Parece que voltamos no tempo. Há dois anos, passávamos madrugadas em claro, aguardando ansiosamente cada nova partida do Internacional pela disputa da Copa Libertadores 2006. Líamos notícias na Internet, participávamos de debates entre colorados. Em outras palavras, buscávamos a tranqüilidade no pensamento positivo de nossos irmãos vestidos de vermelho e sedentos de vitória.
Naquela oportunidade, os colorados das mais novas gerações ansiavam por uma importante conquista. Aquela conquista seria um marco, um ícone. A ida do Internacional para a disputa do mundial interclubes daquela temporada era, em um primeiro momento, um mero e irrelevante detalhe. A classificação do Inter para o mundial deveria ocorrer de uma forma suada, porém suprema. O Inter precisava de um título. O Inter precisava ser campeão. E foi com este pensamento que boa parte da torcida colorada, naquela outra semifinal, torceu pelo São Paulo. Isso porque caso o Chivas Guadalajara fosse à decisão, o Internacional já jogaria a final da Copa Libertadores classificado para o campeonato mundial ao final de 2006. Por outro lado, jogar o campeonato mundial interclubes, após uma derrota frustrante para pelo menos três gerações de apaixonados torcedores, nos daria a sensação de estarmos ocupando um lugar que, por méritos e merecimento, seria de outro.
Tamanha era a sede de vitória colorada, que preferíamos jogar a decisão da Libertadores, precisando ser campeão, para ir ao mundial. Se fôssemos derrotados, não nos interessava ir ao Japão. O Inter precisava dar ao seu torcedor momentos como aqueles, que foram bem vividos nas noites e madrugadas que passamos em claro em 2006. Com nosso pensamento transformado em um ímã, “atraímos” o São Paulo para a “armadilha” da decisão, deixando o confronto contra o Chivas Guadalajara, momentaneamente, adiado. Adiado pela história. Adiado para o bem e para a beleza de nossa história!
E chegou o momento. Junto com o América, o Chivas de Guadalajara é um dos dois mais queridos clubes do México. América e Chivas podem ser considerados uma espécie de “Corinthians e Flamengo mexicanos”, em se falando de popularidade. Este querido país, habitado por um povo simpático, hospitaleiro e apaixonado por futebol – inclusive pelo brasileiro, receberá a primeira partida da semifinal da Copa Sul-Americana de 2008. Os mexicanos vão literalmente “parar” para ver um de seus mais tradicionais clubes jogar. E por outro lado, metade do Rio Grande e boa parte do Brasil estarão “grudados” na telinha e no radinho, em busca da realização de mais um sonho.
Copa Sul-Americana 2008, Guadalajara, México: Chivas e Internacional.
“Ahora es la guerra! Fuerza, Inter!”
Luciano Bonfoco Patussi
11 de novembro de 2008
www.supremaciacolorada.com
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Um comentário:
Luciano, seu texto está muito bom! Você compreendeu bem a situação do Inter de 2006 para cá e a importância dessa vitória. Gostei da comparação que faz com o que ocorreu em 2006. Agora realmente é guerra, e é hora de o Inter partir para cima com tudo! Vamos lá! Abraços, Marco Antônio Bomfoco
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