A vitória do Internacional sobre o Barueri pode tornar-se, no longo prazo, decisiva. Assim como em caso de empate ou derrota estaríamos comentando sobre a perda de mais alguns pontos decisivos em casa. Nesta quarta-feira, após uma "revolução" proporcionada e comandada por Fernando Carvalho no vestiário colorado, o Internacional venceu o Barueri, do interior paulista, por três gols a dois. Pode parecer simples, mas não foi. Foi uma vitória dificílima, assim como quem escreve esta crônica, particularmente, esperava.
O Internacional vinha de derrotas, derrotas e derrotas. Teve empate entre elas. Mas as derrotas eram preponderantes. A queda de produção era visível e alarmante. Os fracassos colocam em dúvida qualquer trabalho. E com o time colorado não é diferente. Nesta quarta-feira, em pouco tempo, o Inter marcou seus dois gols contra o Barueri ainda no primeiro tempo. O primeiro motivo de comemoração do torcedor que compareceu ao Beira-Rio ocorreu em lance de oportunismo de Alecsandro, que em um tropeço do goleiro adversário, marcou o primeiro gol do Internacional. Após cruzamento de Andrezinho na área, o camisa 9 colorado pulou mais que o goleiro adversário e, na pequena área, fez Inter um a zero. O segundo gol não demorou e foi marcado por Andrezinho. O meio-campista, após cobrança de falta precisa no canto esquerdo do goleiro paulista, fez Inter dois a zero, em um bonito e importante gol.
O Inter esteve vencendo alguns jogos neste campeonato brasileiro por dois a zero, e caído de produção no segundo tempo. Foi assim contra Fluminense e São Paulo. Foi novamente assim contra o Barueri. Dramaticidade até o final da partida. Ainda no final do primeiro tempo, após rebote do goleiro Michel Alves em cobrança de fata de Márcio Careca, o volante Sandro marcou contra, após "bate rebate" dentro da área. Inter dois, Barueri um. Inicou-se o segundo tempo e o jogo foi lá e cá. Jogo feio, para quem queria espetáculo. E, particularmente falando, quem quisesse espetáculo em "Inter em crise técnica" contra "pequeno e organizado Barueri", que ficasse em casa. Inter em má fase técnica contra o Barueri, espera-se esforço ao máximo. Jamais grande técnica. E assim foi. Assim o Barueri empatou. Próximo aos trinta e cinco minutos do segundo tempo, após cobrança de falta de Ewerton, Michel Alves falhou, espalmando a bola para dentro da grande área. Com a maioria de jogadores do Barueri no lance, Franciscatti cruzou e o zagueiro André Luís empatou o jogo.
Aí o Inter foi pra cima. Em uma alteração completamente ousada para os padrões adotados pelo Sr. Adenor Bacchi, o Inter substituiu Bolívar por Leandrão. Não que Leandrão seja uma peça fundamental ao time. Mas só a alteração de um lateral-direito por um centroavante, na atual conjuntura imposta por Tite a sua equipe, já é de se louvar. A alteração não foi fundamental no placar. Mas o Inter venceu. Próximo ao final da partida, em nova cobrança de falta precisa, Andrezinho colocou a bola no travessão, próximo ao ângulo esquerdo do goleiro do Barueri. Caído, o arqueiro pouco pode fazer quando o uruguaio Sorondo pegou o rebote para sacramentar o placar: Inter três. Barueri, apenas dois.
Andrezinho, que pelo colunista que vos escreve, desde o início do ano têm sido taxado de décimo segundo titular do Inter, aos pouquinhos, vai trabalhando e mostrando ser um dos jogadores com mais vontade de jogar. Assim foi, inclusive, no Gre-Nal. Andrezinho, naquela ocasião, foi muito mal. Errou tudo: passes, chutes, marcação. Mas foi melhor que muitos jogadores colorados naquele momento. Mostrou vontade. Assim se forma um novo titular. Aos poucos. E tomara que siga assim. Mostrando produtividade. E que assim siga, titular e decidindo jogos. Coisa que outros não em feito. Outros de quem se espera muito e ainda se acredita.
Tomara, para o torcedor colorado, que este grupo esteja tomando, aos poucos, forma de time. Forma de time campeão! Nesta noite, foram conquisados três pontos dourados. Ao final do ano, eles não significarão nada. Ou significarão vaga na Libertadores. Ou então, se nos permitirmos sonhar mais alto, após grande arrancada, poderão significar o sonho de campeão brasileiro sendo realizado pelo torcedor do Inter. Resta esperar para ver!
29 de julho de 2009
23 de julho de 2009
APELO: FICA, NILMAR!
Por Luciano Bonfoco Patussi
23 de Julho de 2009
Prezado Nilmar! Antes do empate do Inter contra o São Paulo, pelo campeonato brasileiro de 2009, o que mais se destacava na imprensa era a notícia de que você havia rechaçado uma proposta do Wolfsburg, atual campeão alemão. "Golaço" marcado por ti, caro Nilmar! O Wolfsburg é um clube médio, sem qualquer grande tradição em competições como o campeonato alemão e a Liga dos Campeões da Europa. O Wolfsburg é o atual campeão alemão. E daí? Qual o problema? Finalmente alcançou o maior título que será possível, para ele, nos próximos cinquenta ou cem anos. O Wolfsburg é médio. É campeão alemão. Mas é médio. Grande, na Alemanha, são o Bayern de Munique, o Borússia Dortmund, o Werder Bremen, o próprio Hamburgo, o Schalke 04, o Stuttgart e o Borússia Monchengladbach. Entre outros. O Wolfsburg é médio.
Após o empate com o São Paulo pelo campeonato brasileiro, é forte a notícia - por parte da imprensa - de que você está de partida para o Villarreal. Nilmar, o Villarreal é médio. Na Espanha, ele não é mais do que médio. O Villarreal foi um dos responsáveis por mandar Riquelme de volta para a América do Sul, para conquistar uns dezenove ou quem sabe vinte e sete títulos com o Boca Juniors. Se hoje o Villarreal vai bem em nível nacional ou até continental, isso não significa que o clube é grande. A sua administração pode ser boa. Mas o clube é médio. Menor que os gigantes Barcelona e Real Madrid. Bem menor que os grandes Atlético de Madrid, Valência, Atlethic Bilbao, Real Sociedad, Sevilla, Real Betis, La Coruña e Espanyol. Se você, Nilmar, acreditar que está indo para o terceiro ou quarto maior clube do futebol espanhol, digo com a maior convicção do planeta: você estará errado! Será um erro grotesco! Tão grotesco quanto ter partido, anos atrás, para o Lyon, multi-campeão francês e médio clube europeu.
Nilmar, ouvimos declarações colocadas pela imprensa, dizendo que você coloca o Villarreal como o terceiro ou quarto maior clube espanhol. Só queria esclarecer que, caso você pense isso, está completamente equivocado. O seu lugar é no Gigante da Beira-Rio. Mas o que você escolher, será bem escolhido e apoiado pela grande maioria. Tanto por minha pessoa, quanto pela maioria do torcedor colorado. Mas fica dado o recado. Agora é contigo, goleador!
Fica, Nilmar!
Força, Inter!
23 de Julho de 2009
Prezado Nilmar! Antes do empate do Inter contra o São Paulo, pelo campeonato brasileiro de 2009, o que mais se destacava na imprensa era a notícia de que você havia rechaçado uma proposta do Wolfsburg, atual campeão alemão. "Golaço" marcado por ti, caro Nilmar! O Wolfsburg é um clube médio, sem qualquer grande tradição em competições como o campeonato alemão e a Liga dos Campeões da Europa. O Wolfsburg é o atual campeão alemão. E daí? Qual o problema? Finalmente alcançou o maior título que será possível, para ele, nos próximos cinquenta ou cem anos. O Wolfsburg é médio. É campeão alemão. Mas é médio. Grande, na Alemanha, são o Bayern de Munique, o Borússia Dortmund, o Werder Bremen, o próprio Hamburgo, o Schalke 04, o Stuttgart e o Borússia Monchengladbach. Entre outros. O Wolfsburg é médio.
Após o empate com o São Paulo pelo campeonato brasileiro, é forte a notícia - por parte da imprensa - de que você está de partida para o Villarreal. Nilmar, o Villarreal é médio. Na Espanha, ele não é mais do que médio. O Villarreal foi um dos responsáveis por mandar Riquelme de volta para a América do Sul, para conquistar uns dezenove ou quem sabe vinte e sete títulos com o Boca Juniors. Se hoje o Villarreal vai bem em nível nacional ou até continental, isso não significa que o clube é grande. A sua administração pode ser boa. Mas o clube é médio. Menor que os gigantes Barcelona e Real Madrid. Bem menor que os grandes Atlético de Madrid, Valência, Atlethic Bilbao, Real Sociedad, Sevilla, Real Betis, La Coruña e Espanyol. Se você, Nilmar, acreditar que está indo para o terceiro ou quarto maior clube do futebol espanhol, digo com a maior convicção do planeta: você estará errado! Será um erro grotesco! Tão grotesco quanto ter partido, anos atrás, para o Lyon, multi-campeão francês e médio clube europeu.
Nilmar, ouvimos declarações colocadas pela imprensa, dizendo que você coloca o Villarreal como o terceiro ou quarto maior clube espanhol. Só queria esclarecer que, caso você pense isso, está completamente equivocado. O seu lugar é no Gigante da Beira-Rio. Mas o que você escolher, será bem escolhido e apoiado pela grande maioria. Tanto por minha pessoa, quanto pela maioria do torcedor colorado. Mas fica dado o recado. Agora é contigo, goleador!
Fica, Nilmar!
Força, Inter!
20 de julho de 2009
QUANDO A "CONVICÇÃO" TORNA-SE "BURRA"
Por Luciano Bonfoco Patussi
19 de Julho de 2009
Título idiota para uma crônica, de minha parte. Assumo meu erro. Erro previsível. Tão previsível quanto as últimas atuações do Internacional. Não poderia ser diferente. O Inter comandado por Tite venceu a Copa Sul-Americana brilhantemente em 2008. O Sr. Adenor Bacchi também recuperou o time no certame nacional do ano passado, onde apesar de alguns tropeços, chegou em sexto lugar, após início cambaleante. No campeonato gaúcho deste ano, atuações que lembraram aos mais empolgados torcedores o Rolo Compressor da década de 1940. Mas o Inter já não é mais o mesmo time do campeonato estadual. Não era mais o time com a mesma união e o mesmo ímpeto, já lá nas quartas-de-finais da Copa do Brasil. O colorado inexistiu no jogo do Maracanã contra o Flamengo, depois quase foi eliminado pelo Coritiba e, na sequência, foi vencido pelo Corinthians que foi o campeão do Brasil. Alheio a isso, a perda da Recopa para a LDU e mais derrotas com reação deprimente, frente ao fraco Atlético Paranaense e ao esforçado Grêmio trazem a tona a questão: será a hora do "fato novo" acontecer?
O "fato novo", todos sabem, seria a troca do comando técnico. Eu sou uma das pessoas que mais abomina a troca de treinador em meio a uma competição. A grande maioria dos times que são campeões do campeonato brasileiro, não trocam o treinador no meio da competição. Eu acho que isso jamais deveria ser a melhor alternativa. Mas certas vezes, é pior prosseguir em algo que começou a cambalear, que segue declinante e que tende a terminar pateticamente. O Inter hoje é um arremedo de time. Tem jogadores muito bons. Mas o time tem somente duas jogadas: ou é o contra-ataque, quando se consegue encaixar. Neste caso, entende-se melhor, é lançamento para o ataque e o Nilmar que resolva; ou então são tabelas manjadas pelo meio de campo, que não levam a lugar algum. É fácil marcar um time que joga somente pelo meio-campo. E o Inter não tem jogadas pelas laterais. O Inter tornou-se previsível. Digo novamente, o Inter sequer tem laterais. Kleber está em uma fase técnica difícil. Tem bom histórico, é bom lateral. Mas não está rendendo. Será culpa de quem? Mas e o lateral-direito? Bom, o lateral-direito, a torcida está no aguardo da contratação até hoje. Hoje, no Gre-Nal, vimos a deficiência do setor: próximo ao final do jogo, Tite teve a chance de criar um "fato novo". Sacou Bolívar do time. Em seu lugar, entrou Danilo Silva. Vitória inquestionável do Grêmio.
Estamos em julho. Próximos a agosto. A convicção em um trabalho é importante. Mas certas vezes, são necessárias mudanças. Após aquela derrota para a LDU do Equador, eu havia deixado qualquer análise para o dia seguinte. Eu aguardei, pois torcia por uma resposta positiva do time de Tite nos próximos dois ou três jogos. Mas o que aconteceu nos próximos jogos? Veio uma derrota patética e ridícula para o fraco time do Atlético Paranaense; uma vitória no sufoco contra o cambaleante e deprimente Fluminense; e para finalizar, uma derrota em um clássico, onde sabemos, há pelo menos seis ou sete anos, o Internacional está muito mais organizado do que o seu maior rival, para fazer um futebol decente. Até pode-se perder, em se tratando de clássico. É admissível. Não se vence sempre. E em tempo, o Grêmio mereceu o resultado e a vitória de virada por dois a um, pois foi mais time. Muito mais. Mas perder "se arrastando" em campo, outra vez, em um curto espaço de tempo, é imperdoável. É inadmissível.
Nada conta a pessoa Tite. Quem o conhece - e não o conheço - fala muito bem dele. Adenor Bacchi é profissional, trabalhador e dedicado. Mas os resultados sumiram. Despencaram. E futebol vive de resultados. É hora de mudança, definitivamente. Muricy Ramalho e Carlos Alberto Parreira, só para citar os mais capacitados, estão no mercado, livres e sem clube. Eles devem estar com muita vontade de terminar o ano de 2009 comemorando o título de campeão brasileiro.
19 de Julho de 2009
Título idiota para uma crônica, de minha parte. Assumo meu erro. Erro previsível. Tão previsível quanto as últimas atuações do Internacional. Não poderia ser diferente. O Inter comandado por Tite venceu a Copa Sul-Americana brilhantemente em 2008. O Sr. Adenor Bacchi também recuperou o time no certame nacional do ano passado, onde apesar de alguns tropeços, chegou em sexto lugar, após início cambaleante. No campeonato gaúcho deste ano, atuações que lembraram aos mais empolgados torcedores o Rolo Compressor da década de 1940. Mas o Inter já não é mais o mesmo time do campeonato estadual. Não era mais o time com a mesma união e o mesmo ímpeto, já lá nas quartas-de-finais da Copa do Brasil. O colorado inexistiu no jogo do Maracanã contra o Flamengo, depois quase foi eliminado pelo Coritiba e, na sequência, foi vencido pelo Corinthians que foi o campeão do Brasil. Alheio a isso, a perda da Recopa para a LDU e mais derrotas com reação deprimente, frente ao fraco Atlético Paranaense e ao esforçado Grêmio trazem a tona a questão: será a hora do "fato novo" acontecer?
O "fato novo", todos sabem, seria a troca do comando técnico. Eu sou uma das pessoas que mais abomina a troca de treinador em meio a uma competição. A grande maioria dos times que são campeões do campeonato brasileiro, não trocam o treinador no meio da competição. Eu acho que isso jamais deveria ser a melhor alternativa. Mas certas vezes, é pior prosseguir em algo que começou a cambalear, que segue declinante e que tende a terminar pateticamente. O Inter hoje é um arremedo de time. Tem jogadores muito bons. Mas o time tem somente duas jogadas: ou é o contra-ataque, quando se consegue encaixar. Neste caso, entende-se melhor, é lançamento para o ataque e o Nilmar que resolva; ou então são tabelas manjadas pelo meio de campo, que não levam a lugar algum. É fácil marcar um time que joga somente pelo meio-campo. E o Inter não tem jogadas pelas laterais. O Inter tornou-se previsível. Digo novamente, o Inter sequer tem laterais. Kleber está em uma fase técnica difícil. Tem bom histórico, é bom lateral. Mas não está rendendo. Será culpa de quem? Mas e o lateral-direito? Bom, o lateral-direito, a torcida está no aguardo da contratação até hoje. Hoje, no Gre-Nal, vimos a deficiência do setor: próximo ao final do jogo, Tite teve a chance de criar um "fato novo". Sacou Bolívar do time. Em seu lugar, entrou Danilo Silva. Vitória inquestionável do Grêmio.
Estamos em julho. Próximos a agosto. A convicção em um trabalho é importante. Mas certas vezes, são necessárias mudanças. Após aquela derrota para a LDU do Equador, eu havia deixado qualquer análise para o dia seguinte. Eu aguardei, pois torcia por uma resposta positiva do time de Tite nos próximos dois ou três jogos. Mas o que aconteceu nos próximos jogos? Veio uma derrota patética e ridícula para o fraco time do Atlético Paranaense; uma vitória no sufoco contra o cambaleante e deprimente Fluminense; e para finalizar, uma derrota em um clássico, onde sabemos, há pelo menos seis ou sete anos, o Internacional está muito mais organizado do que o seu maior rival, para fazer um futebol decente. Até pode-se perder, em se tratando de clássico. É admissível. Não se vence sempre. E em tempo, o Grêmio mereceu o resultado e a vitória de virada por dois a um, pois foi mais time. Muito mais. Mas perder "se arrastando" em campo, outra vez, em um curto espaço de tempo, é imperdoável. É inadmissível.
Nada conta a pessoa Tite. Quem o conhece - e não o conheço - fala muito bem dele. Adenor Bacchi é profissional, trabalhador e dedicado. Mas os resultados sumiram. Despencaram. E futebol vive de resultados. É hora de mudança, definitivamente. Muricy Ramalho e Carlos Alberto Parreira, só para citar os mais capacitados, estão no mercado, livres e sem clube. Eles devem estar com muita vontade de terminar o ano de 2009 comemorando o título de campeão brasileiro.
16 de julho de 2009
[OFF] O MAESTRO VESTE 11
Eu assisti o maestro em campo. Ao vivo. Muitos viram. Muitos "Verón". Não lembro se na época ele já carregava o 11 às costas. Acredito que sim. Mas tempos depois, quando o vi novamente - desta vez pela televisão, ele trajava a camisa 11. Tenho certeza disso. Ela tinha listras verticais. Umas vermelhas. Outras, brancas. Naquela noite em que o vi jogar, das arquibancadas, ele fez o time para o qual torço, o Internacional, sofrer para vencer. Todas as jogadas do Estudiantes passavam pelos seus pés. E de suas passadas, todas as jogadas tinham sequência qualificada. O Internacional venceu a Copa Sul-Americana. E no Estádio Beira-Rio presenciei uma linda festa daquela torcida fanática que atravessou o Rio da Prata, chegou à Porto Alegre e apoiou seu time sem parar. Sem a vitória, veio a tristeza. O choro. Mas o orgulho estava em alta. Não houve sequer um registro de tumulto entre os torcedores. Ordeiramente, foram todos embora. Carregaram juntos a bandeira de seu time. E atravessaram o Rio da Prata de volta para casa. Em sua casa, voltaram a sonhar. E na impossibilidade de ver o meu time na Copa Libertadores da América do ano seguinte, naquela noite, diante de todos os acontecimentos, eu decidi: na próxima Copa Libertadores, torcerei pelo Estudiantes!
Não é de agora que o Estudiantes "belisca" uma conquista continental. Quem acompanha futebol, sabe. Desde o retorno de Verón ao time, anos atrás, muita coisa mudou. A liderança deste ídolo é algo fora do normal. Nas ruas, a torcida veste o 11 com orgulho. Jogadores de qualidade surgiram. Outros foram contratados. Mas maestro mesmo, só existe um nesta equipe. Confesso que fiquei dividido. Eu queria ver, como brasileiro, o título do Cruzeiro na Libertadores. Mas o Estudiantes era a equipe que eu tinha "fechado acordo de simpatizante" ao final do ano passado. Fiquei dividido. Desmoronei. Desmoronei tanto quanto a zaga celeste, no momento em que Verón atravessou uma bola do centro do campo para o lado direito de ataque. No cruzamento que veio, preciso, Fernandez empurrou a bola para a rede. Após o empate, o time seguiu mais vibrante do que nunca. O sonho era possível. E em uma cobrança precisa de escanteio do maestro da camisa 11, todos "Verón" o sonho mais perto ainda: cabeçada precisa de Boselli. Gol do Estudiantes. Virada. Estudiantes dois gols. Cruzeiro, apenas um. Em frente à televisão, imaginei La Plata. Percebi minha visão sendo tomada pelo vermelho e o branco. As cores tomaram conta das ruas. Das praças. La Plata sorria. Chorava. Imaginei o sonho daquela torcida sendo realizado. Uma "hinchada" que, praticamente, só ela acreditava no seu time. Assim como muitas vezes acontece. Muitos desconfiaram da capacidade da equipe. Até mesmo dentro da Argentina, muitos desconfiavam. Mas a força de quem acredita provou mais uma vez que supera qualquer dificuldade.
E veio a pressão do grande time do Cruzeiro. Jogadores como Kleber e Wagner são diferenciados. São excelentes peças do time celeste e, junto a seus companheiros, fizeram tudo o que era possível. Mas o Estudiantes fez mais. E veio a pressão de final de jogo. Voltei a imaginar as famílias torcendo, em La Plata, em frente à televisão. Colada à parede, a flâmula do tri-campeonato da Libertadores em 1970 está intacta, como um amuleto da sorte que resiste ao tempo. Resiste tanto quanto à tradição de uma equipe de fora do grande centro do futebol argentino e que não há palavras para explicar a sua força. Imagino aqueles senhores que viram o grande time dos anos 60 e 70, assistindo o jogo pelo televisor e se emocionando com o filho do grande craque de décadas passadas comandando sua equipe no rumo das vitórias para a nova geração. As lembranças são muitas. E ninguém queria acreditar que o sonho passaria diante dos olhos de todos como um pesadelo que se aproximava. E vieram instantes de tortura para o torcedor do time de La Plata. Foram momentos angustiantes.
Veio a pressão do Cruzeiro. Todos abandonaram qualquer tática, qualquer organização. Era só coração. Pulsante. De um lado, azul. De outro, vermelho. E o fabuloso goleiro Andújar rezava. De mãos com ele, parte do Mineirão que sacudia suas bandeiras vermelhas. E junto à eles toda a torcida da parte vermelha de La Plata. Milhares de apaixonados pelo Estudiantes podiam, aos poucos, sentir o grande momento chegar. Mas a pressão continuava. Sufoco. Bola na área. Bola na trave. O tempo estagnou. Os ponteiros do relógio travaram. São trinta e nove anos passando na mente de cada torcedor do time do Estudiantes como uma nave viajando pelo tempo em uma velocidade que só a história do futebol pode contar. Ouve-se um apito. Verón se ajoelha. O torcedor Verón está em campo neste momento. A braçadeira de comandante suada, a camisa 11 às costas e, agora, neste momento, a faixa no peito. O sonho. Verón, o maestro, junto aos seus guerreiros companheiros, fizeram história. Parte da imprensa brasileira ficou sem palavras. Mas eu amo futebol e acompanho sempre este esporte, tentando imaginar o que se passa dos dois lados da história. E essa foi mais uma grande decisão que vai ficar para a história. O Cruzeiro foi o grande vice-campeão do continente. Merece respeito e é uma equipe que brigará pelo título de campeão brasileiro. Já para o Estudiantes e toda sua fabulosa torcida, deixo meu respeito registrado e meus parabéns pelo título de Campeão da Copa Libertadores da América de 2009.
Recordei naquela noite de Mineirão lotado uma final de Libertadores ocorrida três anos atrás. O time do Inter do meu coração decidiu o título e sagrou-se campeão após uma jornada heróica e uma pressão generalizada do seu adversário. Assim ocorreu com o Estudiantes em sua conquista. Parece que voltei três anos na história. Este foi o sentimento e aqui o descrevo. Fica agora a minha torcida para que, em Abu Dhabi, o Estudiantes represente, não só a Argentina, mas a América do Sul, como ela merece. Eu não duvido de nada. E o adversário também é um velho conhecido de minha parte. Se Barcelona e Estudiantes chegarem à decisão da Copa do Mundo de Clubes - e ambos tem todas as condições para isso - será outro daqueles jogos para a história. E no momento em que isso ocorrer, tudo será possível. E para o Estudiantes, será um capítulo a mais de glória na sua existência. Não será uma novidade. Se não acredito? Acredito.
Sobre Verón: é um dos maiores jogadores que já vi jogar! Quem aprecia futebol de qualidade, deve ter opinião parecida. E para completar, na decisão da Copa Libertadores, Verón não só ajudou a marcação do meio-campo, anulando as presenças qualificadas de Ramires e de Wagner, como comandou o time à vitória, com passes qualificados, desarmes, posicionamento certo e assistência para o gol do título, sendo que iniciou ainda a jogada do gol de empate. E para finalizar, ergueu a Copa Libertadores em direção ao céu!
A história mostra que é tudo é possível quando defrontam-se duas grandes equipes. Ainda mais se tratando de Estudiantes e dessa escola disciplinada de futebol que a equipe de La Plata representa. Em se falando de mundial interclubes, é lógico que para Estudiantes e Barcelona chegarem até a final, terão que derrotar seus adversários. Mas desde já, fica registrada minha torcida para o time do país vizinho. Nada é impossível. O Barcelona de Ronaldinho Gaúcho que o diga, anos atrás. E por falar nisso, Old Traford e o lendário esquadrão do Manchester United de 1968 também sofreram nas mãos de um time disciplinado taticamente e que tinha o título como um objetivo maior do que a própria vida! Assim como o Estudiantes de 2009!
Não é de agora que o Estudiantes "belisca" uma conquista continental. Quem acompanha futebol, sabe. Desde o retorno de Verón ao time, anos atrás, muita coisa mudou. A liderança deste ídolo é algo fora do normal. Nas ruas, a torcida veste o 11 com orgulho. Jogadores de qualidade surgiram. Outros foram contratados. Mas maestro mesmo, só existe um nesta equipe. Confesso que fiquei dividido. Eu queria ver, como brasileiro, o título do Cruzeiro na Libertadores. Mas o Estudiantes era a equipe que eu tinha "fechado acordo de simpatizante" ao final do ano passado. Fiquei dividido. Desmoronei. Desmoronei tanto quanto a zaga celeste, no momento em que Verón atravessou uma bola do centro do campo para o lado direito de ataque. No cruzamento que veio, preciso, Fernandez empurrou a bola para a rede. Após o empate, o time seguiu mais vibrante do que nunca. O sonho era possível. E em uma cobrança precisa de escanteio do maestro da camisa 11, todos "Verón" o sonho mais perto ainda: cabeçada precisa de Boselli. Gol do Estudiantes. Virada. Estudiantes dois gols. Cruzeiro, apenas um. Em frente à televisão, imaginei La Plata. Percebi minha visão sendo tomada pelo vermelho e o branco. As cores tomaram conta das ruas. Das praças. La Plata sorria. Chorava. Imaginei o sonho daquela torcida sendo realizado. Uma "hinchada" que, praticamente, só ela acreditava no seu time. Assim como muitas vezes acontece. Muitos desconfiaram da capacidade da equipe. Até mesmo dentro da Argentina, muitos desconfiavam. Mas a força de quem acredita provou mais uma vez que supera qualquer dificuldade.
E veio a pressão do grande time do Cruzeiro. Jogadores como Kleber e Wagner são diferenciados. São excelentes peças do time celeste e, junto a seus companheiros, fizeram tudo o que era possível. Mas o Estudiantes fez mais. E veio a pressão de final de jogo. Voltei a imaginar as famílias torcendo, em La Plata, em frente à televisão. Colada à parede, a flâmula do tri-campeonato da Libertadores em 1970 está intacta, como um amuleto da sorte que resiste ao tempo. Resiste tanto quanto à tradição de uma equipe de fora do grande centro do futebol argentino e que não há palavras para explicar a sua força. Imagino aqueles senhores que viram o grande time dos anos 60 e 70, assistindo o jogo pelo televisor e se emocionando com o filho do grande craque de décadas passadas comandando sua equipe no rumo das vitórias para a nova geração. As lembranças são muitas. E ninguém queria acreditar que o sonho passaria diante dos olhos de todos como um pesadelo que se aproximava. E vieram instantes de tortura para o torcedor do time de La Plata. Foram momentos angustiantes.
Veio a pressão do Cruzeiro. Todos abandonaram qualquer tática, qualquer organização. Era só coração. Pulsante. De um lado, azul. De outro, vermelho. E o fabuloso goleiro Andújar rezava. De mãos com ele, parte do Mineirão que sacudia suas bandeiras vermelhas. E junto à eles toda a torcida da parte vermelha de La Plata. Milhares de apaixonados pelo Estudiantes podiam, aos poucos, sentir o grande momento chegar. Mas a pressão continuava. Sufoco. Bola na área. Bola na trave. O tempo estagnou. Os ponteiros do relógio travaram. São trinta e nove anos passando na mente de cada torcedor do time do Estudiantes como uma nave viajando pelo tempo em uma velocidade que só a história do futebol pode contar. Ouve-se um apito. Verón se ajoelha. O torcedor Verón está em campo neste momento. A braçadeira de comandante suada, a camisa 11 às costas e, agora, neste momento, a faixa no peito. O sonho. Verón, o maestro, junto aos seus guerreiros companheiros, fizeram história. Parte da imprensa brasileira ficou sem palavras. Mas eu amo futebol e acompanho sempre este esporte, tentando imaginar o que se passa dos dois lados da história. E essa foi mais uma grande decisão que vai ficar para a história. O Cruzeiro foi o grande vice-campeão do continente. Merece respeito e é uma equipe que brigará pelo título de campeão brasileiro. Já para o Estudiantes e toda sua fabulosa torcida, deixo meu respeito registrado e meus parabéns pelo título de Campeão da Copa Libertadores da América de 2009.
Recordei naquela noite de Mineirão lotado uma final de Libertadores ocorrida três anos atrás. O time do Inter do meu coração decidiu o título e sagrou-se campeão após uma jornada heróica e uma pressão generalizada do seu adversário. Assim ocorreu com o Estudiantes em sua conquista. Parece que voltei três anos na história. Este foi o sentimento e aqui o descrevo. Fica agora a minha torcida para que, em Abu Dhabi, o Estudiantes represente, não só a Argentina, mas a América do Sul, como ela merece. Eu não duvido de nada. E o adversário também é um velho conhecido de minha parte. Se Barcelona e Estudiantes chegarem à decisão da Copa do Mundo de Clubes - e ambos tem todas as condições para isso - será outro daqueles jogos para a história. E no momento em que isso ocorrer, tudo será possível. E para o Estudiantes, será um capítulo a mais de glória na sua existência. Não será uma novidade. Se não acredito? Acredito.
Sobre Verón: é um dos maiores jogadores que já vi jogar! Quem aprecia futebol de qualidade, deve ter opinião parecida. E para completar, na decisão da Copa Libertadores, Verón não só ajudou a marcação do meio-campo, anulando as presenças qualificadas de Ramires e de Wagner, como comandou o time à vitória, com passes qualificados, desarmes, posicionamento certo e assistência para o gol do título, sendo que iniciou ainda a jogada do gol de empate. E para finalizar, ergueu a Copa Libertadores em direção ao céu!
A história mostra que é tudo é possível quando defrontam-se duas grandes equipes. Ainda mais se tratando de Estudiantes e dessa escola disciplinada de futebol que a equipe de La Plata representa. Em se falando de mundial interclubes, é lógico que para Estudiantes e Barcelona chegarem até a final, terão que derrotar seus adversários. Mas desde já, fica registrada minha torcida para o time do país vizinho. Nada é impossível. O Barcelona de Ronaldinho Gaúcho que o diga, anos atrás. E por falar nisso, Old Traford e o lendário esquadrão do Manchester United de 1968 também sofreram nas mãos de um time disciplinado taticamente e que tinha o título como um objetivo maior do que a própria vida! Assim como o Estudiantes de 2009!
13 de julho de 2009
O CHOQUE DE ATITUDE NÃO ACONTECEU
Por Luciano Bonfoco Patussi
13 de julho de 2009
E o choque de atitude tão esperado não aconteceu! Até já era previsto, comparando com as últimas partidas do time colorado. Mas a derrota para o Atlético Paranaense na Arena da Baixada, ontem, é outra daquelas que não tem explicação lógica, se olharmos as equipes. Mas se analisarmos a fundo os acontecimentos, boa parte dos fatos tem explicação. O time comandado pelo Sr. Adenor Bacchi novamente se perdeu em campo.
Taticamente, o time do Inter foi sucumbindo com o decorrer da partida. Começou razoável. Seguiu cambaleante. Terminou patético. E quando o Atlético passou a desenvolver seu ataque pelas beiradas do campo, os laterais colorados não deram conta da marcação. A equipe, quando precisava atacar, ora afunilava as jogadas pelo meio, sobrecarregando Andrezinho que não conseguia dar seqüência à criação dos lances de forma objetiva, ora tentava avançar pelos lados do campo, sem qualidade, visto que o Inter não possui um lateral-direito de ofício e qualificado para esta função, e pelo lado esquerdo Marcelo Cordeiro, se atacou de forma mediana, defensivamente foi pior ainda.
Uma coisa inadmissível para laterais de uma equipe, ou até mesmo para os meio-campistas ou zagueiros que estejam na cobertura dos alas, é ao marcar um atacante adversário pelos lados do campo, ir recuando, recuando e recuando mais, até estar dentro da área, aí sim sem ter qualquer reação a tomar, a não ser levar o derradeiro drible e a conclusão contra o seu próprio gol. O Inter peca nesse quesito, exatamente por este motivo. Um lateral, no caso de ontem, não sabia marcar. O outro lateral, que na realidade é zagueiro, não conseguia atacar. E isso não é de hoje. Essa falha na marcação acaba sobrecarregando o meio-campo, que por sua vez não cria, e o ataque fica às moscas. Aliás, o Inter vem jogando com três volantes, o que deveria dar liberdade aos laterais para atacar.
Mas quais laterais? Ao meu ver, o Inter tem apenas um lateral qualificado para atacar. É Kleber, que ontem não jogou. Kleber tem qualidade técnica e procura sempre atacar na boa, sem deixar espaços. É outro que tem deixado a desejar, mas tem que ser analisado se isso não é uma causa do sistema de jogo, ou crise técnica dele mesmo. Já vimos esse filme contra o Coritiba e o Corinthians na Copa do Brasil e também contra a Liga Deportiva do Equador, pela Recopa. Alheio a isso tudo, destacaria a má fase técnica de alguns dos principais centros técnicos do time (D’Alessandro e Taison), que são algumas das peças mais decisivas da equipe. Se juntarmos a isso a inexplicável falta de reação anímica dos jogadores dentro de campo, chegaremos a derrota do Inter – um time que conta com mais de cem mil sócios e salários altíssimos em dia – para o esforçado – mas fraco individualmente – time do Atlético Paranaense.
Eu sempre espero um dia após as derrotas para descrever minha posição sobre as ocorrências. Isso no caso do Inter, pois sou torcedor e me “enfureço” durante as partidas com algumas coisas que acontecem. Agora, se algo não mudar na próxima partida, contra o Fluminense, deve haver uma mexida, pois por aí vem o Gre-Nal, e todos sabem: Gre-Nal é sempre Gre-Nal. Este jogo é um clássico que pode arrumar a casa de um – em caso de vitória – e destruir animicamente a outra – com a derrota sendo o resultado. Contra o Fluminense, além dos três pontos – que são fundamentais após uma derrota para o Rubro-Negro paranaense – é preciso o time mostrar postura. Tanto tática quanto anímica. Ou será hora de a Direção de Futebol tomar algumas outras medidas. Ainda há tempo: tanto para o time mostrar reação, quanto para a direção intervir. Mas tem que ser agora, enquanto ainda o sonho do título de campeão brasileiro é uma realidade possível.
Sobre o Tite: acho ele um profissional correto. Não o acuso de “gremista”, como a maioria da torcida faz. Até pelo seu profissionalismo, ele já demonstrou que esse tipo de situação não interfere no seu rendimento. Basta ver os clássicos no qual ele comandou o Inter contra o maior rival. Mas é hora de Tite fazer o time dele, de uma forma ou outra, jogar novamente. É hora de Adenor Bacchi empreender em seu time o espírito do grupo campeão gaúcho com o Inter em 2009 e campeão da Copa Sul-Americana em 2008.
Tite sempre foi um motivador. Quem lembra do Caxias de 2000 e do Grêmio de 2001 sabe bem do que falo. Entretanto, ou o time começa a mostrar reação tática e anímica, ou mudanças serão necessárias. Se o time tiver esquema tático definido e ânimo de vencedor, a qualidade aparecerá naturalmente. Na falta das primeiras opções, a qualidade some. Como tem sumido nos últimos jogos e todos têm visto. Ainda assim, alerto novamente: além de tudo isso, é preciso um lateral direito de ofício nesta equipe, ou sempre ficaremos reféns de Bolívar e Danilo Silva, comprometendo o meio-campo, que não tem apoio para jogar.
Na próxima quarta-feira, o derradeiro teste: o Gigante da Beira-Rio receberá o torcedor colorado, que verá em campo o Inter contra o Fluminense, em busca dos três pontos, da tranqüilidade, do esquema tático definido e da reação guerreira em campo.
13 de julho de 2009
E o choque de atitude tão esperado não aconteceu! Até já era previsto, comparando com as últimas partidas do time colorado. Mas a derrota para o Atlético Paranaense na Arena da Baixada, ontem, é outra daquelas que não tem explicação lógica, se olharmos as equipes. Mas se analisarmos a fundo os acontecimentos, boa parte dos fatos tem explicação. O time comandado pelo Sr. Adenor Bacchi novamente se perdeu em campo.
Taticamente, o time do Inter foi sucumbindo com o decorrer da partida. Começou razoável. Seguiu cambaleante. Terminou patético. E quando o Atlético passou a desenvolver seu ataque pelas beiradas do campo, os laterais colorados não deram conta da marcação. A equipe, quando precisava atacar, ora afunilava as jogadas pelo meio, sobrecarregando Andrezinho que não conseguia dar seqüência à criação dos lances de forma objetiva, ora tentava avançar pelos lados do campo, sem qualidade, visto que o Inter não possui um lateral-direito de ofício e qualificado para esta função, e pelo lado esquerdo Marcelo Cordeiro, se atacou de forma mediana, defensivamente foi pior ainda.
Uma coisa inadmissível para laterais de uma equipe, ou até mesmo para os meio-campistas ou zagueiros que estejam na cobertura dos alas, é ao marcar um atacante adversário pelos lados do campo, ir recuando, recuando e recuando mais, até estar dentro da área, aí sim sem ter qualquer reação a tomar, a não ser levar o derradeiro drible e a conclusão contra o seu próprio gol. O Inter peca nesse quesito, exatamente por este motivo. Um lateral, no caso de ontem, não sabia marcar. O outro lateral, que na realidade é zagueiro, não conseguia atacar. E isso não é de hoje. Essa falha na marcação acaba sobrecarregando o meio-campo, que por sua vez não cria, e o ataque fica às moscas. Aliás, o Inter vem jogando com três volantes, o que deveria dar liberdade aos laterais para atacar.
Mas quais laterais? Ao meu ver, o Inter tem apenas um lateral qualificado para atacar. É Kleber, que ontem não jogou. Kleber tem qualidade técnica e procura sempre atacar na boa, sem deixar espaços. É outro que tem deixado a desejar, mas tem que ser analisado se isso não é uma causa do sistema de jogo, ou crise técnica dele mesmo. Já vimos esse filme contra o Coritiba e o Corinthians na Copa do Brasil e também contra a Liga Deportiva do Equador, pela Recopa. Alheio a isso tudo, destacaria a má fase técnica de alguns dos principais centros técnicos do time (D’Alessandro e Taison), que são algumas das peças mais decisivas da equipe. Se juntarmos a isso a inexplicável falta de reação anímica dos jogadores dentro de campo, chegaremos a derrota do Inter – um time que conta com mais de cem mil sócios e salários altíssimos em dia – para o esforçado – mas fraco individualmente – time do Atlético Paranaense.
Eu sempre espero um dia após as derrotas para descrever minha posição sobre as ocorrências. Isso no caso do Inter, pois sou torcedor e me “enfureço” durante as partidas com algumas coisas que acontecem. Agora, se algo não mudar na próxima partida, contra o Fluminense, deve haver uma mexida, pois por aí vem o Gre-Nal, e todos sabem: Gre-Nal é sempre Gre-Nal. Este jogo é um clássico que pode arrumar a casa de um – em caso de vitória – e destruir animicamente a outra – com a derrota sendo o resultado. Contra o Fluminense, além dos três pontos – que são fundamentais após uma derrota para o Rubro-Negro paranaense – é preciso o time mostrar postura. Tanto tática quanto anímica. Ou será hora de a Direção de Futebol tomar algumas outras medidas. Ainda há tempo: tanto para o time mostrar reação, quanto para a direção intervir. Mas tem que ser agora, enquanto ainda o sonho do título de campeão brasileiro é uma realidade possível.
Sobre o Tite: acho ele um profissional correto. Não o acuso de “gremista”, como a maioria da torcida faz. Até pelo seu profissionalismo, ele já demonstrou que esse tipo de situação não interfere no seu rendimento. Basta ver os clássicos no qual ele comandou o Inter contra o maior rival. Mas é hora de Tite fazer o time dele, de uma forma ou outra, jogar novamente. É hora de Adenor Bacchi empreender em seu time o espírito do grupo campeão gaúcho com o Inter em 2009 e campeão da Copa Sul-Americana em 2008.
Tite sempre foi um motivador. Quem lembra do Caxias de 2000 e do Grêmio de 2001 sabe bem do que falo. Entretanto, ou o time começa a mostrar reação tática e anímica, ou mudanças serão necessárias. Se o time tiver esquema tático definido e ânimo de vencedor, a qualidade aparecerá naturalmente. Na falta das primeiras opções, a qualidade some. Como tem sumido nos últimos jogos e todos têm visto. Ainda assim, alerto novamente: além de tudo isso, é preciso um lateral direito de ofício nesta equipe, ou sempre ficaremos reféns de Bolívar e Danilo Silva, comprometendo o meio-campo, que não tem apoio para jogar.
Na próxima quarta-feira, o derradeiro teste: o Gigante da Beira-Rio receberá o torcedor colorado, que verá em campo o Inter contra o Fluminense, em busca dos três pontos, da tranqüilidade, do esquema tático definido e da reação guerreira em campo.
12 de julho de 2009
CHOQUE DE ATITUDE
Por Luciano Bonfoco Patussi
12 de julho de 2009
RECOPA 2009: LDU x INTERNACIONAL
Acordei na manhã de sexta-feira ainda com dificuldade de processar os acontecimentos da noite anterior. Realmente só hoje despertei para os fatos. Uma derrota, muitas vezes, não é capaz de envergonhar uma inteira nação de torcedores. Muitas derrotas nos fazem crescer e buscar forças para novas disputas. Não foi o caso. Não nesta quinta-feira que passou. Em Quito, no Equador, o Internacional foi uma equipe apática e que deu toda a amostra de como entrar em campo sem espírito algum buscando a derrota. E o que mais me intriga é que, todos sabem, esse time tem qualidades. E muitas. Não é uma equipe imbatível. Ninguém é imbatível no futebol. Mas algo errado aconteceu naquela noite.
O que menos importa neste contexto é a perda da taça da Recopa. A Liga Deportiva Universitária tem uma equipe razoável e mereceu a conquista. O que não é possível entender é a atuação do Inter. Pode-se levar dois, três ou até uns quatro gols em uma partida. Mas deve-se mostrar atitude. Deve-se pelo menos ir para dentro do adversário, fazer o goleiro trabalhar, botar bola na trave, no travessão. Pressionar. O treinador Tite falou bonito no intervalo daquela partida de meio de semana. Acho que a maioria dos colorados que viram a indignação de Tite na volta para o segundo tempo pensou: "o time levou bordoada e vai jogar como nunca buscando o resultado". Pois é. Não aconteceu. Mas por qual motivo?
É preciso entender e saber como se vence e por qual motivo as vitórias são alcançadas. Assim ficará fácil entender as derrotas. Até mesmo porque ainda há tempo de recuperar o desempenho do time para manter a ponta na tabela do campeonato brasileiro em busca do tão sonhado título de campeão nacional.
TREINADOR
Acho que a mudança de técnico neste momento não é a melhor saída, a não ser que algo estranho esteja ocorrendo internamente e que isso justifique a mudança. Mas sabemos que um time bom, quando não rende, precisa de uma mudança. E normalmente a mudança ocorre na casamata. Portanto, acho que agora é preciso tranquilidade. Depois do jogo, eu ia querer a saída imediata de Tite. Essa é a nossa cultura. E por isso esperei quase três dias para analisar. Tem jogo do campeonato brasileiro hoje, contra o Atlético Paranaense. Tem Gre-Nal mais adiante. Estes dois jogos podem servir para consolidar o time na ponta do campeonato brasileiro, recuperando o desempenho dentro de campo. Ou então, derrotas nestes jogos, aliado aos insucessos nas últimas decisões de campeonato, exigirão uma conversa mais de perto entre direção de futebol e comissão técnica. Ainda assim, acredito que ninguém desaprende a jogar. Ainda há tempo. As próximas duas ou três rodadas serão cruciais para definir o futuro do time e da comissão técnica no campeonato brasileiro e no decorrer de 2009.
ESQUEMA
É preciso um lateral direito de ofício. Como Kléber só apoia "na boa", e até acho certo isso, e como temos um lateral-direito improvisado, ambos não sobem com a devida qualidade. Assim sendo, os três volantes acabam meio que se complicando no meio-de-campo. Ou se contrata um lateral-direito de ofício e que chegue para ser titular - o que não parece ser vontade da direção e é um erro - ou então que se fixe os laterais como verdadeiros zagueiros pelos lados do campo e se libere os volantes para atacar livremente - talvez até escalando mais um meio-campista de armação. Acho que a contratação de um lateral-direito seria a mais viável, para o time não ficar desequilibrado. Mas isso quem vai decidir é a comissão técnica junto a direção de futebol. Ficaremos na torcida.
COPA SURUGA
Acho que este torneio a ser disputado no Japão deve ser para o "time B". Deve-se mandar à terra do sol nascente jogadores que não estão atuando, junto com juniores e juvenis. Neste momento, é importante a direção pensar na logística e no desgaste. A Copa Suruga não dá qualquer prestígio internacional, diferentemente da Recopa, que já tem alguma tradição na sua disputa - embora também não leve a lugar algum. Acho que será um tremendo erro a direção mandar a equipe principal do Internacional ao Japão, para disputar este título. Os dólares que podemos perder em caso de derrota nesta disputa serão plenamente recuperados com o título de campeão brasileiro no final do ano. Não que deixar esta copa de lado nos garanta a taça nacional em dezembro. Mas ir até esse torneio com todos os titulares do time pode ser um erro que ameaça comprometer o desempenho do time no principal campeonato que o Inter disputa em 2009.
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009: ATLÉTICO PARANAENSE x INTERNACIONAL
É a grande chance de recuperação da moral da equipe colorada. Atlético Paranaense e Inter sempre levam grandes públicos à Arena da Baixada, por ser um grande jogo entre times do Sul do Brasil. Tite tem a grande chance de, longe do Beira-Rio, fazer seus comandados voltarem a jogar com a qualidade que todos sabem que eles possuem, com o espírito e o coração na ponta da chuteira, e buscar os três importantes pontos para a sequência da luta pela conquista de um sonho que já completa trinta anos. Para isso, é preciso atitude! Um choque de atitude! É tudo o que o torcedor quer ver hoje à tarde! Seja do time em campo, comandado pelo seu treinador. Seja por parte da direção, que deve cobrar de forma séria a volta das atuações com gana de vitória e com padrão tático definido! Tendo isso, a qualidade decidirá! Só qualidade técnica não basta. Até porque na falta dos outros quesitos, ela some!
12 de julho de 2009
RECOPA 2009: LDU x INTERNACIONAL
Acordei na manhã de sexta-feira ainda com dificuldade de processar os acontecimentos da noite anterior. Realmente só hoje despertei para os fatos. Uma derrota, muitas vezes, não é capaz de envergonhar uma inteira nação de torcedores. Muitas derrotas nos fazem crescer e buscar forças para novas disputas. Não foi o caso. Não nesta quinta-feira que passou. Em Quito, no Equador, o Internacional foi uma equipe apática e que deu toda a amostra de como entrar em campo sem espírito algum buscando a derrota. E o que mais me intriga é que, todos sabem, esse time tem qualidades. E muitas. Não é uma equipe imbatível. Ninguém é imbatível no futebol. Mas algo errado aconteceu naquela noite.
O que menos importa neste contexto é a perda da taça da Recopa. A Liga Deportiva Universitária tem uma equipe razoável e mereceu a conquista. O que não é possível entender é a atuação do Inter. Pode-se levar dois, três ou até uns quatro gols em uma partida. Mas deve-se mostrar atitude. Deve-se pelo menos ir para dentro do adversário, fazer o goleiro trabalhar, botar bola na trave, no travessão. Pressionar. O treinador Tite falou bonito no intervalo daquela partida de meio de semana. Acho que a maioria dos colorados que viram a indignação de Tite na volta para o segundo tempo pensou: "o time levou bordoada e vai jogar como nunca buscando o resultado". Pois é. Não aconteceu. Mas por qual motivo?
É preciso entender e saber como se vence e por qual motivo as vitórias são alcançadas. Assim ficará fácil entender as derrotas. Até mesmo porque ainda há tempo de recuperar o desempenho do time para manter a ponta na tabela do campeonato brasileiro em busca do tão sonhado título de campeão nacional.
TREINADOR
Acho que a mudança de técnico neste momento não é a melhor saída, a não ser que algo estranho esteja ocorrendo internamente e que isso justifique a mudança. Mas sabemos que um time bom, quando não rende, precisa de uma mudança. E normalmente a mudança ocorre na casamata. Portanto, acho que agora é preciso tranquilidade. Depois do jogo, eu ia querer a saída imediata de Tite. Essa é a nossa cultura. E por isso esperei quase três dias para analisar. Tem jogo do campeonato brasileiro hoje, contra o Atlético Paranaense. Tem Gre-Nal mais adiante. Estes dois jogos podem servir para consolidar o time na ponta do campeonato brasileiro, recuperando o desempenho dentro de campo. Ou então, derrotas nestes jogos, aliado aos insucessos nas últimas decisões de campeonato, exigirão uma conversa mais de perto entre direção de futebol e comissão técnica. Ainda assim, acredito que ninguém desaprende a jogar. Ainda há tempo. As próximas duas ou três rodadas serão cruciais para definir o futuro do time e da comissão técnica no campeonato brasileiro e no decorrer de 2009.
ESQUEMA
É preciso um lateral direito de ofício. Como Kléber só apoia "na boa", e até acho certo isso, e como temos um lateral-direito improvisado, ambos não sobem com a devida qualidade. Assim sendo, os três volantes acabam meio que se complicando no meio-de-campo. Ou se contrata um lateral-direito de ofício e que chegue para ser titular - o que não parece ser vontade da direção e é um erro - ou então que se fixe os laterais como verdadeiros zagueiros pelos lados do campo e se libere os volantes para atacar livremente - talvez até escalando mais um meio-campista de armação. Acho que a contratação de um lateral-direito seria a mais viável, para o time não ficar desequilibrado. Mas isso quem vai decidir é a comissão técnica junto a direção de futebol. Ficaremos na torcida.
COPA SURUGA
Acho que este torneio a ser disputado no Japão deve ser para o "time B". Deve-se mandar à terra do sol nascente jogadores que não estão atuando, junto com juniores e juvenis. Neste momento, é importante a direção pensar na logística e no desgaste. A Copa Suruga não dá qualquer prestígio internacional, diferentemente da Recopa, que já tem alguma tradição na sua disputa - embora também não leve a lugar algum. Acho que será um tremendo erro a direção mandar a equipe principal do Internacional ao Japão, para disputar este título. Os dólares que podemos perder em caso de derrota nesta disputa serão plenamente recuperados com o título de campeão brasileiro no final do ano. Não que deixar esta copa de lado nos garanta a taça nacional em dezembro. Mas ir até esse torneio com todos os titulares do time pode ser um erro que ameaça comprometer o desempenho do time no principal campeonato que o Inter disputa em 2009.
CAMPEONATO BRASILEIRO 2009: ATLÉTICO PARANAENSE x INTERNACIONAL
É a grande chance de recuperação da moral da equipe colorada. Atlético Paranaense e Inter sempre levam grandes públicos à Arena da Baixada, por ser um grande jogo entre times do Sul do Brasil. Tite tem a grande chance de, longe do Beira-Rio, fazer seus comandados voltarem a jogar com a qualidade que todos sabem que eles possuem, com o espírito e o coração na ponta da chuteira, e buscar os três importantes pontos para a sequência da luta pela conquista de um sonho que já completa trinta anos. Para isso, é preciso atitude! Um choque de atitude! É tudo o que o torcedor quer ver hoje à tarde! Seja do time em campo, comandado pelo seu treinador. Seja por parte da direção, que deve cobrar de forma séria a volta das atuações com gana de vitória e com padrão tático definido! Tendo isso, a qualidade decidirá! Só qualidade técnica não basta. Até porque na falta dos outros quesitos, ela some!
9 de julho de 2009
RECOPA: FAIXA NO PEITO E TAÇA NO ARMÁRIO
Por Luciano Bonfoco Patussi
09 de Julho de 2009
Ouço muitas pessoas falarem da pouca importância da Recopa Sul-Americana. Muitos que tem esse pensamento, inclusive, já viram sua equipe de coração vencer este troféu. É preciso entender. E entendo parcialmente. A Recopa é um torneio continental, disputado em dois jogos, em caráter de premiação. Ela põe frente a frente o campeão da Copa Libertadores da América e o campeão da Copa Sul-Americana (Anos atrás, quem disputava era o campeão da Supercopa da Libertadores e, posteriormente, o campeão da Copa Mercosul).
Como a Recopa tem caráter de premiação a dois grandes campeões continentais, não deve servir para abalar estruturas em caso de derrota, nem para "cegar" problemas, em caso de sucesso. Isso também é verdade. Para muitos torcedores - de diferentes clubes, a Recopa, realmente, não faz falta. Estes, podem ter certeza, sequer chegam até ela atualmente. Isso porque, para lhe disputar, é preciso ser campeão de algo grandioso e importante, e não apenas disputar e - tentar - sair campeão.
Nesta noite, o Internacional estará em Quito, no Equador, buscando mais um troféu para sua vasta galeria de sucessos e vitórias. Este troféu já foi erguido pelo Boca Juniors por quatro oportunidades. O Olímpia e o São Paulo também a venceram, estes, por duas vezes. O Inter terá uma disputa dificílima pela frente, visto que perdeu em casa o primeiro jogo da decisão e precisa vencer a LDU por qualquer placar para, ou ser campeão, ou pelo menos, levar para a decisão de pênaltis.
Estamos na luta! Nela estamos para sermos campeões! Será difícil! Uma derrota será ruim, como qualquer uma, mas deverá ser bem administrada, pois o ano ainda é longo e promissor. Entretanto, uma vitória colorada hoje aumentará o "status" internacional do clube, trará bonificação financeira, alegria ao torcedor, faixa no peito e taça no armário! E é só disso que o torcedor quer saber!
Quinta-feira, 09 de julho de 2009. Quito. Equador. De um lado, Liga Deportiva Universitária, campeã da Taça Libertadores da América de 2008. De outro, Sport Club Internacional, campeão da Copa Sul-Americana de 2008! Jogão e muita emoção pela frente! Força, Inter!
09 de Julho de 2009
Ouço muitas pessoas falarem da pouca importância da Recopa Sul-Americana. Muitos que tem esse pensamento, inclusive, já viram sua equipe de coração vencer este troféu. É preciso entender. E entendo parcialmente. A Recopa é um torneio continental, disputado em dois jogos, em caráter de premiação. Ela põe frente a frente o campeão da Copa Libertadores da América e o campeão da Copa Sul-Americana (Anos atrás, quem disputava era o campeão da Supercopa da Libertadores e, posteriormente, o campeão da Copa Mercosul).
Como a Recopa tem caráter de premiação a dois grandes campeões continentais, não deve servir para abalar estruturas em caso de derrota, nem para "cegar" problemas, em caso de sucesso. Isso também é verdade. Para muitos torcedores - de diferentes clubes, a Recopa, realmente, não faz falta. Estes, podem ter certeza, sequer chegam até ela atualmente. Isso porque, para lhe disputar, é preciso ser campeão de algo grandioso e importante, e não apenas disputar e - tentar - sair campeão.
Nesta noite, o Internacional estará em Quito, no Equador, buscando mais um troféu para sua vasta galeria de sucessos e vitórias. Este troféu já foi erguido pelo Boca Juniors por quatro oportunidades. O Olímpia e o São Paulo também a venceram, estes, por duas vezes. O Inter terá uma disputa dificílima pela frente, visto que perdeu em casa o primeiro jogo da decisão e precisa vencer a LDU por qualquer placar para, ou ser campeão, ou pelo menos, levar para a decisão de pênaltis.
Estamos na luta! Nela estamos para sermos campeões! Será difícil! Uma derrota será ruim, como qualquer uma, mas deverá ser bem administrada, pois o ano ainda é longo e promissor. Entretanto, uma vitória colorada hoje aumentará o "status" internacional do clube, trará bonificação financeira, alegria ao torcedor, faixa no peito e taça no armário! E é só disso que o torcedor quer saber!
Quinta-feira, 09 de julho de 2009. Quito. Equador. De um lado, Liga Deportiva Universitária, campeã da Taça Libertadores da América de 2008. De outro, Sport Club Internacional, campeão da Copa Sul-Americana de 2008! Jogão e muita emoção pela frente! Força, Inter!
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