30 de março de 2014

Final na Arena: Grêmio 1 x 2 Inter

Por Luciano Bonfoco Patussi
30 de março de 2014

Para o torcedor do Internacional, foi de tirar o fôlego! O Gre-Nal deste domingo foi o 400° clássico da história. O time tricolor era favorito, conforme opinião de boa parcela da mídia esportiva local. A equipe alvirrubra ainda possui muitas questões e ideologias de futebol a serem revisadas, em minha opinião, e creio que essa é, também, a visão de outros torcedores. Os primeiros quinze minutos de jogo foram eletrizantes. Jogo aberto, diferente de um típico Gre-Nal. O Internacional saiu perdendo. Virou a partida no segundo tempo. Foi o vencedor dentro da Arena adversária.

Fato é que o campeonato gaúcho não está decidido. Longe disso! Faltam ser jogados noventa minutos de mais um grande e difícil jogo que vem pela frente. Porém, a vantagem inicial existe, devido ao placar obtido no jogo de hoje. É preciso saber trabalhar com esse fator. A grande final será disputada no domingo, dia 13 de abril. O campo de jogo ainda segue indefinido. Será outro jogo, uma nova história. Ao Internacional, bastará vitória, empate ou placar de 1 a 0 para o adversário.

Inegável e notório é, no entanto, a alegria colorada neste domingo. Em 400 clássicos na história, a vitória de hoje foi a de número 150 do Internacional. O empate prevaleceu em 125 oportunidades, mesmo número de vitórias do Grêmio.

Fiz algumas anotações no decorrer da partida de hoje e, através delas, elaborei avaliação sobre a atuação de todos os jogadores, de ambos os times. Abaixo, descrevo as conclusões que tive sobre a participação dos jogadores do Internacional no clássico:

Dida: levou um gol, onde Barcos cabeceou sozinho no meio da área. Praticou difícil defesa em chute de Riveros. Foi seguro nos demais lances em que foi exigido. Nota 7.

Gilberto: procurou apoiar com intensidade, principalmente na primeira etapa. Razoável defensivamente. Nota 7.

Paulão: obteve imposição física e demonstrou bom posicionamento na grande maioria dos lances. De modo geral, teve boa atuação. Nota 8.

Juan: atuação razoável. Deixou o campo no intervalo, para a entrada de Ernando. Nota 7.

Fabrício: primeiro tempo com dificuldades defensivas, devido a postura tática do time como um todo. Melhorou no segundo tempo com o reposicionamento da equipe. Fez cruzamento para a marcação do segundo gol colorado. Nota 7.

Willians: novamente, eficiente na marcação, cumprindo bem o seu papel defensivo. Também procurou aparecer na frente apoiando a linha ofensiva, quando foi possível. Nota 8.

Aránguiz: atuação de suporte defensivo no primeiro tempo. Posicionado de forma mais adiantada na segunda etapa, foi fundamental no apoio de todo setor ofensivo. Fez cruzamento perfeito para o primeiro gol da equipe. Teve muita movimentação e intensidade. Nota 9.

D'Alessandro: cadenciador, dentro da sua característica de muita técnica individual, foi visado pela marcação adversária, como de costume. Ao segurar um lance, perdeu a posse de bola, em lance que originou o gol em contra ataque do time rival. Atuação importante pela experiência acrescida, enervando os adversários. Mas apenas razoável, dentro de um contexto geral. Nota 7.

Alex: na segunda etapa, revezou com Aránguiz no apoio ofensivo. Também teve atuação individual favorecida pela mudança de postura da equipe no segundo tempo. No primeiro gol colorado, deu passe primoroso para Aránguiz efetivar o cruzamento derradeiro. Nota 8.

Jorge Henrique: esforçado, mas com atuação abaixo do esperado, tecnicamente e taticamente falando. No primeiro tempo, a frente de quatro jogadores ofensivos do Internacional, da qual fazia parte, não compôs defensivamente, fato que fez o Inter defender apenas com seis jogadores em determinados momentos. Saiu do time no intervalo. Nota 4.

Rafael Moura: foi com dois gols seus, marcados de cabeça após receber dois preciosos cruzamentos dentro da pequena área, que o Internacional fez história na Arena, alcançando sua primeira vitória no estádio rival. Nota 9.

Ernando: substituiu Juan no intervalo da partida. Teve atuação segura na zaga. Nota 7.

Alan Patrick: entrou no lugar de Jorge Henrique, também no intervalo. Ajudou a equipe com maior movimentação e suporte defensivo. Acertou passes. Junto com Aránguiz, apoiou o time de modo incansável nas transições de chegada ao ataque. Nota 9.

Ygor: adentrou o gramado aos 35 minutos do segundo tempo, substituindo Alex. Foi seguro e ajudou o sistema defensivo. Esteve pouco tempo em campo para ter a atuação avaliada com uma nota.

Abel Braga: devido a sua participação na leitura desse jogo e na mudança de posicionamento do time, é preciso reconhecer e dar nota, principalmente pelo que foi alterado no segundo tempo da partida. Nota 9.

De um modo geral, vimos um jogo aberto desde o início. Até os 17 minutos, Grohe fez duas excelentes defesas. Dida fez uma, sendo que dois minutos antes, o Grêmio marcou seu gol. O jogo esfriou em chances claras. O Grêmio, após obter vantagem no placar, passou a esperar as ações coloradas. O Inter procurava ficar com a bola mas sedia alguns contra ataques para o Grêmio. Após o intervalo, o panorama do jogo foi outro.

Aliado a entrada de Alan Patrick e ao reposicionamento de Alex e Aránguiz, fatores que melhoraram o rendimento de todo o time colorado no segundo tempo, o Grêmio teve a saída de Dudu, aos vinte e cinco minutos. Com isso, perdeu ainda mais o potencial de velocidade na chegada à frente. Com toque de bola, então, o Internacional passou a dominar as ações no decorrer do jogo. Empatou aos oito minutos. Virou aos vinte e sete. Teve outras chances de chegar à frente e marcar. As chances de gol do time tricolor escassearam. O Inter segurou o jogo. Tocou a bola. Sofreu faltas e parou o jogo. Venceu um difícil confronto com muita autoridade.

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