Por Luciano Bonfoco Patussi
07 de janeiro de 2013
Guiñazú chegou ao
Internacional em 2007. A ideia da diretoria e da grande maioria do torcedor colorado,
na época, era ter um substituto, no campo e na alma, para a saída de Paulo
César Tinga, ocorrida um ano antes. Em setembro de 2008, escrevi o texto que
pode ser visualizado através do link abaixo:
Se você leu o texto
publicado no link acima, o restante da história você já conhece. Guiñazú teve
aproximadamente cinco anos e meio defendendo as cores vermelha e branca do
Internacional. Quase trezentas partidas. Poucos gols. Doação de juvenil no auge
dos “30 e tantos” anos de idade.
Além disso, Guinãzú auxiliou
na implantação do time que Tite, hoje treinador campeão mundial no Corinthians, sempre
defendeu em seus clubes: times com toque e POSSE de bola qualificada. Sua
passagem no Internacional poderia ser chamada de Era Guiñazú. O Internacional ganhou muito com isso. “El Cholo” sempre foi um monstro defendendo seu time.
Jogava lesionado e completava noventa minutos com fôlego para mais noventa.
Aparecia para receber passes e tabelar. Dava opção de jogada para seus
companheiros e jamais se omitia. Jamais! Combatia adversários como ninguém!
Por opção particular, pediu
para sair do clube em janeiro de 2013. O lado humano também deve falar alto nesse
momento. Há anos atrás, Guiñazú teve proposta para sair – quem lembra do São
Paulo? O Inter não aceitou. O atleta ficou e não fez “beicinho”, como
popularmente se diz para quem fica insatisfeito com determinada situação. Não fez nada além da sua obrigação,
podem pensar! É verdade. Mas muitos fariam “beicinho” e ainda seriam
idolatrados.
Em cinco anos e meio, Guiñazú
ergueu um montante de nove troféus. Foi melhor volante do campeonato
brasileiro. Venceu a Taça Libertadores e a Copa Sul Americana. Perdeu as contas
de títulos estaduais obtidos neste período. Fez mais do que isso: como um ídolo
gigante, saiu pela porta da frente. Recebeu proposta para jogar Libertadores em
um clube onde receberá salário bem menor. E aceitou. Pediu para sair. Entendeu
ser chegado o momento de sair – o que discordo, mas respeito. Se fosse
presidente do Inter nesse momento, também não me omitiria ao pedido de Guiñazú. Por tudo o que o
atleta fez “a mais do que se esperava”, eu ficaria envergonhado de não lhe
atender nesse humilde pedido.
Guiñazú sai do Internacional
próximo aos 35 anos de idade e vai jogar no Libertad, do Paraguai. Fôlego de
adolescente, futebol de gente grande, assiduamente convocado para a seleção
argentina e eleito para a Seleção das
Américas do jornal El Pais, do
Uruguai. Leitores, este cara é fora de série!
Fica aqui o meu particular registro
e a gratidão ao atleta Pablo Horacio Guiñazú, pelos serviços prestados ao
Internacional durante mais de cinco anos. Em minha particular opinião, Guiñazú
é um verdadeiro ÍDOLO COLORADO! Em minha visão, muito próximo ou igual ao que
representou a passagem de Iarley pelo Inter, entre outros grandes jogadores.
Acredito que a camisa 5, após a era Falcão, jamais caiu tão bem em nenhum outro atleta
do Internacional depois da saída do Rei de Roma em 1980 – sem qualquer tipo de
comparação técnica!
Mais sobre o ídolo colorado
Pablo Horacio Guiñazú pode ser conhecido abaixo:
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