Por Luciano Bonfoco Patussi
06 de Dezembro de 2009
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Sentimento de esperança. Impossibilidade. Raiva. Emoção. Tudo se mistura. Isso é a promessa do 6 de dezembro de 2009, a data que ficará marcada para sempre na história do futebol gaúcho e brasileiro. O Inter pode sair da fila e dar ao seu torcedor, novamente, o título do qual foi especialista nos anos 70. Campeão brasileiro. Bi. Tri. Tetra. Meu sonho! Sonho nosso! Por outro lado, independentemente da forma como o Flamengo venha a ser o campeão, todos sabem, se dirá pela eternidade que o Grêmio foi pequeno - como na verdade não é - e que entregou a partida. Não acredito que isso vá acontecer. Mas é o que se dirá para sempre. Vai virar uma lenda. Será uma data histórica.
Hoje somos escravos da esperança novamente, como certa vez disse Emanuel Neves, entitulando uma de suas tantas emocionantes e magníficas obras. A cor da esperança universal não mais é o verde. É o vermelho. Vivo. Forte. Apaixonante! Por mais que digamos e que tenhamos a convicção de que o rival não vai complicar a vida do Flamengo - por motivos técnicos e talvez outros mais - ao entrarmos no Beira-Rio e vermos aquele povo vermelho todo junto vibrando pelo Clube do Povo, tudo muda. A esperança vem à tona. Junto dela, a emoção. A camisa vermelha, a cachaça na mão! Uma inteira geração que segue esta centenária religião aonde ela for, precisa do Brasil novamente. O Inter tem sede de um campeonato brasileiro. Da mesma forma, o maior certame nacional precisa do Inter campeão, outra vez. Assim como nos anos 70. Esse é o Inter. Nosso Inter. Inter do Povo.
Hoje, ao pisarmos nas sagradas arquibancadas do Gigante da Beira-Rio, só importa Inter e Santo André. Esse é o jogo, essa é a final do campeonato. E que não se esperem facilidades. Vai ser difícil! Se tiver que ser, será nosso. Caso contrário, não será. Simples assim! Importa é o jogo do Inter e é nele que todos vão se emocionar. Todos sentirão de perto o cheiro do título. Ele estará escapando entre nossos dedos novamente, se dissipando no ar junto à névoa que o torcedor proporciona antes das partidas, em um belo espetáculo visual. Ou então, estará ficando mais próximo, tomando a forma real de uma taça linda e cheia de glórias que nos foge há trinta anos! Esse é o sentimento. Sempre. E isso, por sí só, torna-nos os mais felizes e realizados torcedores do planeta. Ser colorado é uma dávida reservada a alguns milhões de seguidores espalhados pelo mundo afora. Todos vivem de esperança e sonho. E também de realização! Isso é a melhor coisa que existe!
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