queda nos resultados em campo no campeonato brasileiro. Seu nome é Adenor Bacchi, ou simplesmente Tite. Entretanto, devido a sua recente demissão e seu desgaste natural no clube, seu retorno seria praticamente inviável neste momento. Avalio que sua contratação teria grande rejeição por parte do torcedor colorado. Daqui há alguns anos, talvez ele retorne ao Internacional. Mas não agora.
Muricy Ramalho seria inviável, visto que acabou de acertar com o time do Fluminense. Geninho seria um nome mediano para o momento. É um treinador que tem um bom histórico e que está, atualmente, em um clube de menor expressão – caso do Atlético Goianiense. O momento também não é ideal para Celso Roth, mas neste momento sua contratação seria inviável, na medida que há poucos dias o treinador acertou contrato para treinar o Vasco da Gama.
Acredito que o momento não é propício para a vinda de Adílson Batista, nome cogitado pela imprensa, nem mesmo Cuca, Leão e Nelsinho Batista. Todos esses nomes seriam uma cartada contra o torcedor em um momento decisivo para o Inter, tanto futebolisticamente quanto politicamente, lembrando que ao final de 2010 haverá eleição presidencial no Beira-Rio. Destes quatro nomes, qualificaria: Adílson Batista como treinador mediano, que cresce a cada temporada; Cuca é abaixo da média no quesito resultados, mas tem possibilidade de crescimento; Leão perde mercado gradativamente, ano após ano; Nelsinho Batista deve passar longe do Beira-Rio.
Fica exposta a opinião pessoal do colunista que vos escreve, para análise e debate. Críticas, opiniões e sugestões, desde que moderadas, educadas e com fundamento, são sempre desejadas. Saudações esportivas e coloradas à todos os leitores.
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