O Internacional encarou o Cruzeiro, na decisão do campeonato brasileiro de 1975. O time colorado, que há tempos vinha incomodando os grandes clubes do eixo Rio São Paulo, finalmente obteve a sua primeira conquista em nível interestadual.
Isso, há exatos 40 anos!
Internacional, campeão brasileiro, em conquista obtida no dia 14 de dezembro de 1975!
São 40 anos de uma conquista inédita e que mudaria, para sempre, a história do futebol gaúcho!
Vale lembrar, sempre!
Abaixo, confira reportagem do jornal Correio do Povo, divulgada na página oficial www.correiodopovo.com.br, no dia 14 de dezembro de 2015:
Abaixo, confira reportagem do jornal Correio do Povo, divulgada na página oficial www.correiodopovo.com.br, no dia 14 de dezembro de 2015:
Inter celebra 40 anos da conquista do primeiro Campeonato Brasileiro
Colorado de 75 marcou época e abriu as portas do Brasil para Rio Grande do Sul
Para muitos, aquele foi o melhor esquadrão que já vestiu o manto vermelho. Mas ok. Mesmo que tal afirmação não seja consenso na comparação com outros grandes times, como o do Rolo Compressor ou aquele que conquistou o Mundial em 2006, é correto afirmar pelo menos que aquele foi um dos grandes times do Inter em toda a sua história. Foi também a melhor equipe da década de 1970. O Inter de 1975, que conquistou o título do Campeonato Brasileiro e retirou os gaúchos da antessala do futebol nacional, impressionava os adversários. Metia medo até. É assim que, exatos 40 anos depois daquela conquista, recordam alguns dos adversários daquela equipe.
• Inter vence 19 e perde apenas três jogos na campanha do título
“O Inter era quase imbatível, ainda mais jogando no Beira-Rio”, lembra Tarciso, ponteiro do Grêmio que enfrentou os colorados duas vezes naquele Brasileirão: um empate e uma vitória colorada: “Deletei aquele ano da minha memória. Não foi fácil”.
A qualidade do Inter não estava só na técnica. O time colorado, que começou a ser formado no início da década com a incorporação ano a ano de novos valores, tinha outras características importantes: marcava com força no meio-campo, tinha jogadas ensaiadas, pressionava a saída de bola do adversário, apresentava um fôlego incomum para a época e mostrava uma união interna e um comprometimento com o clube irretocáveis.
O comandante era Rubens Minelli. Trazido de São Paulo, o técnico tinha um temperamento tranquilo. Cobrava, mas dificilmente levantava a voz. Quando o fazia, sempre dentro do vestiário, o negócio era sério. Acima de tudo, era um estudioso da bola. “O Minelli era um cara que te mostrava tudo e ainda tinha o Gilberto Tim como preparador físico. Os dois eram muito bons. Bastava o jogador cumprir o que ele pedia que o time andava. Eu trabalhei com o Minelli depois, no Grêmio, e ele sempre citava o time do Inter de 75 como exemplo”, relembra Tarciso.
A base da equipe começava com Manga, o goleiro dos dedos tortos e das defesas incríveis. A zaga tinha o lendário Figueroa, que chegara em 1972 e estava no auge da forma física em 1975. Hermínio e Pontes revezavam-se ao seu lado. As laterais tinham Cláudio Duarte, exímio apoiador, na direita e, Vacaria, na esquerda. O meio-campo, no início da competição, começava com Falcão e seguia com Carpegiani e Escurinho. Da metade da competição em diante, Minelli trocou Escurinho — que transformou-se em uma arma letal de segundo tempo — por Caçapava, dando maior poder defensivo ao time. No ataque, despontavam Lula, que ficou famoso por incomodar os dirigentes durante a semana e os adversários no domingo, Flávio Minuano, centroavante com passagem pela Europa, e Valdomiro. Alguns reservas importantes eram o meia Jair e o lateral Chico Fraga — que entrou nos jogos finais quando Vacaria se lesionou.
“O Inter tinha um grande time, assim como o Cruzeiro. A diferença, na minha opinião, foi o Manga, principalmente na final. Mas também havia o Falcão, o Carpegiani... Era um timaço. O Inter tinha conjunto e grandes jogadores”, lembra o goleiro Raul, que defendia a meta do Cruzeiro naquela temporada.
Brasileirão no segundo semestre
À época, o Brasileirão era jogado no segundo semestre. O Inter estreou em agosto e foi campeão em dezembro, após disputar 30 partidas. Na semifinal, venceu o Fluminense no Rio e trouxe a grande decisão contra o Cruzeiro para o Beira-Rio, inaugurado apenas seis anos antes. Depois de um primeiro tempo equilibrado, Figueroa marcou aquele que entrou para a história como o “gol iluminado” no início do segundo tempo. Depois, Manga e a torcida seguraram o resultado até o apito final de Dulcídio Vanderlei Boschilia.
No ano seguinte, a equipe se manteve. Foi reforçada por Dadá Maravilha e Marinho Peres. Veio o bi e a confirmação do Inter como a principal potência futebolística da época. “O nosso time (Fluminense) era muito bom. O Cruzeiro também era. Mas acho que o título de 1975 ficou em boas mãos. O Inter mereceu, ganhou o título e o confirmou nos anos seguintes. Foi uma honra enfrentar aquela grande equipe”, finaliza Zé Mário.
• Inter vence 19 e perde apenas três jogos na campanha do título
“O Inter era quase imbatível, ainda mais jogando no Beira-Rio”, lembra Tarciso, ponteiro do Grêmio que enfrentou os colorados duas vezes naquele Brasileirão: um empate e uma vitória colorada: “Deletei aquele ano da minha memória. Não foi fácil”.
A qualidade do Inter não estava só na técnica. O time colorado, que começou a ser formado no início da década com a incorporação ano a ano de novos valores, tinha outras características importantes: marcava com força no meio-campo, tinha jogadas ensaiadas, pressionava a saída de bola do adversário, apresentava um fôlego incomum para a época e mostrava uma união interna e um comprometimento com o clube irretocáveis.
O comandante era Rubens Minelli. Trazido de São Paulo, o técnico tinha um temperamento tranquilo. Cobrava, mas dificilmente levantava a voz. Quando o fazia, sempre dentro do vestiário, o negócio era sério. Acima de tudo, era um estudioso da bola. “O Minelli era um cara que te mostrava tudo e ainda tinha o Gilberto Tim como preparador físico. Os dois eram muito bons. Bastava o jogador cumprir o que ele pedia que o time andava. Eu trabalhei com o Minelli depois, no Grêmio, e ele sempre citava o time do Inter de 75 como exemplo”, relembra Tarciso.
A base da equipe começava com Manga, o goleiro dos dedos tortos e das defesas incríveis. A zaga tinha o lendário Figueroa, que chegara em 1972 e estava no auge da forma física em 1975. Hermínio e Pontes revezavam-se ao seu lado. As laterais tinham Cláudio Duarte, exímio apoiador, na direita e, Vacaria, na esquerda. O meio-campo, no início da competição, começava com Falcão e seguia com Carpegiani e Escurinho. Da metade da competição em diante, Minelli trocou Escurinho — que transformou-se em uma arma letal de segundo tempo — por Caçapava, dando maior poder defensivo ao time. No ataque, despontavam Lula, que ficou famoso por incomodar os dirigentes durante a semana e os adversários no domingo, Flávio Minuano, centroavante com passagem pela Europa, e Valdomiro. Alguns reservas importantes eram o meia Jair e o lateral Chico Fraga — que entrou nos jogos finais quando Vacaria se lesionou.
“O Inter tinha um grande time, assim como o Cruzeiro. A diferença, na minha opinião, foi o Manga, principalmente na final. Mas também havia o Falcão, o Carpegiani... Era um timaço. O Inter tinha conjunto e grandes jogadores”, lembra o goleiro Raul, que defendia a meta do Cruzeiro naquela temporada.
Brasileirão no segundo semestre
À época, o Brasileirão era jogado no segundo semestre. O Inter estreou em agosto e foi campeão em dezembro, após disputar 30 partidas. Na semifinal, venceu o Fluminense no Rio e trouxe a grande decisão contra o Cruzeiro para o Beira-Rio, inaugurado apenas seis anos antes. Depois de um primeiro tempo equilibrado, Figueroa marcou aquele que entrou para a história como o “gol iluminado” no início do segundo tempo. Depois, Manga e a torcida seguraram o resultado até o apito final de Dulcídio Vanderlei Boschilia.
No ano seguinte, a equipe se manteve. Foi reforçada por Dadá Maravilha e Marinho Peres. Veio o bi e a confirmação do Inter como a principal potência futebolística da época. “O nosso time (Fluminense) era muito bom. O Cruzeiro também era. Mas acho que o título de 1975 ficou em boas mãos. O Inter mereceu, ganhou o título e o confirmou nos anos seguintes. Foi uma honra enfrentar aquela grande equipe”, finaliza Zé Mário.
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