Por Luciano Bonfoco Patussi
08 de outubro de 2012
O Internacional chega quase à metade do mês de outubro, tendo reduzida para "zero" a chance de disputar o título de campeão brasileiro em 2012. O quadro não era diferente em setembro. O título nacional passou longe das possibilidades do clube, em se falando de resultados e produtividade. Neste período, os problemas enfrentados foram diversos e não entrarei em detalhes nesse momento.
Não faço aqui uma crítica política à atual gestão do clube. Até mesmo porque, na eleição passada, abri apoio à candidatura de Giovanni Luigi para a presidência do Internacional. Entre equívocos e acertos, não me arrependo do voto de confiança concedido naquele momento. Naquele instante e com as propostas que foram apresentadas, creio que a eleição de Luigi, pelo Movimento Inter Grande, foi a melhor escolha dentro das ideias existentes.
Porém, jamais podemos deixar de analisar fatos com frieza. Um clube, como é o caso do Internacional, precisa ter seu foco principal voltado para o futebol. Todas as demais áreas da agremiação devem ser geridas, de modo a dar o suporte necessário para o futebol maximizar sua competitividade dentro de campo.
Entre 2011 e 2012, o Internacional foi bicampeão gaúcho. Venceu uma Recopa Sul Americana. Nesse mesmo período, disputou dois campeonatos brasileiros e duas Taças Libertadores da América. Nessas quatro competições, justamente as mais importantes, a disputa pelo título passou longe do Beira Rio.
Se a constante busca pelo aperfeiçoamento dos diversos departamentos do clube, enquanto organização, é conhecida há mais de uma década, por qual motivo os resultados dentro do campeonato brasileiro tem sido insuficientes, no que tange o alcance da máxima competitividade em busca do título? Essa é uma ótima questão para debate e a resposta não é tão simples, embora saibamos que vários fatores contribuem para a atual conjuntura.
Reconhecemos que muito já foi feito de maneira positiva no clube nos últimos anos, mas há tantos outros pontos que necessitam evoluir. A cada dia que passa, ficamos mais próximos do final do ano - que, em termos de futebol, está praticamente encerrado para o Internacional. Ao mesmo tempo, se aproxima a disputa eleitoral colorada. Haverá uma equipe eleita para comandar o clube no biênio 2013/ 2014, bem como ocorrerá renovação de parte do Conselho Deliberativo.
É preciso haver um choque na gestão de futebol do Internacional. Há algum tempo, já venho amadurecendo essa ideia. É necessária uma "renovação minuciosa e calculada" dentro do time que atualmente veste a camisa vermelha. Isso é algo natural e faz parte do futebol, visando novas conquistas. Essa "mudança" poderá ocorrer com algum competente grupo de Oposição no comando, ou com a própria equipe da Situação, que muito atua positivamente dentro do clube.
Sendo pioneiro e inovador em diversas áreas, o Internacional se tornou competitivo gradativamente, desde o ano 2000. Esta fase que o time colorado atravessa não é agradável. Justamente por isso, o momento pode ser considerado um divisor de águas. É preciso seguir inovando e tomando ações que permitam crescimento contínuo.
A eleição do Internacional, em breve, será o momento para todos aqueles que trabalham pelo clube demonstrarem suas ideias. Será também o ponto alto da democracia colorada, a partir do debate, com a possibilidade do voto do associado.
O torcedor colorado aguarda de maneira ansiosa pela apresentação de propostas criativas, inovadoras e que tenham como foco principal a gerência do futebol do Internacional, sem esquecer das demais áreas, visando competitividade máxima em todos os campeonatos que a equipe disputar. Os próximos dias, pelo menos no campo eleitoral, prometem uma grande e ferrenha disputa. Já o campeonato brasileiro... ficará para o próximo ano, mais uma vez!
Saudações esportivas e coloradas!
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