Por Luciano Bonfoco Patussi
13 de dezembro de 2009
O dia 13 de dezembro leva o torcedor colorado para uma aventura no túnel do tempo. Ao final da temporada, sem nada mais ter a jogar e somente com especulações sobre a próxima temporada, é importante e saboroso recordar grandes momentos. É como se aventurar pelo passado - como diria Nélson Silva - "trazendo à torcida alegres emoções".
Há exatos três anos no Japão, o garoto Alexandre Pato, 17 anos de idade, "SCI" bordado no peito e o número 11 gravado às costas, marcava o primeiro gol do Internacional na Copa do Mundo Interclubes. Seu gol abriu caminho para a vitória por 2x1 sobre o egípcio Al-Ahly. Esta partida classificou o Colorado para decidir o campeonato mundial, dias depois, contra o poderoso Barcelona da Espanha. O resto da história, todos conhecem: Internacional, campeão mundial interclubes em 2006.
Há mais tempo ainda, para ser mais exato, há quinze anos, o Inter faturou pela 32ª vez na sua história o campeonato gaúcho. Em um campeonato longo, onde cada equipe jogou mais de quarenta partidas durante toda a temporada, o Colorado sagrou-se campeão estadual em 1994 ao vencer o Veranópolis no Beira-Rio, por 1x0, gol do atacante Dinei. O campeonato daquele ano foi muito longo e por pontos corridos, o que acabou por desmotivar grande parte das equipes. Mas o Inter perdeu apenas três jogos naquele certame. Foi merecedor. Foi um grande e importante momento, por se tratar de um título, de fato. Este título representou uma das tantas importantes taças que ajudaram, ao longo da história, a cravar o nome do Internacional como o maior campeão gaúcho de todos os tempos.
Recuando mais no tempo, chegamos ao ano de 1992. Após tornar-se o maior campeão do futebol brasileiro nos anos 70, o Inter ficou um bom tempo sem dar uma volta olímpica nacional. Pois a Copa do Brasil de 1992 foi a volta por cima de uma equipe que necessitava, novamente, ser campeã do país. A vitória sobre o Fluminense há 17 anos atrás, com gol de pênalti marcado por Célio Silva nos minutos finais da partida, fez a felicidade e a emoção tomarem conta do Beira-Rio, do Rio Grande e do Brasil. Internacional, campeão da Copa do Brasil de 1992.
Seguindo um pouco mais neste túnel do tempo, chegamos a uma das maiores partidas de futebol de toda a história desse esporte. Fazem exatamente 30 anos que o Estádio do Morumbi foi tomado pelo torcedor do Palmeiras. O Inter, seu adversário, saiu perdendo. O palco estava armado. A festa seria paulista. Seria. Era apenas o início de mais um momento de provação, rubor e paixão. Tudo misturado. Pura emoção. A equipe comandada pelo maestro Falcão, camisa 5 às costas, virou a partida de forma fantástica. Jogou um futebol audacioso, de pegada e marcação. Tudo isso aliado a uma objetiva técnica. Com o mestre Ênio Andrade no comando da equipe, o Internacional derrotou o Palmeiras por 3x2. Calou o Morumbi. Assombrou o Brasil. A Academia do Povo fez história. Poucos dias após derrotar de forma magnífica o Alviverde do Parque Antártica, o Inter tornaria-se tricampeão brasileiro. Invicto. O maior campeão brasileiro. Simplesmente e sem sobra de dúvidas, o time da década.
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Um comentário:
Esta vitória de 3x2 sobre o Palmeiras foi a melhor partida do Internacional que eu já assisti.
E foi a melhor apresentação de um jogador (Falcão) que eu já assisti ao vivo.
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