Por Luciano Bonfoco Patussi
13 de março de 2014
Há alguns aspectos relevantes
a serem observados na estreia do Internacional na Copa do Brasil de 2014. A
goleada por 6 a 1 contra o Remo, ocorrida em Belém na noite desta quarta feira,
classificou o time colorado diretamente para a próxima etapa da competição.
Isso foi o mais importante.
Porém, é imperioso destacar que
o gramado do estádio Mangueirão não
apresentava condições mínimas para possibilitar a prática esportiva em alto nível.
Todavia, a precisa observação das últimas três temporadas não permite ao clube, nem
mesmo aos ídolos de boa parcela de seu torcedor, utilizar este fator como
desculpa para apresentação de futebol insuficiente e falta de planejamento. É
preciso provar muito, ainda! Acho importante destacar isso após uma vitória
incontestável, para não ser taxado de oportunista no caso de divulgar minha
ideia apenas após uma derrota.
O jogo de ontem foi desparelho.
O Clube do Remo, em minha avaliação, tomando como base sua história e
popularidade dentro do futebol, é um clube representativo do futebol nacional.
Isso causou boa expectativa para o jogo de ontem à noite. Entretanto, o time de
futebol que representou os paraenses em campo não fez jus à tradição do clube. O
Internacional foi soberano nas ações.
Registro convicção que tenho,
para jogos futuros e com maior exigência: o meio campo de um time altamente competitivo
não pode ter escalado junto jogadores como D’Alessandro (ausente ontem), Alex e
Alan Patrick na linha de frente. Dois deles, ou até os três citados, tornam o
time lento na execução. Equipes com características modernas atacam com
técnica, mas também com velocidade e objetividade.
Sobre a atuação de ontem, segue
minha avaliação:
Dida – Pouco
exigido. Esteve seguro. Nota 6.
Gilberto –
Apoiou bastante e procurou composições pela direita. Belo desarme e assistência
no segundo gol do time. Destaque, juntamente com Willians e com os gols de Rafael Moura. Nota 8.
Paulão –
Sofreu no primeiro tempo com a velocidade de Thiago Potiguar. Falhou no gol do
Remo. Não teve a devida cobertura do meio campo para o apoio de Gilberto. Nota 5.
Ernando – Razoavelmente
bem no posicionamento e na bola aérea. Nota
7.
Fabrício – Falhou
tecnicamente nos cruzamentos pela esquerda. Abriu o placar com bonito gol. Nota 6.
Aránguiz – Sofreu
o pênalti, convertido de maneira precisa, marcando o quarto gol do time. Muita movimentação, vindo de trás,
tentando imprimir velocidade e objetividade ao setor de criação. Nota 7.
Willians – Na
média, esteve bem na marcação, inclusive apoiando Aránguiz na tarefa de
empurrar o meio campo à frente. O melhor desempenho no jogo, pela regularidade.
Nota 8.
Alan
Patrick – Jogando pela direita, procurou criar espaços se
movimentando, mas sem muita efetividade. Uma bela cobrança de escanteio resultou
no gol de Fabrício. Nota 6.
Alex – Procurou
participação. Tentou se movimentar, marcar e aparecer para tabelar. Marcou um
golaço de falta, o quinto da equipe. Mesmo com potencial, tecnicamente foi abaixo da média. Nota 4.
Jorge
Henrique – Grande arrancada pela esquerda, no início do segundo
tempo, jogada que resultou no terceiro gol colorado. No mais, apenas tentou imprimir
velocidade. Nota 5.
Rafael
Moura – Sem marcação fixa sobre ele, teve três conclusões
claras. Conseguiu dois gols. Um deles, golaço com categoria, fechou o placar. Nota 7.
João
Afonso – Entrou no meio campo, tentou apoiar na criação, mas
não teve muito tempo para desempenhar papel de destaque. Nota 6.
Sasha – Pouco
tempo e participação em campo para dar uma nota. Baixa, poderia ser injusta e
causar avaliações indevidas. Sem nota.
Wellington
Paulista – Idem ao Sasha. Sem
nota.
OBSERVAÇÃO FINAL –
Willians pela esquerda e Aránguiz pela direita levavam o time à frente, inclusive
trocando de setor por algumas vezes, buscando infiltração na marcação rival.
Como volantes e também criadores, acabaram prejudicados pela ineficácia da
linha posicionada mais a frente no meio campo. Inclusive, em seus avanços
constantes, deixaram alguns espaços na defesa. Paulão foi prejudicado, pois em
duas oportunidades, ficou sozinho com o adversário, sem a devida cobertura. De
um modo geral, a partida serviu para essa avaliação, em minha singela opinião.
Além de confirmar a vaga em jogo único.
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