Por Luciano Bonfoco Patussi
23 de dezembro de 2010
TREINADOR: o Internacional fechou acordo com o técnico Celso Roth, mantido no clube com contrato assinado até o final do ano de 2011. Particularmente, eu defendia uma mudança no comando, desde que esta alteração significasse a contratação de Dorival Júnior, Carpeggiani ou Falcão – este último em nível de aposta com identificação, grife e capacidade. Fora estes nomes, não haviam opções viáveis dentro do futebol brasileiro, com reais possibilidades de contratação. Basta analisar e conhecer este mercado para se chegar a esta conclusão. Entretanto, agora é chegado o momento derradeiro para a direção colorada encaminhar 2011: é hora de negociar e anunciar reforços e dispensas para o time.
RENOVAÇÃO FRIA E CALCULADA: particularmente, sou contra a realização de uma verdadeira revolução no elenco do Inter. Não é o momento para realizar uma política de "terra arrasada". Entretanto, defendo a contratação de, pelo menos, cinco atletas em nível de trabalhar pela titularidade – com qualificação comprovada. Estes atletas deverão preencher carências que a equipe possui e que não podem ser escondidas, sob pena de comprometer toda a nova temporada. Esta renovação deverá ocorrer, mas de forma cautelosa, até para que não se repitam os erros cometidos em 2007. Logicamente, é preciso saber que não basta haver o interesse em um jogador para que este venha para Porto Alegre. É preciso criatividade nas negociações, “bala na agulha” e, mais do que isso, arrojo.
JOVENS NO ELENCO: além destes reforços, o Inter precisaria dispensar aproximadamente sete atletas – ou até mais, para liberar espaço para os jovens das categorias de base poderem aparecer como opção válida no elenco. Para isso, ação e criatividade serão necessárias, buscando recolocar em outros times atletas que serão afastados do grupo principal. Abaixo, seguem minhas convicções – sempre lembrando que esta é uma avaliação de quem está fora do ambiente do vestiário do Inter. Além disso, nada como o tempo: no futebol, o tempo prova quando estamos corretos ou equivocados, além de criar surpresas, fazendo-nos mudar até mesmo conceitos firmados anteriormente.
GOLEIROS: defendo a contratação de um goleiro diferenciado, nem que este reforço chegue ao Internacional na metade do ano. O Inter deveria negociar Lauro com outro clube e não renovar o empréstimo de Renan, que termina na metade de 2011. Assim, Agenor e Muriel ganhariam espaço para, finalmente, poderem ter participação real no elenco convocado para os jogos. Gomes, goleiro do Tottenham, completará 30 anos, tem 1,90m de altura, uma qualificação que o levou à seleção brasileira e, além disso, já manifestou o desejo de voltar a jogar no Brasil.
Fábio, arqueiro do Cruzeiro, possui qualidade reconhecida, 30 anos, 1,90m, tem seu contrato terminando e, talvez, uma boa proposta consiga lhe seduzir, fazendo com que o melhor goleiro do campeonato nacional de 2010 troque de casa, jogando em Porto Alegre a partir da metade de 2011. Reconheço a dificuldade nestas negociações, mas precisamos pensar e, mais do que isso, planejar grande.
ZAGUEIROS: a renovação contratual de Índio foi um equívoco da direção, em minha avaliação. O correto seria encerrar o seu contrato ao final de 2010, homenageando o jogador de todas as formas possíveis, liberando o mesmo para negociar com outros clubes. Agora, Índio tem contrato até 2012 e o Inter deveria, em minha ótica, buscar algum clube interessado, para poder liberar o atleta. Sorondo, pelo que se tem notícia, foi liberado para procurar outro clube para jogar. Sempre admirei o futebol do uruguaio, mas a decisão diretiva, neste caso, foi acertada. É necessária uma renovação e uma qualificação do sistema defensivo colorado, com novos nomes que cheguem ao Inter almejando a glória.
Com espaço para mais um estrangeiro no elenco, vejo que esta vaga poderia ser preenchida por um reforço de exceção para o sistema defensivo. Ganharia força, em minha opinião, o nome de Mauricio Victorino, uruguaio de 1,80m, 28 anos e com muita qualidade para comandar o setor defensivo de qualquer equipe brasileira. Atualmente, é zagueiro do Universidad de Chile e da seleção uruguaia, tendo tido presença destacada na Copa do Mundo da África do Sul em 2010. Além deste nome, Rafael Tolói do Goiás poderia ser envolvido em alguma negociação, visto que o jovem zagueiro de 1,85m e 20 anos de idade é muito bom jogador e tem muito a crescer no futebol.
LATERAIS: jogadores como Nei e Kleber devem ser mantidos no elenco. Kleber é diferenciado. Nei é voluntarioso. Uma negociação ocasional poderia ocorrer, visando uma nova contratação, desde que ela seja em nível de titularidade e melhor do que ambos citados acima. Caso contrário, o banco de reservas deverá ser preenchido por Daniel, Lima, Massari, entre outros. Bruno Silva não deve ter empréstimo renovado e deve voltar para seu clube, pois no Inter ele não apresentou os resultados esperados.
MEIO CAMPISTAS: o time colorado apresenta alguma carência no miolo de defesa. Ou seja, além de um novo goleiro e de pelo menos mais um zagueiro, o Inter sente falta de um volante defensivo. O time colorado carece de um atleta com vigor físico, especialista em desarmes, que atue de forma defensiva e que tenha como principal característica a função de defender sua área. O Inter precisa de um volante que tenha qualidades de proteção à defesa.
Wilson Mathias não possui características de primeiro volante. Basta ver os “DVD’s” de suas atuações no futebol mexicano, alheio a suas atuações no Inter, para se concluir isso. Mathias é um volante defensivo, mas não tem a característica de ser o “cão de guarda” da defesa. Para dar maior liberdade de criação a jogadores como Guiñazu, Tinga, Giuliano e D’Alessandro, o Inter precisa de um volante defensivo. Glaydson, que eu vejo como jogador importante no grupo, talvez possa ser envolvido em alguma negociação, tanto para facilitar a vinda de um reforço para as posições carentes do grupo, como para dar espaço no elenco para jovens, tais como Elton, Juliano, entre outros.
Atualmente, em minha ótica, diria que o jovem Derley é o único jogador do elenco com as características de ser um "protetor" da defesa. É jovem, possui envergadura e tem capacidade de desenvolver-se mais como profissional. Tem potencial até para, quem sabe, chegar à titularidade. Mas o Inter não pode contar apenas com Derley nesta função. Neste caso, destacaria o nome de Pierre, do Palmeiras. Com quase 29 anos de idade, o atleta é um símbolo de força no time paulista. Porém, o tempo passou, o jogador está no Palmeiras desde 2007 e, talvez, uma proposta para jogar a Libertadores em 2011 o fizesse mudar de ares.
Sua estatura mediana, porém, poderia causar um certo ar de dúvida na contratação para fazer a primeira função do meio de campo. O mesmo valeria para Willians, do Flamengo, que tem 24 anos e muita força na marcação. É de pelo menos um jogador assim que o Inter precisa: alguém com uma forte característica de marcação, para poder fazer a função de proteger a defesa. Edinho seria outra possibilidade de contratação para esta função, embora reconheça que isso renderia muitas críticas. Mas o fato é que, para a função que Edinho exerce, o elenco colorado só tem Derley.
O setor de criação de jogadas do Inter, acredito, não necessitaria reforço neste momento. A não ser que surja alguma contratação ocasionada por oportunidade única que o mercado possa oferecer. Ou então no caso de negociação de algum importante jogador colorado, como D’Alessandro ou Guiñazu. Guiñazu se enquadra mais como volante, mas a movimentação que ele proporciona a equipe é diferenciada. Sua saída provocaria tristeza na maior parte da torcida e uma desqualificação do elenco.
Nesta hipótese, seria necessário pensar em uma nova alternativa, que poderia ser: Dudu Cearense, que tem 27 anos, 1,87m e joga no Olympiakos, da Grécia; ou então Rafael Carioca, jovem e bom jogador, que tem apenas 21 anos, aproximadamente 1,80m e pertence ao Spartak Moscou.
Já em uma hipótese de saída de D’Alessandro – o que hoje é improvável, mas pode acontecer – o Inter estaria em uma situação complicada. Qual jogador poderia vir neste momento para compensar a perda técnica ocasionada por uma saída de D'Alessandro, caso isso ocorra? Este questionamento eu deixo em aberto, pois um jogador tecnicamente diferenciado seria de contratação muito difícil neste momento. D’Alessandro é um dos principais “camisas 10” em atividade no futebol brasileiro. O Inter precisa mantê-lo no elenco.
ATACANTES: eu utilizaria o atleta Alecsandro, que possui valor no mercado externo do futebol e não tem mais clima junto à maior parte da torcida, como forma de arrecadar recursos, visando a contratação de um novo e diferenciado atacante. Vejam bem, eu não venderia o Alecsandro apenas por ele não ter mais clima dentro do Beira-Rio. Eu acho Alecsandro um atacante bastante razoável e longe de ser completamente sofrível. Mas não é mais do que um atacante razoável. E o Inter está em um patamar onde necessita não apenas de um razoável marcador de gols. O Inter precisa e clama por um centroavante diferenciado.
Neste caso, nem cogitarei o nome de Luis Fabiano para debate. Este seria um atacante de exceção, que chegaria, vestiria a “camisa 9”, sairia jogando e colocaria ponto final a qualquer debate. Das possibilidades nacionais de reforços, admiro o futebol de jogadores como Diego Tardelli, do Atlético Mineiro. Além de reconhecido goleador, Tardelli tem velocidade e não fica facilmente preso na marcação. Isso o torna diferente e qualificado. Kleber do Palmeiras é outro grande atacante que atua no futebol brasileiro, apesar de polêmico. Rafael Moura, pela sequência que teve em 2010, seria um nome agradável para reforçar a equipe. Estas são apenas algumas opções de reforços que eu, na minha humilde opinião, aprovaria.
A direção acertou, ainda, em não renovar contrato com Ilan e em liberar Edu para negociar. Edu talvez sirva como moeda de troca em uma negociação por algum novo reforço para o plantel colorado. No futebol se acerta e se equivoca. Porém, se deve buscar, sempre, errar o menor número de vezes possível. Como fazer isso? Estabelecendo critérios para realizar as contratações. Trabalhar com contratação de atletas sem jamais errar é impossível. Mas minimizar erros é importante dentro do planejamento e do orçamento.
Com base nisso, espero ter contribuído para que se inicie um belo debate, discutindo em torno de possíveis novos reforços que o Internacional deverá buscar, visando iniciar o ano de 2011 tendo em mente a mesma ideia e filosofia que o Inter tem desde 2002: a busca pela excelência contribuindo para a competitividade que possibilitou a conquista de títulos anuais em sequência. Os equívocos cometidos, mais precisamente em 2007 e alguns que possam ter acontecido em 2010, devem ser avaliados e servir como aprendizado.
Críticas, sugestões e opiniões contrárias as minhas sempre serão muito bem recebidas e avaliadas. Um bom debate à todos. Saudações esportivas e coloradas!
23 de dezembro de 2010
20 de dezembro de 2010
Debate: técnico do Inter em 2011
Por Luciano Bonfoco Patussi
20 de dezembro de 2010
A temporada 2011 já começou, pelo menos nos bastidores. No ano que se inicia, o Internacional terá pela frente a disputa do campeonato gaúcho, da Taça Libertadores da América, da Recopa Sul-Americana e do campeonato brasileiro. No caso de o time conquistar o título da Taça Libertadores novamente, o Colorado terá ainda o Mundial de Clubes pela frente. O momento de planejar a temporada que se inicia é fundamental. Elaborado de forma correta, o planejamento tende a facilitar as tomadas de decisão que deverão ocorrer nos momentos de turbulência do restante da temporada.
Será o início da gestão do presidente Giovanni Luigi e o Inter necessita manter o nível técnico dos últimos anos, sempre disputando os campeonatos com reais chances de vitória. Todo o planejamento deve levar em conta equívocos que, por ventura, tenham sido cometidos em outras oportunidades – os quais não vou descrever aqui, pois esse não é o intuito do presente tema exposto. Além disso, o time em campo precisa ter comando, padrão tático e alternativas diferenciadas, tanto no quesito das jogadas quanto da parte tática. É hora de decidir quem será o treinador do Internacional para o ano de 2011.
Celso Roth tem contrato com o Internacional até o final de dezembro de 2010. De fato, o treinador que venceu a Taça Libertadores deste ano tem um histórico de bons trabalhos por onde atuou profissionalmente, apesar de poucos títulos conquistados. A Taça Libertadores de 2010 foi o grande feito da carreira do treinador Celso Roth, o qual considero um bom profissional do futebol brasileiro.
Agora, deixarei minhas opiniões pessoais: é lógico que sou um torcedor e, independentemente de quem estiver na casamata comandando o time, vou torcer junto. Mas considerando a visão que tenho de fora do vestiário, levando em conta todos os momentos de Roth no Inter, desde o título continental, passando pela arrancada forte e posterior desleixo no campeonato brasileiro, e finalizando com a atuação do time no Mundial de Clubes, eu considero o início de uma nova temporada ser o momento ideal para uma mudança no comando da equipe. Posso estar equivocado, mas é nisso que creio.
Entretanto, a saída de Roth do comando técnico só deverá ocorrer no caso de o Inter conseguir qualificar mais o seu comando. Não é momento para apostas no comando técnico do time, visto que o momento é de concentração total, pois a Taça Libertadores 2011 será dificílima e terá grandes rivais na disputa. Voltando um pouco no tempo, vale lembrar que os anos da década de 1990 tiveram em Telê Santana, Luis Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo os maiores ícones do comando técnico de clubes brasileiros.
Já os anos da década de 2000 iniciaram com Luxemburgo e Felipão sendo os treinadores de primeira linha do nosso futebol. Era chegado o momento de uma grande renovação nos nomes dos comandantes das equipes brasileiras. Naturalmente, surgiram novos treinadores que passaram a fazer grandes trabalhos em solo nacional, aliando continuidade com resultados expressivos e sequenciais. Eis que surgiram:
Muricy Ramalho, que não sairá em 2011 do Fluminense, onde tem um grande contrato, um elenco forte e que pretende disputar para vencer todos os títulos de 2011; Mano Menezes, que devido aos bons trabalhos realizados, chegou à seleção brasileira, de onde não deverá sair tão cedo; Dorival Júnior, que é um técnico de futebol estudioso, inteligente e que cresce ano após ano, sempre conquistando títulos por onde trabalha, deixando sua marca positiva nos clubes por onde passou.
Dos três nomes acima citados, Dorival Júnior é o treinador com quem existiria reais possibilidades de negociação, embora o mesmo tenha contrato em vigor com o Atlético Mineiro, onde chegou em uma situação difícil e, com competência, auxiliou o time mineiro na fuga do rebaixamento, mostrando por qual motivo é admirado por boa parcela dos torcedores dos times brasileiros. Particularmente, em minhas análises realizadas um ou dois anos atrás, é possível notar que admiro o trabalho de Dorival Júnior antes mesmo de 2008, quando o profissional ainda não havia conquistado títulos de âmbito nacional. Mas, já naqueles tempos, seus trabalhos eram de reconhecida qualificação.
Este seria o nome do momento para comandar o Internacional: Dorival Júnior. Conversar com o profissional, mostrar um planejamento coeso e apresentar uma proposta de trabalho não é pecado, não é feio, tampouco antiético. Isso demonstraria que o Internacional está pensando muito grande, em se falando de títulos na temporada de 2011. Ter Dorival Júnior na casamata é garantia de títulos? Lógico que não. Essa analogia não deveria existir no futebol. Não é apenas um fator que define os resultados no futebol. É um conjunto. Mas, com Dorival Júnior no Inter, pelo menos haveria a garantia de ter no time um comandante que cresce, como profissional, ano após ano, buscando maior reconhecimento e títulos em sequência e em grande quantidade.
Além de Dorival Júnior, seria aceitável no comando do Inter o nome de Paulo César Carpeggiani, que atualmente está no São Paulo. Mas, com contrato em vigor com o Tricolor Paulista, dificilmente Carpeggiani sairia do time. Paulo Roberto Falcão, pelo que vejo em boatos lançados por parte da imprensa, deseja voltar com força para a casamata, investindo forte na carreira de treinador. Este seria outro nome extremamente válido, embora suas breves passagens anteriores, no lado de fora das quatro linhas, ainda não tenham resultado em títulos. Falcão entende de futebol, sabe como funciona o vestiário e é um nome de respeito. Diria que é um dos maiores nomes – isso se não for o maior – da história do Internacional. Em um elenco como o do Inter, com quatro ou cinco pontuais reforços dentro de campo, Falcão teria todas as ferramentas para a realização de um trabalho competente.
Esta é minha opinião, exposta para debate. Posso estar equivocado? Posso, afinal de contas, minha opinião é de fora do ambiente interno do clube. Críticas fundamentadas e opiniões serão muito bem recebidas. Sobre jogadores, reforços e dispensas do elenco, em breve farei uma análise e trarei para o conhecimento dos torcedores. Uma grande saudação para todos os leitores!
20 de dezembro de 2010
A temporada 2011 já começou, pelo menos nos bastidores. No ano que se inicia, o Internacional terá pela frente a disputa do campeonato gaúcho, da Taça Libertadores da América, da Recopa Sul-Americana e do campeonato brasileiro. No caso de o time conquistar o título da Taça Libertadores novamente, o Colorado terá ainda o Mundial de Clubes pela frente. O momento de planejar a temporada que se inicia é fundamental. Elaborado de forma correta, o planejamento tende a facilitar as tomadas de decisão que deverão ocorrer nos momentos de turbulência do restante da temporada.
Será o início da gestão do presidente Giovanni Luigi e o Inter necessita manter o nível técnico dos últimos anos, sempre disputando os campeonatos com reais chances de vitória. Todo o planejamento deve levar em conta equívocos que, por ventura, tenham sido cometidos em outras oportunidades – os quais não vou descrever aqui, pois esse não é o intuito do presente tema exposto. Além disso, o time em campo precisa ter comando, padrão tático e alternativas diferenciadas, tanto no quesito das jogadas quanto da parte tática. É hora de decidir quem será o treinador do Internacional para o ano de 2011.
Celso Roth tem contrato com o Internacional até o final de dezembro de 2010. De fato, o treinador que venceu a Taça Libertadores deste ano tem um histórico de bons trabalhos por onde atuou profissionalmente, apesar de poucos títulos conquistados. A Taça Libertadores de 2010 foi o grande feito da carreira do treinador Celso Roth, o qual considero um bom profissional do futebol brasileiro.
Agora, deixarei minhas opiniões pessoais: é lógico que sou um torcedor e, independentemente de quem estiver na casamata comandando o time, vou torcer junto. Mas considerando a visão que tenho de fora do vestiário, levando em conta todos os momentos de Roth no Inter, desde o título continental, passando pela arrancada forte e posterior desleixo no campeonato brasileiro, e finalizando com a atuação do time no Mundial de Clubes, eu considero o início de uma nova temporada ser o momento ideal para uma mudança no comando da equipe. Posso estar equivocado, mas é nisso que creio.
Entretanto, a saída de Roth do comando técnico só deverá ocorrer no caso de o Inter conseguir qualificar mais o seu comando. Não é momento para apostas no comando técnico do time, visto que o momento é de concentração total, pois a Taça Libertadores 2011 será dificílima e terá grandes rivais na disputa. Voltando um pouco no tempo, vale lembrar que os anos da década de 1990 tiveram em Telê Santana, Luis Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo os maiores ícones do comando técnico de clubes brasileiros.
Já os anos da década de 2000 iniciaram com Luxemburgo e Felipão sendo os treinadores de primeira linha do nosso futebol. Era chegado o momento de uma grande renovação nos nomes dos comandantes das equipes brasileiras. Naturalmente, surgiram novos treinadores que passaram a fazer grandes trabalhos em solo nacional, aliando continuidade com resultados expressivos e sequenciais. Eis que surgiram:
Muricy Ramalho, que não sairá em 2011 do Fluminense, onde tem um grande contrato, um elenco forte e que pretende disputar para vencer todos os títulos de 2011; Mano Menezes, que devido aos bons trabalhos realizados, chegou à seleção brasileira, de onde não deverá sair tão cedo; Dorival Júnior, que é um técnico de futebol estudioso, inteligente e que cresce ano após ano, sempre conquistando títulos por onde trabalha, deixando sua marca positiva nos clubes por onde passou.
Dos três nomes acima citados, Dorival Júnior é o treinador com quem existiria reais possibilidades de negociação, embora o mesmo tenha contrato em vigor com o Atlético Mineiro, onde chegou em uma situação difícil e, com competência, auxiliou o time mineiro na fuga do rebaixamento, mostrando por qual motivo é admirado por boa parcela dos torcedores dos times brasileiros. Particularmente, em minhas análises realizadas um ou dois anos atrás, é possível notar que admiro o trabalho de Dorival Júnior antes mesmo de 2008, quando o profissional ainda não havia conquistado títulos de âmbito nacional. Mas, já naqueles tempos, seus trabalhos eram de reconhecida qualificação.
Este seria o nome do momento para comandar o Internacional: Dorival Júnior. Conversar com o profissional, mostrar um planejamento coeso e apresentar uma proposta de trabalho não é pecado, não é feio, tampouco antiético. Isso demonstraria que o Internacional está pensando muito grande, em se falando de títulos na temporada de 2011. Ter Dorival Júnior na casamata é garantia de títulos? Lógico que não. Essa analogia não deveria existir no futebol. Não é apenas um fator que define os resultados no futebol. É um conjunto. Mas, com Dorival Júnior no Inter, pelo menos haveria a garantia de ter no time um comandante que cresce, como profissional, ano após ano, buscando maior reconhecimento e títulos em sequência e em grande quantidade.
Além de Dorival Júnior, seria aceitável no comando do Inter o nome de Paulo César Carpeggiani, que atualmente está no São Paulo. Mas, com contrato em vigor com o Tricolor Paulista, dificilmente Carpeggiani sairia do time. Paulo Roberto Falcão, pelo que vejo em boatos lançados por parte da imprensa, deseja voltar com força para a casamata, investindo forte na carreira de treinador. Este seria outro nome extremamente válido, embora suas breves passagens anteriores, no lado de fora das quatro linhas, ainda não tenham resultado em títulos. Falcão entende de futebol, sabe como funciona o vestiário e é um nome de respeito. Diria que é um dos maiores nomes – isso se não for o maior – da história do Internacional. Em um elenco como o do Inter, com quatro ou cinco pontuais reforços dentro de campo, Falcão teria todas as ferramentas para a realização de um trabalho competente.
Esta é minha opinião, exposta para debate. Posso estar equivocado? Posso, afinal de contas, minha opinião é de fora do ambiente interno do clube. Críticas fundamentadas e opiniões serão muito bem recebidas. Sobre jogadores, reforços e dispensas do elenco, em breve farei uma análise e trarei para o conhecimento dos torcedores. Uma grande saudação para todos os leitores!
15 de dezembro de 2010
Amores de verdade
Por Luciano Bonfoco Patussi
15 de dezembro de 2010
Não arriscarei uma tentativa de explicar o inexplicável, medir o imensurável e, tampouco, tocar o intangível. O Inter perdeu. Estou zonzo. A ficha ainda não caiu, pois acostumamo-nos a ganhar demais. E dizer isso não é arrogância. A seguir vocês entenderão. Já disse certa vez o jovem e talentoso escritor colorado Pitta, mais ou menos assim: “não torço pelo Inter devido as suas vitórias, nem mesmo por seus títulos. Um colorado opta pelo vermelho pela essência da camisa e pela história que representa o time da beira do rio”. É isso que me fez ser colorado. Não só eu. Todos nós!
Ser colorado é a maior dádiva que poderia ser proporcionada a qualquer torcedor, de qualquer continente, nos últimos tempos. O Inter decide títulos. Não ganha todos. Mas decide. Quem decide, tem chances reais de título. Qual torcedor não gostaria de fazer parte desta história? Pois bem, em determinadas vezes, é preciso algum tombo nos mostrar que somos mortais. E como é bom ser mortal! Todos já devem ter ouvido a célebre frase que diz: “quanto maior o coqueiro, maior é o tombo”. Pois é. Hoje, após derrota colorada para o congolês Mazembe, rivais se contorceram na tumba, fogos explodiram nos céus e cornetas foram ouvidas em todo o canto do mundo. É, povo colorado, o Inter é gigante! Seu escorregão causa orgias liberadas pelo mundo afora.
Entretanto, precisamos reconhecer: torcemos por um clube de raízes populares e humildes. Realmente, pelo que se viu dentro do gramado, o Inter não mereceu vencer. O time colorado foi ao mundial, carregado nos ombros de milhões de almas vermelhas, mas deixou a desejar. Preparação insuficiente? Planejamento equivocado? Tensão eleitoral? Insuficiência técnica? Isso não importa. Não mais interessa!
O que importa é que em 2010 o Internacional foi eliminado pelo Mazembe, da República Democrática do Congo, na fase semifinal do Mundial de Clubes. Isso será lembrado para sempre, tal qual aquela rasteira que o colorado levou do Juventude, em 1999. Parecida com aquela tragédia ocorrida contra o Olímpia, em 1989. Você foi “menos colorado” por tudo aquilo que aconteceu em determinado momento da história? Eu não fui. Você, tenho certeza, também não foi. Seu coloradismo foi reabastecido naqueles momentos!
Torcedor colorado, raciocine comigo: qual o clube que cresceu apenas com vitórias? Não foi o Inter. O Inter, que nasceu popular e humilde, tem de reaprender a lidar com a derrota. Não que ela deva ser costumeira, muito pelo contrário. Mas uma eventual derrocada servirá para que o Inter alcance novos horizontes, sem jamais esquecer sua história, sem sequer ousar apagar determinada decepção coletiva que possa ter ocorrido em determinado momento da nossa existência. Isso se justifica, até porque amores de verdade, vez ou outra, decepcionam. Mas se fortalecem. Já a palavra fiasco, esta tem outras cores, outra filosofia e outra história.
15 de dezembro de 2010
Não arriscarei uma tentativa de explicar o inexplicável, medir o imensurável e, tampouco, tocar o intangível. O Inter perdeu. Estou zonzo. A ficha ainda não caiu, pois acostumamo-nos a ganhar demais. E dizer isso não é arrogância. A seguir vocês entenderão. Já disse certa vez o jovem e talentoso escritor colorado Pitta, mais ou menos assim: “não torço pelo Inter devido as suas vitórias, nem mesmo por seus títulos. Um colorado opta pelo vermelho pela essência da camisa e pela história que representa o time da beira do rio”. É isso que me fez ser colorado. Não só eu. Todos nós!
Ser colorado é a maior dádiva que poderia ser proporcionada a qualquer torcedor, de qualquer continente, nos últimos tempos. O Inter decide títulos. Não ganha todos. Mas decide. Quem decide, tem chances reais de título. Qual torcedor não gostaria de fazer parte desta história? Pois bem, em determinadas vezes, é preciso algum tombo nos mostrar que somos mortais. E como é bom ser mortal! Todos já devem ter ouvido a célebre frase que diz: “quanto maior o coqueiro, maior é o tombo”. Pois é. Hoje, após derrota colorada para o congolês Mazembe, rivais se contorceram na tumba, fogos explodiram nos céus e cornetas foram ouvidas em todo o canto do mundo. É, povo colorado, o Inter é gigante! Seu escorregão causa orgias liberadas pelo mundo afora.
Entretanto, precisamos reconhecer: torcemos por um clube de raízes populares e humildes. Realmente, pelo que se viu dentro do gramado, o Inter não mereceu vencer. O time colorado foi ao mundial, carregado nos ombros de milhões de almas vermelhas, mas deixou a desejar. Preparação insuficiente? Planejamento equivocado? Tensão eleitoral? Insuficiência técnica? Isso não importa. Não mais interessa!
O que importa é que em 2010 o Internacional foi eliminado pelo Mazembe, da República Democrática do Congo, na fase semifinal do Mundial de Clubes. Isso será lembrado para sempre, tal qual aquela rasteira que o colorado levou do Juventude, em 1999. Parecida com aquela tragédia ocorrida contra o Olímpia, em 1989. Você foi “menos colorado” por tudo aquilo que aconteceu em determinado momento da história? Eu não fui. Você, tenho certeza, também não foi. Seu coloradismo foi reabastecido naqueles momentos!
Torcedor colorado, raciocine comigo: qual o clube que cresceu apenas com vitórias? Não foi o Inter. O Inter, que nasceu popular e humilde, tem de reaprender a lidar com a derrota. Não que ela deva ser costumeira, muito pelo contrário. Mas uma eventual derrocada servirá para que o Inter alcance novos horizontes, sem jamais esquecer sua história, sem sequer ousar apagar determinada decepção coletiva que possa ter ocorrido em determinado momento da nossa existência. Isso se justifica, até porque amores de verdade, vez ou outra, decepcionam. Mas se fortalecem. Já a palavra fiasco, esta tem outras cores, outra filosofia e outra história.
11 de dezembro de 2010
TP Mazembe: perfil histórico do adversário do Inter
Por Luciano Bonfoco Patussi
11 de dezembro de 2010
O município de Lubumbashi possui aproximadamente 1,2 milhão de habitantes. Localizada bem ao sudeste da República Democrática do Congo (ex-Zaire), Lubumbashi fica próxima a fronteira com Zâmbia, sendo a segunda cidade mais habitada da nação. A população total do país gira em torno de mais de 60 milhões de habitantes, sendo que estes dados são relativamente antigos e já devem ter sofrido alterações. A República Democrática do Congo tem aproximadamente 2.300.000 km² de extensão territorial. Sua capital, Kinshasa, possui cerca de 6,2 milhões de habitantes.
Lubumbashi, no cenário esportivo local, é conhecida por possuir dois grandes clubes de futebol da República Democrática do Congo: um deles é o TP Mazembe, campeão do campeonato congolês em dez oportunidades e campeão da Copa do Congo por cinco vezes. O outro grande clube da cidade é o FC Saint Eloi Lupopo, grande rival do TP Mazembe, campeão congolês seis vezes e campeão da Copa do Congo em uma oportunidade.
Ambos fazem parte do seleto grupo dos quatro maiores campeões de futebol do país. Os outros dois grandes clubes da República Democrática do Congo são o DC Motema Pembe e o AS Vita Club, ambos da capital Kinshasa. O primeiro, foi campeão congolês doze vezes. O segundo, venceu o campeonato nacional em onze oportunidades.
Em se falando de títulos no cenário continental, o confronto dos clubes da capital Kinshasa contra a tradicional cidade de Lubumbashi apresenta ampla vantagem para a segunda. Para Kinshasa, o AS Vita Club obteve a conquista da Liga dos Campeões da África em 1973. Para Lubumbashi, os títulos continentais são todos do TP Mazembe: 1967, 1968, 2009 e 2010.
Sediado em uma cidade com número de habitantes equivalente a 80% dos moradores da capital gaúcha e situado no 12º maior país do mundo em área territorial - equivalente a pouco mais de oito vezes o tamanho do território do Rio Grande do Sul - o TP Mazembe eliminou o Pachuca do México do Mundial de Clubes da FIFA de 2010. Seu próximo adversário é o Internacional, que está em busca do bicampeonato mundial.
Pelo que se viu do confronto contra o Pachuca, o Todo Poderoso Mazembe, como o alvinegro de Lubumbashi é conhecido em sua terra, tem uma equipe que busca o ataque com jogadas aprofundadas e que não perdoa espaços para o chute a gol: seus jogadores arriscam a conclusão da jogada de qualquer parte do campo, sem medo de ser feliz.
Nesta análise de apenas uma partida, é possível perceber ainda que, eliminando espaços e exercendo pressão na saída de bola, o Inter terá grandes chances de roubar a bola perto da zona de conclusão, confundindo a defesa adversária, que não possui jogadores de maior qualidade técnica. Entretanto, no campo de defesa e sem a posse da bola, o TP Mazembe procura voltar todos os seus jogadores, a fim de encurtar espaços, dificultando o toque de bola.
Entretanto, uma partida é pouco para se ter uma análise mais próxima da realidade, em relação a uma equipe desconhecida dos brasileiros. Conhecida e multicampeã no Congo, o TP Mazembe se diz azarão no mundial. Mas merece respeito e é dessa forma que será tratado pelo Inter: com respeito. É assim o Inter irá agir. É assim que o Clube do Povo, anseiam seus milhões de apaixonados torcedores, obterá a classificação para a decisão do Mundial de Clubes de 2010.
Prepare-se, torcedor colorado! Acabaram-se as noites. Todos em claro. Cada segundo passará a ser minutos, cada minuto se tornará horas! Em pouco tempo, ao som da maravilhosa canção que representa o Hino da FIFA, o Internacional e seu bravo adversário estarão perfilados, entrando no gramado, em busca da realização de mais um sonho! Haja coração!
Terça-feira, 14 de dezembro de 2010, 14 horas (Horário de Brasília-DF), SEMIFINAL DO MUNDIAL DE CLUBES 2010: Sport Club Internacional x TP Mazembe
O INTER É O BRASIL NO MUNDIAL DE CLUBES!
6 de dezembro de 2010
Sucesso no pleito eleitoral colorado
Por Luciano Bonfoco Patussi
6 de dezembro de 2010
No dia da votação para eleger o presidente e para renovar parte do conselho deliberativo do Internacional, houve um comportamento pacífico, tranquilo e cordial de todas as partes envolvidas. Assim transcorreu a maior eleição de clubes de futebol do Brasil. Sempre inovando, o Internacional mais uma vez foi exemplo a ser seguido. Além disso, podemos destacar que é muito bom para o torcedor colorado ter, como opções de candidatos à presidência, pessoas qualificadas, tais como Giovanni Luigi, Sandro Farias e Pedro Affatato.
O resultado das urnas, mais uma vez, mostrou a vontade da maioria da torcida e dos associados do clube. Agora, o pensamento de todos os colorados deve ser transferido para Abu Dhabi, onde dentro de alguns dias o Internacional lutará pelo bicampeonato mundial de futebol. Abaixo, os números oficiais da maior eleição de clubes de futebol do Brasil:
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL (BIÊNIO 2011-2012)
Giovanni Luigi (Chapa 3) = 13.000 votos (77,6 %)
Eleito presidente do Sport Club Internacional
Pedro Affatato (Chapa 1) = 3.756 votos (22,4 %)
RENOVAÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO
Chapa 3 = 9.745 votos (57,9 %)
Elegeu 87 conselheiros
Chapa 2 = 4.407 votos (26,2 %)
Elegeu 39 conselheiros
Chapa 1 = 2.669 votos (15,9 %)
Elegeu 24 conselheiros
6 de dezembro de 2010
No dia da votação para eleger o presidente e para renovar parte do conselho deliberativo do Internacional, houve um comportamento pacífico, tranquilo e cordial de todas as partes envolvidas. Assim transcorreu a maior eleição de clubes de futebol do Brasil. Sempre inovando, o Internacional mais uma vez foi exemplo a ser seguido. Além disso, podemos destacar que é muito bom para o torcedor colorado ter, como opções de candidatos à presidência, pessoas qualificadas, tais como Giovanni Luigi, Sandro Farias e Pedro Affatato.
O resultado das urnas, mais uma vez, mostrou a vontade da maioria da torcida e dos associados do clube. Agora, o pensamento de todos os colorados deve ser transferido para Abu Dhabi, onde dentro de alguns dias o Internacional lutará pelo bicampeonato mundial de futebol. Abaixo, os números oficiais da maior eleição de clubes de futebol do Brasil:
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL (BIÊNIO 2011-2012)
Giovanni Luigi (Chapa 3) = 13.000 votos (77,6 %)
Eleito presidente do Sport Club Internacional
Pedro Affatato (Chapa 1) = 3.756 votos (22,4 %)
RENOVAÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO
Chapa 3 = 9.745 votos (57,9 %)
Elegeu 87 conselheiros
Chapa 2 = 4.407 votos (26,2 %)
Elegeu 39 conselheiros
Chapa 1 = 2.669 votos (15,9 %)
Elegeu 24 conselheiros
1 de dezembro de 2010
Opinião: o futuro nas mãos do associado colorado
Por Luciano Bonfoco Patussi
01º de dezembro de 2010
O espaço www.inter-clubedopovo.blogspot.com se destina a publicação de textos que elaboro, com o intuito de divulgar e engrandecer a entidade Sport Club Internacional, procurando também ler opiniões e críticas tecidas ao trabalho exposto. Dito isso, é importante ressaltar que o clube vive um momento ímpar em sua história. Mais do que estarmos às vésperas da disputa do título do Mundial de Clubes da FIFA de 2010, o Internacional terá o pleito decisivo que elegerá o presidente do clube para o biênio 2011 e 2012 e, mais ainda, renovará parte do conselho deliberativo da entidade. A votação promete ser a maior já realizada por um clube de futebol no Brasil.
Com isso, o Internacional inova mais uma vez. Além disso, o pioneirismo colorado permitirá, ao sócio colorado das plagas mais distantes do planeta, votar por correspondência sem ter quaisquer custos financeiros, aumentando assim a democracia que envolve a história e a existência do Clube do Povo. Aliás, todos os torcedores que votam de fora do Rio Grande do Sul e de fora do Brasil, já devem ter preenchido sua carta-resposta, com o seu voto, e dirigido o mesmo a uma agência dos Correios.
Em caráter de opinião pessoal, e posso ser questionado sem quaisquer problemas sobre isso, vejo muitas diferenças do atual estágio do Internacional em relação a ele mesmo, no que tange os envolvidos na disputa presidencial do clube. Tanto Giovanni Luigi quanto Pedro Affatato são, acima de tudo, colorados, que em determinado momento lutaram juntos no dia a dia do clube, buscando lado a lado o crescimento e o reconhecimento da entidade, algo que era inimaginável com a incompetência administrativa e o caos político que reinavam no Internacional cerca de vinte e poucos anos atrás.
Pois bem, ambos os candidatos citados, mais o jovem e promissor Sandro Farias, derrotado no primeiro turno da eleição presidencial, me parecem ser, além de colorados, pessoas muito competentes. Tenho uma boa imagem formada em relação aos três colorados citados. Isso engrandece o clube. Aliás, quem sou eu para insinuar ou imaginar que alguém, que trabalhou em conjunto pelo crescimento do Inter, é incompetente? Todos sabem que a teoria é diferente da prática. Na prática, as coisas são muito mais difíceis do que parecem ser.
Após avaliar este ponto, decidi meu voto, nas eleições do Inter, em favor de Giovanni Luigi e da Chapa 3 para o conselho deliberativo. Por qual motivo? Sinceramente, enquanto torcedor e sócio colorado, tenho receio de que um novo atrito político possa imperar no clube, fazendo o Internacional cair de produção em todos os aspectos, da mesma forma que ocorreu no início da década de 1980. A campanha eleitoral do grupo liderado por Pedro Affatato passou, boa parte do tempo, fazendo comparativos, colocando Giovanni Luigi como sendo um candidato de menor competência para gerir o Internacional. Isso não é bom para o clube.
Ao invés de priorizar a apresentação de propostas coerentes e de acordo com a realidade, a Chapa 1 preferiu, em determinado momento, diminuir a imagem em relação a competência de pessoas que, até pouco tempo atrás, faziam parte da mesma corrente política. Os antigos “parceiros” passaram a ser avaliados e a ter “menos competência”, segundo o ponto de vista do grupo político liderado por Affatato. O clima ficou tenso no clube e, ainda bem, isso não influenciou dentro de campo, onde foi possível conquistar a Libertadores da América.
Entretanto, e é importante o sócio saber disso, já naqueles tempos de luta pela conquista da América, havia uma certa tensão política no ambiente interno do clube, pois alguns poucos dos que ainda fazem parte da atual gestão, já buscavam um posicionamento político contrário ao grupo presidido por Vitório Píffero. Já se previa um racha no grupo da situação. Por qual motivo isso aconteceu?
Até alguns anos atrás, eu cogitava votar em Pedro Affatato para presidente, caso um dia ele viesse a concorrer ao maior cargo eletivo do Inter. Mas da forma como os fatos se desdobraram e do modo como a campanha dele foi baseada, confesso que fiquei decepcionado. Espero apenas que a tensão causada dentro do clube, por esse racha político, não influencie o time colorado dentro de campo, na disputa do Mundial de Clubes, na metade deste mês.
Pedro Affatato poderia, com tranquilidade e com competência, ser candidato à presidência do Internacional em um momento próximo, talvez no biênio 2013 e 2014, e assim todos os grupos políticos que hoje ainda compõem a direção do Internacional poderiam seguir trabalhando juntos pelo clube, o que aumentaria a força e a competência do conjunto. Por todos esses motivos, meu voto será na Chapa 3, a chapa que tem o apoio de Fernando Carvalho e que conta com Giovanni Luigi como candidato a liderar a instituição rumo aos próximos desafios.
É sempre importante lembrar: é muito difícil se chegar ao topo. Mais difícil ainda é se manter lá. O Inter, sob esta liderança e com muitos colaboradores, chegou ao topo e pretende se manter competitivo. Infelizmente, o grupo comandado por Pedro Affatato optou por se separar da situação em um momento importante da história do clube, às vésperas da disputa do Mundial de Clubes da FIFA de 2010.
ALGUNS LEMBRETES IMPORTANTES
Diretrizes elaboradas para 2009 e 2010, defendidas pela chapa encabeçada por Vitório Píffero, que concorreu e venceu o pleito presidencial ao final de 2008:
• Continuar lutando para tentar ganhar pelo menos um título por temporada.
• Executar a cobertura e modernização do estádio e iniciar o Projeto Gigante para Sempre.
• Realizar o Centenário de Todo Mundo.
• Atingir os 100.000 sócios e “pintar” o Rio Grande de vermelho.
• Continuar a profissionalização do clube.
• Continuar elevando as receitas do clube.
• Continuar nossa Política de Comunicação, cada vez mais forte junto ao sócio e ao torcedor.
• Continuar sendo referência como Responsabilidade Social.
Vemos que, fora a questão da execução das obras do estádio e do projeto Gigante para Sempre, que estão em visível andamento, o restante das diretrizes foram cumpridas, ou pelo menos houve sequência no trabalho de forma aceitável e satisfatória.
Principais propostas de atuação da Chapa 3, encabeçada por Giovanni Luigi, para o biênio 2011 e 2012:
• Futebol como prioridade: o Inter sempre decidindo os grandes títulos.
• Fábrica de craques: novo centro de treinamento para fortalecer a base.
• Integração de profissionais e base: proximidade e troca de informações.
• Contratações com critério: investimento em atletas de futuro promissor.
• Planejamento acima de tudo: decisões com estratégia técnica e política.
• Finanças e administração: qualificação e avaliação constante da gestão.
• A marca Inter: fortalecimento do marketing e das relações internacionais.
• Relação com sócios: aproximação e novas vantagens aos associados.
• Patrimônio: transparência e eficiência nas obras para a Copa do Mundo de 2014.
• FECI e Interagir: união dos projetos sociais para maiores resultados.
• Inclusão política: um clube vencedor se faz com todos seus conselheiros, sócios e torcedores.
Meu desejo é que ocorra a realização de um grande e memorável pleito eleitoral, que será o símbolo da democracia colorada. Finalizando, conclamo a todos os leitores e os sócios colorados para o debate de ideias e, mais do que isso, convido à todos para votar na chapa apoiada por Fernando Carvalho, a Chapa 3, encabeçada por Giovanni Luigi. Luigi promete lutar, caso seja eleito, pela pacificação política do clube, bem como trabalhar para possibilitar a realização das propostas acima expostas, de forma real e competente, sem pirotecnia.
Se você ainda não votou por correspondência, compareça ao ginásio Gigantinho, munido da carteira de sócio e de documento de identidade com foto, no dia 4 de dezembro, das 9 às 17 horas, e deposite seu voto nas urnas. Confira se você está habilitado a votar através das informações do website: www.internacional.com.br
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