25 de novembro de 2010
Libertadores 2011: grupos sorteados
Por Luciano Bonfoco Patussi
25 de novembro de 2010
Em grande evento realizado na tarde de 25 de novembro, em Luque, no Paraguai, a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) sorteou os grupos da Copa Libertadores da América da próxima temporada. O Internacional, atual vencedor da competição e que lutará pelo tricampeonato em 2011, jogará contra os seguintes adversários na primeira fase, posicionado no grupo 6 da competição:
Jorge Wilstermann: o clube tricolor fardado de vermelho, azul e branco, e sediado em Cochabamba na Bolívia, foi fundado em 1949. O time manda seus jogos em um estádio com capacidade para receber público acima de 50.000 pessoas. Jogadores brasileiros como Túlio, o Maravilha, e Jairzinho, o Furacão da Copa do Mundo de 1970, já jogaram no clube. Em sua galeria de títulos, vale destacar que o clube venceu 11 vezes os campeonatos nacionais, sendo o Torneio Apertura de 2010 o último caneco erguido, fato que o qualificou para disputar a Libertadores de 2011.
“Equador 2”: este adversário, definido no sorteio como “Equador 2”, será conhecido através da disputa do campeonato equatoriano de 2010, que se encerrará em breve. Os times que disputam o título nacional e, ao mesmo tempo, buscam “fugir” do confronto contra o Inter, são velhos adversários do Clube do Povo: LDU de Quito ou Emelec de Guayaquil. A princípio, a informação é de que o vice-campeão equatoriano entrará no grupo do Inter. O Emelec venceu o campeonato equatoriano 10 vezes, sendo seu último título obtido em 2002. Já a LDU, que venceu o certame nacional 9 vezes na sua história, tem sido uma grata surpresa do cenário continental. Desde 2006, quando formava a base da seleção equatoriana, o time passou a ganhar destaque. Já venceu duas taças da Recopa Sul-Americana, uma Copa Sul-Americana, e ainda tem destaque o seu maior título: a Copa Libertadores da América de 2008.
Vencedor da chave 2 da Pré-Libertadores: nesta disputa, antes da fase de grupos da Libertadores, se enfrentarão os seguintes times: Jaguares de Chiapas (México) x “Peru 3”. O Jaguares é uma equipe nova. Fundada em 2002, tem apenas oito anos de existência. Entre seus principais ídolos, estão: Salvador Cabañas, que jogou no clube antes de se transferir para o América. Cabañas é o famoso jogador paraguaio que está temporariamente fora do futebol, devido a uma tragédia ocorrida no México, quando foi baleado na cabeça, em uma boate; o outro ídolo do clube é Danilinho, que já foi meia do Atlético Mineiro e da seleção brasileira sub-20. O “Peru 3” será o time, do campeonato peruano, com a maior pontuação acumulada na temporada 2010, além do campeão e do vice. Atualmente, as informações dos jornais peruanos dão conta de que o adversário do Jaguares, do México, por uma vaga no grupo do Internacional, será um dos rivais: Alianza Lima ou Universitário, também da capital peruana. Ambos, mais o Sporting Cristal, formam o trio dos grandes clubes do Peru. O Alianza Lima, com 109 anos de existência, faturou o campeonato peruano 22 vezes, contra 25 títulos do Universitário. O Universitário foi também vice-campeão da Libertadores em 1972, sendo derrotado pelo Independiente de Avellaneda na grande decisão.
É o Sport Club Internacional, junto com sua numerosa e apaixonada torcida, já de olho nos adversários da próxima Copa Libertadores da América!
17 de novembro de 2010
Rolo Compressor: homenagem aos 65 anos do hexa
Imagem do website oficial do Sport Club Internacional
Por Luciano Bonfoco Patussi
17 de novembro de 2010
Há décadas, tudo era diferente. Para o futebol, essa afirmação também é válida. Viajamos 70 anos na história e chegamos à década de 1940. Naqueles tempos, o futebol tinha táticas, atletas, preparação e plasticidade totalmente diferenciada. O jogo em si era mais lento, entretanto, mais ofensivo, pelo menos no que diz respeito às formações táticas, que priorizavam a quantidade e a qualidade de jogadores ofensivos. A plasticidade do jogo, assim, também poderia ser considerada mais bela e empolgante. Até hoje, o futebol jogado naqueles tempos arranca suspiros de apaixonados pelo esporte mais popular do mundo.
No Rio Grande do Sul e no Brasil como um todo, era comum ver atletas jogarem mais de uma década por um único clube. Em solo gaúcho, havia também pitadas na rivalidade, como as origens diferenciadas e a cultura de cada um dos principais clubes, os títulos conquistados por cada agremiação, entre outros pontos. No Rio Grande do Sul, o campeonato gaúcho, jogado desde 1919, era decidido em um torneio entre os campeões de cada região do estado. Uma das curiosidades da época era que nenhuma equipe havia conquistado, até 1939, mais de duas vezes consecutivas o título regional. Isso até o Inter entrar em campo e encantar os gaúchos durante toda a década de 1940!
Para os gaúchos, vencer o campeonato estadual era como ser campeão mundial. Derrotar o maior adversário era a glória máxima imaginável e rendia boas risadas e deboches entre os rivais, pelo menos até o próximo clássico ser disputado. A rivalidade Gre-Nal apimenta até hoje o crescimento do Internacional e do seu maior rival, o Grêmio. Pois de 1940 até 1945, a região metropolitana de Porto Alegre teve como representante, no campeonato gaúcho, o Internacional. De forma ininterrupta. Em nível estadual, o Rolo Compressor, apelido dado ao Inter devido às vitórias avassaladoras que a equipe colorada impunha contra os seus adversários na época, chegou ao hexacampeonato gaúcho em 1945.
Era um time praticamente imbatível. Na final de 1945, o Internacional conquistou o hexacampeonato estadual, após vencer o Pelotas por 3 a 1, no estádio da Timbaúva, em Porto Alegre, com público aproximado de 8.500 pessoas. O jogo decisivo do memorável hexacampeonato ocorreu no dia 18 de novembro de 1945. Ou seja, o dia 18 de novembro de 2010 marca o aniversário de 65 anos do maior título da época, tempos em que o memorável esquadrão colorado começou a mudar a história do futebol gaúcho. Após estes títulos, o Rolo Compressor venceu ainda os campeonatos estaduais de 1947 e 1948, fechando oito títulos estaduais durante toda a década de 1940.
A escalação clássica do Rolo Compressor era formada por: Ivo Wink; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos. O Rolo Compressor colorado foi, para muitos cronistas esportivos e torcedores, o melhor time já formado na história do futebol gaúcho. Era um time que aliava, como poucos, força, disciplina e técnica apuradíssima.
Dos atletas acima citados, Nena era o último remanescente da formação colorada dos anos 40, mas faleceu aos 87 anos de idade. Sua morte, ocorrida na madrugada de 17 de novembro de 2010, aconteceu exatamente um dia antes do aniversário de 65 anos da conquista do hexacampeonato de 1945. Nena foi um dos jogadores mais importantes da época e foi o primeiro jogador do Inter convocado para uma Copa do Mundo pela seleção brasileira. Nena foi reserva no mundial e acabou sendo vicecampeão da Copa do Mundo de 1950.
Assim, fica exposta esta singela homenagem ao eterno zagueiro Nena, grande jogador da história colorada, bem como para todos os atletas, dirigentes e torcedores que fizeram parte dessa bela página da história do Internacional e do futebol gaúcho.
18 de novembro de 2010: aniversário de 65 anos do hexacampeonato gaúcho obtido pelo Internacional. Um time memorável. Um time que fez história!
Por Luciano Bonfoco Patussi
17 de novembro de 2010
Há décadas, tudo era diferente. Para o futebol, essa afirmação também é válida. Viajamos 70 anos na história e chegamos à década de 1940. Naqueles tempos, o futebol tinha táticas, atletas, preparação e plasticidade totalmente diferenciada. O jogo em si era mais lento, entretanto, mais ofensivo, pelo menos no que diz respeito às formações táticas, que priorizavam a quantidade e a qualidade de jogadores ofensivos. A plasticidade do jogo, assim, também poderia ser considerada mais bela e empolgante. Até hoje, o futebol jogado naqueles tempos arranca suspiros de apaixonados pelo esporte mais popular do mundo.
No Rio Grande do Sul e no Brasil como um todo, era comum ver atletas jogarem mais de uma década por um único clube. Em solo gaúcho, havia também pitadas na rivalidade, como as origens diferenciadas e a cultura de cada um dos principais clubes, os títulos conquistados por cada agremiação, entre outros pontos. No Rio Grande do Sul, o campeonato gaúcho, jogado desde 1919, era decidido em um torneio entre os campeões de cada região do estado. Uma das curiosidades da época era que nenhuma equipe havia conquistado, até 1939, mais de duas vezes consecutivas o título regional. Isso até o Inter entrar em campo e encantar os gaúchos durante toda a década de 1940!
Para os gaúchos, vencer o campeonato estadual era como ser campeão mundial. Derrotar o maior adversário era a glória máxima imaginável e rendia boas risadas e deboches entre os rivais, pelo menos até o próximo clássico ser disputado. A rivalidade Gre-Nal apimenta até hoje o crescimento do Internacional e do seu maior rival, o Grêmio. Pois de 1940 até 1945, a região metropolitana de Porto Alegre teve como representante, no campeonato gaúcho, o Internacional. De forma ininterrupta. Em nível estadual, o Rolo Compressor, apelido dado ao Inter devido às vitórias avassaladoras que a equipe colorada impunha contra os seus adversários na época, chegou ao hexacampeonato gaúcho em 1945.
Era um time praticamente imbatível. Na final de 1945, o Internacional conquistou o hexacampeonato estadual, após vencer o Pelotas por 3 a 1, no estádio da Timbaúva, em Porto Alegre, com público aproximado de 8.500 pessoas. O jogo decisivo do memorável hexacampeonato ocorreu no dia 18 de novembro de 1945. Ou seja, o dia 18 de novembro de 2010 marca o aniversário de 65 anos do maior título da época, tempos em que o memorável esquadrão colorado começou a mudar a história do futebol gaúcho. Após estes títulos, o Rolo Compressor venceu ainda os campeonatos estaduais de 1947 e 1948, fechando oito títulos estaduais durante toda a década de 1940.
A escalação clássica do Rolo Compressor era formada por: Ivo Wink; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos. O Rolo Compressor colorado foi, para muitos cronistas esportivos e torcedores, o melhor time já formado na história do futebol gaúcho. Era um time que aliava, como poucos, força, disciplina e técnica apuradíssima.
Dos atletas acima citados, Nena era o último remanescente da formação colorada dos anos 40, mas faleceu aos 87 anos de idade. Sua morte, ocorrida na madrugada de 17 de novembro de 2010, aconteceu exatamente um dia antes do aniversário de 65 anos da conquista do hexacampeonato de 1945. Nena foi um dos jogadores mais importantes da época e foi o primeiro jogador do Inter convocado para uma Copa do Mundo pela seleção brasileira. Nena foi reserva no mundial e acabou sendo vicecampeão da Copa do Mundo de 1950.
Assim, fica exposta esta singela homenagem ao eterno zagueiro Nena, grande jogador da história colorada, bem como para todos os atletas, dirigentes e torcedores que fizeram parte dessa bela página da história do Internacional e do futebol gaúcho.
18 de novembro de 2010: aniversário de 65 anos do hexacampeonato gaúcho obtido pelo Internacional. Um time memorável. Um time que fez história!
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