16 de agosto de 2008

TEXTO - Sonho. Realidade. Dois anos de felicidade!

Escrevo este texto quando estamos aos trinta e cinco minutos do segundo tempo de Brasil e Camarões, partida válida pelo torneio olímpico de futebol de 2008. A partida está empatada em zero e tem ares de dramaticidade. Quem marcar o primeiro leva a vaga. Neste 16 de agosto, acordei às sete da manhã para assistir a esta partida.

Apesar da dramaticidade do jogo da seleção olímpica brasileira, esta data faz uma nação inteira de torcedores gaúchos, vestidos de vermelho, vibrar em lembranças. E que lembranças! Há exatos dois anos, Paulo César Tinga marcava o segundo gol colorado, na decisão da Copa Libertadores, contra o São Paulo, no Beira-Rio. Na comemoração, o meio-campista foi expulso de campo. Começava naquele lance um filme de uma vida inteira de devoção ao time do peito. Um filme que se passou em vinte intermináveis minutos na cabeça de cada torcedor rubro.

São Paulo parte para o ataque. Falta. Bola na área. Afasta a zaga. Contra-ataque vermelho. Guerreiros com um homem a menos tentam segurar a pressão. E volta o São Paulo. Bola na área. Clemer. Clemer. Salva Clemer. O Inter parte para o ataque. A zaga são-paulina afasta e controla o jogo. Entra Ediglê na zaga. Nossa mãe do céu. Agora é com Michel. Volta o São Paulo. Clemer. Bola na área. De novo Clemer. O contestado torna-se, aos poucos, vitorioso. Salvou contra Nacional. LDU. Libertad. Vai salvando contra o São Paulo. O tricolor paulista parte novamente para o ataque. Chute cruzado. Gol. Silêncio. Desespero. Lágrimas. Tensão. O São Paulo parte pra cima. Bola na área. Tricolor vai marcar, atenção, sobe de cabeça. E agora? Clemer! De novo!

Há dois anos, o apito final que mais emocionou uma geração de colorados até o momento, era soado. O Inter era coroado. Campeão da Copa Libertadores de 2006.

Enquanto isso, o jogo entre Brasil e Camarões está encerrando. Empate. Um deles fará história na prorrogação. Ou então nas penalidades máximas. E quem sabe Rafael Sóbis faça história hoje. Assim como fez naquele 16 de agosto, vestido de vermelho. Mas isso é uma incógnita. O certo é que, há dois, o Internacional, movido pela competência, amor e emoção, fazia história. Para ninguém mais esquecer. Fazem dois anos que Fernandão ergueu a Copa Libertadores. E parece que foi ontem.

Parabéns à todos os colorados pelo aniversário da conquista da Copa Libertadores da América de 2006. Já estou em lágrimas. Novamente. Aqui encerro esta pequena e singela homenagem. Força Inter.

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